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TRABALHO Ações
Aggregation, biogeography and landscape ecology of bat ectoparasites
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 12/03/2020
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Gustavo Graciolli
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Alan Fredy Eriksson
    Banca
    • Boris Krasnov
    • Ciro Libio Caldas dos Santos
    • Luiz Eduardo Roland Tavares
    • Romeo Alberto Saldana Vásquez
    Resumo Parasitismo é um dos estilos de vida mais bem-sucedido na natureza. Estimativas mostram que praticamente metade das espécies na Terra são parasitas. Essa diversidade reflete a importância dos parasitas para os ecossistemas. Parasitas controlam a população de hospedeiros, influencia no comportamento e no fenótipo dos animais, são importantes para as redes alimentares e o fluxo de energia. Apesar desta importância, a ecologia dos parasitas ainda é pouco estudada quando comparada com organismos de vida livre. Morcegos são extremamente importantes nos ambientes naturais devido a suas funções como polinizador, dispersor, predador e vetor de doenças. Sobre o corpo dos morcegos são encontrados uma diversa comunidade de artrópodes ectoparasitas. Esses organismos influenciam o comportamento dos morcegos, o acasalamento o uso de abrigos e podem ser responsáveis pela disseminação de patógenos. Nesta tese eu avaliei três aspectos da ecologia de ectoparasitas de morcegos: a distribuição espacial, biogeografia e os efeitos da mudança na paisagem sobre a prevalência. Primeiro, comparei os padrões de agregação de duas espécies de moscas ectoparasitas de Artibeus planirostris no Pantanal e Cerrado. Meus resultados mostraram que as populações de moscas ectoparasitas são mais agregadas no Pantanal que nos planaltos de entorno. Essa diferença no padrão de distribuição espacial reflete os diferentes tipos de abrigos disponíveis para os morcegos nas duas regiões. Segundo, analisando dados publicados de abundância de moscas e seus hospedeiros nos Neotrópicos, abordei os efeitos da distância geográfica, variáveis ambientais e composição de espécies de hospedeiros sobre a estrutura das comunidades de moscas ectoparasitas. Mostro que a composição de espécies hospedeiras e diferenças ambientais foram as variáveis mais importantes na estruturação das comunidades de moscas ectoparasitas de morcegos. Argumento que a especificidade e o tempo que o parasita passa fora do hospedeiro são características importantes na estruturação das comunidades de ectoparasitas. Por último, através de coletas sistemáticas em vinte sítios amostrais eu analisei os efeitos da mudança na paisagem sobre a prevalência de nove ectoparasitas em quatro espécies de morcegos. Eu encontrei que apenas a prevalência do carrapato Ornithodoros hasei sobre A. planirostris foi afetada pela quantidade de cobertura vegetal. Eu argumento que esse resultado advém da densidade de morcegos dentro dos abrigos. O fato de a perda de habitat influenciar apenas os carrapatos pode ser explicado pela sobrevida do parasita quando não está em contato com o hospedeiro. Meus resultados elucidam importantes aspectos da ecologia de ectoparasitas de morcegos na região Neotropical: o ambiente influencia na distribuição de ectoparasitas sobre os morcegos; a especificidade e o tempo que o parasita passa fora do hospedeiro influenciam a estrutura das comunidades de ectoparasitas; e os efeitos da mudança da paisagem na prevalência de ectoparasitas de morcegos são espécies específicas.
    Distribution and ecological traits of amphibians in the Pantanal-Paraguay Basin and the efficiency of protected areas under changing climate
    Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
    Tipo Tese
    Data 10/02/2020
    Área ECOLOGIA
    Orientador(es)
    • Diego Jose Santana Silva
    Coorientador(es)
    • Mário Ribeiro de Moura
    Orientando(s)
    • Matheus de Oliveira Neves
    Banca
    • Débora Leite Silvano
    • Emanuel Teixeira da Silva
    • Priscila Lemes de Azevedo SIlva
    • Thaís Barreto Guedes da Costa
    Resumo O mundo está enfrentando uma grave crise global do meio ambiente com uma acelerada extinção em massa e medidas que busquem a conservação das espécies são necessárias cada vez mais. O estabelecimento de Áreas de Proteção (APs) é o principal meio de conservar a biodiversidade, porém a rede de APs existentes apresenta relativa ineficiência em abrigar padrões de riqueza e diversidade. Alterações no uso da terra e mudanças climáticas causam grandes efeitos na distribuição das espécies com uma acelerada taxa de extinção, principalmente para os anfíbios, que são considerados um dos grupos mais afetados. Para melhores resultados nas tomadas de decisão em conservação, é necessário levar em consideração as alterações causadas pelas mudanças climáticas e o uso da terra. Muitos trabalhos tem recorrido ao uso de modelos de distribuição de espécies (SDM – Species Distribution Models), porém a escassez de dados de ocorrência e erros de identificação tem prejudicado resultados mais robustos. Outras informações, como traços ecológicos, também podem auxiliar em estudos posteriores já que estes determinam a capacidade das espécies de persistirem no ambiente. Informações acerca de anfíbios são muitas vezes escassas em algumas regiões, como ocorre na Bacia do Alto Paraguai (BAP). A BAP cobre a maior parte do Pantanal e outras ecorregiões circundantes e localiza-se no centro da América do Sul entre Brasil, Bolívia e Paraguai. A região apresenta muitas lacunas amostrais e muitas espécies fora de APs em uma visão continental. Assim, o objetivo deste trabalho foi disponibilizar dados verificados e corrigidos de ocorrência de espécies de anfíbios, assim como avaliar a eficiência das APs existentes da região em abriga-las atualmente e sob mudanças climáticas e uso da terra usando estes dados verificados. Também, disponibilizamos traços ecológicos das espécies e indicamos áreas com alta riqueza e valores de conservação para estabelecimento de novas APs. No primeiro capítulo desta tese, compilamos mais de 17 mil registros de ocorrência de espécies e 30 características de traços ecológicos para 113 espécies de anfíbios que ocorrem na BAP. As informações compiladas são disponibilizadas através de dois conjuntos de dados diferentes. O primeiro contém os registros de ocorrência das espécies e informa a sua identificação, coleção científica, localidade, coordenadas geográficas, acurácia, data e coletores. O segundo conjunto de dados abrange atributos de traços ecológicos em nível de espécie para morfometria, dieta, atividade, habitat e estratégia reprodutiva. No segundo capítulo, através do uso de SDMs encontramos que os padrões de riqueza de anfíbios atualmente se estabelecem principalmente nas regiões sudeste da BAP e relacionado a áreas de altitude. Em cenários futuros grandes mudanças ocorrerão tanto em riqueza de espécies quanto em substituição (turnover) dentro de comunidades. As APs mostraram baixa eficiência em abrigar as espécies de anfíbios atualmente com um relevante decréscimo no futuro, porém abrigam áreas importantes para absorver os impactos das mudanças na distribuição das espécies causadas pelas mudanças climáticas e uso da terra. O procedimento de priorização de áreas através do Zonation indicou regiões com altos valores para conservação espalhadas pela BAP, principalmente nos planaltos de entorno. Algumas regiões são importantes para a conservação das espécies, tanto atualmente quanto no futuro, mas não possuem nenhuma proteção, tais como a Serrania de Santiago na Bolívia e a região de Chaco Úmido no Brasil. É de extrema importância a disponibilidade de dados para que estudos ecológicos posteriores sejam realizados, principalmente em áreas negligenciadas como a BAP. Além disso, avaliar a situação da rede de APs e indicar novas áreas com altos valores conservacionistas não são suficientes. Necessita-se também mitigar as emissões de gases poluentes e de exploração humana e também restaurar alguns ambientes já perdidos, principalmente aumentando a conectividade entre APs.
    Are scattered trees crow's nests in a crop ocean? A dispersal experiment using release platforms
    Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
    Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
    Data 31/01/2020
    Área ECOLOGIA APLICADA
    Orientador(es)
    • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Vitor Quadros Altomare Sanches
      Banca
      • Manoel Comes Muanis
      • Marcus Vinicius Vieira
      • Mauricio de Almeida Gomes
      • NILTON CARLOS ROSA JÚNIOR
      Resumo A fragmentação dos ecossistemas naturais e a perda de habitat para atividades humanas faz com que
      populações naturais restrinjam-se a ilhas de remanescentes de ecossistemas naturais em um oceano
      de variados tipos de matriz. A persistência nessas ilhas das espécies silvestres depende da
      capacidade dos indivíduos de movimentarem-se entre elas formando metapopulações ou
      populações. Para estudarmos movimentos dispersivos, devemos considerar a conectividade
      funcional entre fragmentos que é influenciada por fatores intrínsecos e extrínsecos. Movimentos
      dispersivos podem ser separados em três estágios: (1) emigração, (2) transição e (3) imigração. No
      estágio 2, que geralmente ocorre na matriz, os indivíduos são expostos a vários perigos. Árvores na
      matriz podem, além de muitas outras funções, facilitar a orientação, funcionando como cestos da
      gávea (ponto de observação em navios) em um oceano de monoculturas. Nosso objetivo foi
      identificar o impacto de árvores isoladas na performance de dispersão de indivíduos de Didelphis
      albiventris em diferentes tipos de matriz. A performance de dispersão varia proporcionalmente com
      a capacidade perceptual, habilidade de orientação e sucesso de dispersão e é inversamente
      proporcional à tortuosidade dos trajetos desenvolvidos. D. albiventris é o maior didelfídeo brasileiro,
      onívoro, generalista, escansorial e comum em áreas antropizadas, mas sua presença está relacionada
      a fragmentos de habitats naturais. Realizamos solturas de indivíduos em três tipos de matriz: campo
      colhido, milho e soja, nas distâncias de 30, 50 e 100m do fragmento mais próximo. Nas distâncias e
      matrizes fora da capacidade perceptual dos indivíduos, realizamos solturas sobre plataformas de
      aproximadamente 2m de altura para testar se a altura traria alguma melhora para a performance de
      dispersão dos indivíduos. O fragmento-alvo foi um remanescente de floresta de cerrado com árvores com altura média de 15m. As solturas foram realizadas através de um aparato que minimiza a
      influência da presença dos pesquisadores no comportamento de orientação dos indivíduos. Para
      rastreamento foram utilizados carretéis de linha presos aos indivíduos que, após pelo menos 12h da
      soltura, tiveram os trajetos medidos com o auxílio de bússola e trena. Para cada tipo de soltura,
      considerando tipo de matriz, distância e altura de soltura, foi realizado um teste de Rayleigh. A maior
      distância, em cada tipo de matriz, onde o teste apontou orientação significativa para o fragmento foi
      considerada como capacidade perceptual das espécies naquela matriz. Calculamos a tortuosidade, a
      habilidade de orientação e o sucesso de dispersão para cada distância, matriz e altura de soltura.
      Testamos os efeitos dos tipos de matriz, distância e da altura da soltura na performance de dispersão
      dos indivíduos através do modelo parametrizado por completo. Soltamos e rastreamos 14 indivíduos
      no campo colhido, todos no chão; 30 indivíduos no milho, 22 no chão e 8 em plataformas; 17 na soja,
      12 no chão e 5 em plataformas. O tipo de matriz influenciou significativamente a capacidade
      perceptual que foi de 100m no campo colhido, 50m no milho e menos que 30m na soja. As
      plataformas aumentaram a capacidade perceptual dos indivíduos somente no milho de 50 para
      100m. No campo colhido os indivíduos apresentam a melhor performance de dispersão. As
      plataformas aumentaram significativamente a performance de dispersão somente para indivíduos
      libertados no milho. Árvores isoladas podem exercer um efeito de cesto da gávea em plantações de
      milho, mas não em plantações de soja. Esse efeito deve estar relacionado às pistas visuais e olfativas
      às quais os indivíduos têm acesso ao se orientarem inicialmente em um lugar acima da altura das
      plantas da matriz. Na soja, o efeito de cesto da gávea provavelmente é perdido durante a
      movimentação devido à alta obstrução provocada pelas plantas durante o trajeto na matriz. A soja
      pode ser uma matriz problemática, uma vez que as espécies não ocorrem nela e aparentemente têm
      grandes dificuldades de realizar movimentos entre fragmentos quando ela forma a matriz. Árvores
      isoladas desenvolvem vários papéis importantes na manutenção da biodiversidade em ambientes
      alterados, nós concluímos que, para a fauna, além dos efeitos já conhecidos de abrigar, alimentar e
      hidratar, as árvores podem exercer o papel de cesto da gávea na orientação durante migrações entre
      fragmentos
      Population ecology of freshwater turtles in urban area of Southern Brazil
      Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
      Tipo Tese
      Data 17/12/2019
      Área ECOLOGIA APLICADA
      Orientador(es)
      • Vanda Lucia Ferreira
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Sabine Borges da Rocha
        Banca
        • Camila Kurzmann Fagundes
        • Carlos Rouco Zufiaurre
        • Elizângela Silva de Brito
        • Franco Leandro de Souza
        • Luis Arias de Reyna Martínez
        Resumo O processo de urbanização representa uma ameaça significativa aos ecossistemas,
        especialmente para os aquáticos. Mudanças na vegetação ripária e na estrutura do corpo
        d'água, bem como a introdução de espécies exóticas e o contato de animais silvestres e
        seres humanos, são alguns dos impactos enfrentados nas áreas urbanas. Como
        conseqüência das mudanças no ambiente, as espécies selvagens podem ser afetadas.
        Dessa forma, os principais objetivos deste estudo são: i) avaliar os parâmetros
        populacionais de de três espécies de quelônios de água doce urbanas, uma nativa
        (Phrynops geoffroanus) e duas espécies exóticas (Trachemys dorbigni dorbigni,
        Trachemys scripta elegans); ii) analisar sua área de vida, seleção de habitat e distância
        máxima percorrida por cada espécie; iii) identificar quais características urbanas podem
        influenciar seu padrão de movimento. Coletamos quelônios entre Julho de 2016 e
        Agosto de 2018 em um parque urbano no estado do Paraná, Brasil, e usamos o método
        de captura-recaptura e radiotelemetria para monitorar populações durante esse período.
        Tanto as espécies nativas quanto as exóticas apresentaram parâmetros populacionais
        semelhantes, a área de vida variou de acordo com o método de coleta dos dados e
        estimador utilizado (MCP100 e KDE95), e elas selecionam habitats com características
        urbanas (principalmente com a presença humana). Nosso estudo é o primeiro no Brasil a
        analisar a ecologia populacional de espécies nativas e exóticas de quelônios de água
        doce que coexistem. O monitoramento a longo prazo das três espécies deve ser
        considerado pelas autoridades brasileiras para evitar a extinção local das espécies
        nativas e controlar as espécies exóticas. Além disso, as atividades de educação
        ambiental ajudarão a população a se preocupar com os danos que a introdução de novos
        indivíduos (liberando animais de estimação) pode causar aos ecossistemas, mesmo nas
        áreas urbanas.
        Multi-taxa responses to different environmental gradients: a taxonomic, functional and phylogenetic approach
        Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
        Tipo Tese
        Data 13/12/2019
        Área ECOLOGIA APLICADA
        Orientador(es)
        • Fabio de Oliveira Roque
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Clarissa de Araujo Martins
          Banca
          • Damien Picard
          • Mauricio de Almeida Gomes
          • Natália Mossmann Koch
          • Tadeu de Siqueira Barros
          Resumo Comunidades biológicas são compostas por espécies que interagem ou potencialmente interagem entre si. Elas são o resultado de eventos relacionados à história e neutralidade, e também podem ser resultado de mecanismos evolutivos e ecológicos. Em relação aos mecanismos ecológicos, as espécies em uma determinada comunidade podem responder às interações ecológicas, como por exemplo, competição, mutualismo, facilitação. E também podem responder ao meio abiótico, por exemplo, gradientes ambientais de clima, solo, cobertura florestal. Nesse sentido, o principal objetivo da minha tese é entender como diferentes gradientes ambientais moldam as comunidades biológicas. Utilizando dois tipos de gradientes ambientais, (i) diversidade latitudinal e (ii) intensificação do uso da terra (particularmente, perda de vegetação nativa na Serra da Bodoquena, MS, Brasil). No primeiro capítulo, investiguei como os padrões filogenéticos nas comunidades de plantas, metazoários e microrganismos diferem entre as regiões tropical e temperada. Discutimos as hipóteses clássicas de padrões latitudinais de diversidade e conectamos com possíveis mecanismos que podem ter gerado esses padrões. No segundo capítulo, usamos métricas taxonômicas, funcionais e filogenéticas para entender como a perda de vegetação nativa afeta vários fatores biológicos. Especificamente, testamos se a resposta à perda de vegetação nativa de insetos aquáticos, odonatas, anuros e mamíferos terrestres é linear ou não. No terceiro capítulo, investigamos se o tamanho do corpo de odonatas, anuros e mamíferos terrestres influencia na resposta à perda de vegetação nativa. Aqui, discutimos mecanismos relacionados à capacidade de dispersão, taxas metabólicas e algumas características intrínsecas de cada um dos grupos taxonômicos.
          Land use scenarios for the Pantanal: Implications for conservation, management and ecosystem functioning
          Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
          Tipo Tese
          Data 08/11/2019
          Área ECOLOGIA APLICADA
          Orientador(es)
          • Rafael Dettogni Guariento
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Angélica Guerra
            Banca
            • Aliny Patricia Flauzino Pires
            • Arnildo Pott
            • Mauricio de Almeida Gomes
            Resumo A construção de cenários é uma ferramenta fundamental para entendermos como a natureza responderá a diferentes caminhos do desenvolvimento humano e de políticas públicas. Além disso, entender como será o futuro de ecossistemas importantes como o Pantanal, uma das maiores áreas úmidas do mundo e considerada hotspot de serviços ecossistêmicos, pode contribuir para formulação de políticas públicas que diminuam ou amenizem os impactos da atividade humana. Por isso, nesta tese usamos cenários para avaliar como diferentes leis ambientais podem impactar a perda de vegetação. No Capítulo 1, usamos um modelo espacialmente explícito para identificar fatores de perda de vegetação no planalto e na planície da Bacia do Alto Paraguai (UPRB) e projetar a perda de vegetação até 2050, de acordo com a tendência de uso da terra (2008 a 2016) e considerando as taxas de Reserva Legal previstas na Lei de Proteção à Vegetação Nativa (NVPL), popularmente conhecida como “Novo Código Florestal”. Identificamos que os fatores de perda de vegetação são diferentes entre o planalto e a planície e que mais de 14.000 km² de vegetação nativa espera-se que a UPRB se perca em 2050. Além disso, identificamos um Arco de perda de vegetação no Pantanal. A identificação do arco é de extrema importância para que políticas públicas emergenciais sejam implementadas nesta área, por apresentar rápida conversão. No capítulo 2 usamos o mesmo modelo usado no capítulo 1 para projetar a perda de vegetação na BAP sob diferentes taxas de reserva legal previstas em leis ambientais ou projetos de lei. (i) BAU: Business as usual, que considera as leis existentes: a Lei de Proteção à Vegetação Nativa (NVPL) e o Decreto Estadual de Mato Grosso do Sul (14.273 de 2015); (ii) LRE: extinção da Reserva Legal (LR) devido ao projeto de lei recentemente proposto; (iii) LR50: considera a proposta de 50% da LR para o Pantanal; e (iv) LR80: sugerimos uma proposta de 80% da LR para as planícies do Pantanal e 35% para o planalto do Pantanal. Além disso, avaliamos como cada cenário de perda de vegetação afetaria a erosão do solo, exportação de sedimentos e custos de reposição de nutrientes do solo. O cenário LRE geraria perda de mais de 30.000 km² de vegetação nativa no Pantanal. Os cenários LR80 e LR50 podem impedir a perda de 3% e 2% de vegetação nativa, respectivamente, em comparação com o cenário da BAU. A redução das taxas de RL aumentará a erosão do solo e a produção de sedimentos no Pantanal em até 7% e 10%, respectivamente, onde mais de 90% dos sedimentos transportados para a planície pantaneira vieram do planalto. O cenário LR80 projeta uma redução nos custos de reposição de nutrientes do solo em 10% em comparação com o BAU, enquanto o cenário LR50 diminui em 1,5%. O cenário LRE prevê um aumento de 8% dos custos de reposição de nutrientes do solo quando comparado ao BAU. Nossos resultados mostram a importância da reserva legal no Pantanal para evitar perdas de serviços ecossistêmicos como a qualidade do solo, e também a importância para a agricultura
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            From large to small-scale: drivers of Geoffroy´s cat diet across South America and ecological features in a human-modified landscape on southern Brazil
            Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
            Tipo Tese
            Data 31/07/2019
            Área ECOLOGIA APLICADA
            Orientador(es)
            • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
            Coorientador(es)
            • Jorge Fernando Saraiva de Menezes
            Orientando(s)
            • Marcos Adriano Tortato
            Banca
            • Grasiela Edith de Oliveira Porfirio Petry
            • Jayme Augusto Prevedello
            • Ronaldo Gonçalves Morato
            • Tatiane Campos Trigo
            Resumo Os mamíferos carnívoros desempenham um papel crucial na natureza, exercendo controle ‘top-down’ nas comunidades. Sua influência ecológica é principalmente impulsionada pelas características espaciais e interações intra e interespecíficas. Compreender a relação predador-presa e como carnívoros lidam com as mudanças na paisagem são questões centrais nos estudos desta guilda. Por apresentar ampla distribuição geográfica e por habitar diferentes ambientes, o gato-do-mato Leopardus geoffroyi se tornou um excelente modelo para estudar essas relações. Neste estudo foram abordados dois aspectos da ecologia do gato-do-mato. O primeiro em larga escala, onde investigamos como a composição da dieta muda no gradiente de latitude, altitude e distúrbios humanos. O segundo em pequena escala, com o objetivo de estimar o tamanho da área de vida, seleção de habitat e o padrão de atividade deste pequeno carnívoro em uma paisagem intensamente modificada pelo homem. Nós revisamos 20 estudos de dieta do gato-do-mato em toda a América do Sul e medimos os efeitos dos impulsionadores de mudanças na composição da dieta, especialização e tamanho médio do mamífero presa. Além disso, rastreamos 14 gatos-do-mato utilizando colares GPS para determinar como os felinos usam o espaço em uma área no Bioma Pampa no sul do Brasil. Utilizamos Modelagem de Equações Estruturais para testar as hipóteses de relações de mudanças na dieta em larga escala. E estimamos os tamanhos das áreas de vida por meio das técnicas de mínimo polígono convexo e Kernel, além de determinar a seleção de habitat e o padrão de atividade por meio da análise de seleção de passos. Cavia, Ctenomys e Lepus são as principais presas do gato-do-mato em toda a América do Sul. A latitude, distúrbios humanos e especialmente a altitude tiveram efeitos diretos e indiretos na composição da dieta, especialização e seleção do tamanho de presas. No sul do Brasil, o tamanho das áreas de vida é tão grande quanto as outras regiões da América do Sul. Áreas de vida de machos são maiores do que as áreas de fêmeas e a área de vida aumenta com o aumento do peso de machos. O gato-do-mato seleciona floresta durante todo o dia. Arrozais, áreas úmidas e entorno de casas de fazendas foram selecionados no período noturno e evitados na fase clara do dia. Pastagens foram sempre evitadas. Todos os impulsionadores de mudanças da dieta levaram à substituição de espécies de presas ao longo dos gradientes biogeográficos e antropogênico. Limitações físicas e biológicas da paisagem podem explicar essas mudanças. A especialização da dieta foi correlacionada com o consumo de presas grandes, principalmente Lepus. Nossos dados reforçam as predições de que este pequeno felino é tolerante quando submetido a habitats antropizados. O uso intenso de áreas manejadas apoia esta afirmação. A floresta ripária e áreas úmidas são essenciais para o gato-do-mato nas paisagens modificadas pelo homem no extremo sul do Brasil.
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            Padrões e processos ecológicos e evolutivos de Deuterocohnia meziana (Bromeliaceae)
            Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
            Tipo Tese
            Data 28/06/2019
            Área ECOLOGIA APLICADA
            Orientador(es)
            • Aline Pedroso Lorenz
            Coorientador(es)
            • Gecele Matos Paggi
            Orientando(s)
            • Luciana Vicente da Silva
            Banca
            • Clarisse Palma da Silva
            • Fábio Pinheiro
            • Márcia Goetze
            • Thadeu Sobral de Souza
            Resumo Deuterocohnia meziana Kuntze ex Mez é uma espécie de bromélia saxícola que habita
            afloramentos áridos. Estes afloramentos estão distribuídos de forma fragmentada no Brasil, na
            Bolívia e no Paraguai. Espécies como D. meziana que apresentam distribuição restrita são
            consideradas bons modelos para avaliar o efeito do isolamento ecológico na evolução,
            diversidade e estrutura genética populacional. Sendo assim, o objetivo da tese foi investigar a
            história evolutiva de Deuterocohnia meziana avaliando aspectos demográficos, genéticos e
            morfológicos. Nós usamos a modelagem de nicho ecológico para avaliar a distribuição
            potencial atual de D. meziana e para testar a hipótese de refúgio glacial, além de avaliar os
            efeitos das mudanças climáticas futuras na distribuição de D. meziana. Nós projetamos o
            modelo para o UMG (Último Máximo Glacial ~21 m.a.a.), para o Médio Holoceno (~6
            m.a.a.) e também para 2050 (RCP8.5) e 2070 (RCP8.5). A projeção do modelo para o UMG
            mostrou que o clima seco e frio foi desfavorável para D. meziana, apresentando menor
            distribuição potencial e menor adequabilidade ambiental. Dessa forma, D. meziana pode ter
            permanecido em refúgios glaciais em pequenas regiões com melhores condições para sua
            sobrevivência. Já durante o Médio-Holoceno, a distribuição potencial de D. meziana
            aumentou, provavelmente devido à elevação da temperatura e da precipitação. Nas projeções
            de 2050 e 2070, o clima (seco e quente) deve reduzir as áreas de alta adequabilidade climática
            (0,8-1,0), porém deve aumentar a disponibilidade de habitat adequado total (<0,8) expandindo
            a distribuição de D. meziana. Nós também utilizamos dados de microssatélites nucleares e de
            cloroplasto para avaliar os efeitos da distribuição fragmentada na diversidade e estruturação
            genética de seis populações de D. meziana. Para investigar os possíveis mecanismos
            envolvidos na manutenção da diversidade genética de D. meziana, nós avaliamos a proporção
            de rametes e genetes, o número de migrantes entre as populações e a contribuição relativa do
            pólen e da semente para o fluxo gênico. Além disso, nós combinamos os dados genéticos com
            a modelagem de nicho ecológico para descrever o efeito das oscilações climáticas do passado
            nas rotas de dispersão. De acordo com nossos resultados D. meziana apresentou alta
            diversidade e moderada estruturação genética entre suas populações. O número de rametes foi
            alto em relação aos genetes e a dispersão via pólen foi aproximadamente quatro vezes mais
            eficiente do que pela semente. O número de migrantes entre as populações foi baixo e os
            maiores valores de estruturação foram encontrados nas comparações entre as populações do
            Maciço do Urucum e da Serra da Bodoquena. O baixo número de migrantes e a grande
            abundância local indicam que a reprodução clonal somada a poucos eventos de dispersão podem ser suficientes para manter alta diversidade genética de D. meziana, garantindo a
            estabilidade local dessas populações. Os mapas das rotas de dispersão entre o Maciço do
            Urucum e a Serra da Bodoquena, mostraram a uma barreira entre estas regiões. Esta barreira
            pode ser causada pela distância entre as morrarias e/ou pela baixa adequabilidade ambiental
            da região que está sujeita aos ciclos de inundação do Pantanal. Por fim, nós descrevemos o
            polimorfismo na cor das flores de D. meziana e avaliamos o efeito da cor da flor no número
            de visitas e na preferência dos polinizadores. O polimorfismo na cor das flores de D. meziana
            ocorre devido à variação na cor das sépalas e dos ramos florais que varia conforme um
            gradiente que vai de amarelo claro até vermelho escuro. A variação gradativa da cor e o fato
            da maior parte dos indivíduos da população apresentarem inflorescências laranja podem
            indicar uma herança quantitativa poligênica das cores das flores. O número de visitas dos
            polinizadores foi maior nas inflorescências amarelas quando comparadas com as vermelhas.
            Esse resultado pode estar relacionado à faixa do espectro visível dos polinizadores, que reduz
            a detectabilidade relativa das inflorescências vermelhas em relação às amarelas. Sendo assim,
            o contexto ecológico e a história natural de D. meziana subesp. meziana podem ser
            responsáveis pela manutenção do polimorfismo da cor das flores.
            Relações de parentesco e concentração de mercúrio total em ariranhas (Pteronura brasiliensis)
            Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
            Tipo Tese
            Data 28/06/2019
            Área ECOLOGIA APLICADA
            Orientador(es)
              Coorientador(es)
              • Haydée Andrade Cunha
              Orientando(s)
              • Grazielle Cristina Garcia Soresini
              Banca
              • Aline Pedroso Lorenz
              • Caroline Leuchtenberger
              • Fernanda Michalski
              • Marcelo Lopes Rheingantz
              Resumo Molecular methodologies evaluate the genetic similarity between individuals and can be used to infer kinship relationships. Giant otters (Pteronura brasiliensis) are social carnivores, present cooperative breeding and are territorial. The general objective of this study was to estimate the relatedness in a subpopulation of giant otters from the Southern Pantanal through the amplification of microsatellite loci. I collected tissue (skin) and fur samples from 24 free-ranging giant otters. Microsatellite markers revealed high genetic diversity and on average the sampled otters were third degree relatives. Using relatedness, I reconstructed a partial pedigree and examined the mating system, the possibility of territory inheritance and the reproductive success of each individual. Additionally, I used the fur samples to measure the total mercury concentration, since otters are top predators in the trophic chain and have the potential to accumulate mercury by biomagnification. High values of total mercury concentration were found when compared to values considered normal for other otter species.
              Terrestrial herbivorous mammals in a mosaic of Cerrado, Atlantic Forest and land-use changes
              Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
              Tipo Tese
              Data 05/06/2019
              Área ECOLOGIA
              Orientador(es)
                Coorientador(es)
                Orientando(s)
                  Banca
                    Resumo Os hotspots de biodiversidade do Cerrado e da Mata Atlântica têm experimentado mudanças rápidas no uso da terra nas últimas cinco décadas, resultando em fragmentação de habitat, invasão de espécies exóticas e perda de biodiversidade. Os mamíferos herbívoros são uma comunidade chave para investigar os impactos das mudanças no uso da terra na biodiversidade, porque são diretamente influenciados pela estrutura da paisagem. Em uma primeira etapa, revisamos artigos publicados entre 2002 e 2018 sobre mamíferos terrestres em contextos de mudança no uso da terra no Cerrado brasileiro. Descobrimos que as respostas negativas dos mamíferos às mudanças no uso da terra foram associadas principalmente à agricultura, pecuária, estradas e áreas urbanas. Além disso, identificamos grandes lacunas de conhecimento, por exemplo, na cobertura de áreas ou espécies de pesquisa. Em segundo lugar, coletamos dados sobre a comunidade de mamíferos herbívoros através de gradientes de mudanças no uso da terra no planalto de Bodoquena, no Brasil, entre fevereiro de 2016 e dezembro de 2017. Analisamos como e em qual escala três métricas da paisagem (porcentagem de cobertura florestal, densidade de manchas e densidade de arestas) afetam a ocorrência de quatro espécies herbívoras (Dasyprocta azarae, Pecari tajacu, Mazama gouazoubira e Tapirus terrestris). Encontramos diferenças nas escalas em que as espécies responderam a diferentes métricas da paisagem. Finalmente, modelamos a ocupação de 23 mamíferos herbívoros na paisagem do planalto de Bodoquena. O padrão de ocupação em função da porcentagem de cobertura florestal mostrou respostas idiossincráticas por espécie às mudanças no uso da terra. Portanto, recomendamos estratégias diferentes e complementares, incluindo restauração de habitat para conservação e manejo de mamíferos herbívoros no platô de Bodoquena.
                    Terrestrial herbivorous mammals in a mosaic of Cerrado, Atlantic Forest and land-use changes
                    Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                    Tipo Tese
                    Data 05/06/2019
                    Área ECOLOGIA
                    Orientador(es)
                    • Fabio de Oliveira Roque
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Cyntia Cavalcante Santos
                      Banca
                      • Alexine Keuroghlian
                      • Christophe Baltzinger
                      • Erich Arnold Fischer
                      • Fabio de Oliveira Roque
                      • Maria Luisa da Silva Pinto Jorge
                      • Walfrido Moraes Tomás
                      Resumo Os hotspots de biodiversidade do Cerrado e da Mata Atlântica têm experimentado mudanças rápidas no uso da terra nas últimas cinco décadas, resultando em fragmentação de habitat, invasão de espécies exóticas e perda de biodiversidade. Os mamíferos herbívoros são uma comunidade chave para investigar os impactos das mudanças no uso da terra na biodiversidade, porque são diretamente influenciados pela estrutura da paisagem. Em uma primeira etapa, revisamos artigos publicados entre 2002 e 2018 sobre mamíferos terrestres em contextos de mudança no uso da terra no Cerrado brasileiro. Descobrimos que as respostas negativas dos mamíferos às mudanças no uso da terra foram associadas principalmente à agricultura, pecuária, estradas e áreas urbanas. Além disso, identificamos grandes lacunas de conhecimento, por exemplo, na cobertura de áreas ou espécies de pesquisa. Em segundo lugar, coletamos dados sobre a comunidade de mamíferos herbívoros através de gradientes de mudanças no uso da terra no planalto de Bodoquena, no Brasil, entre fevereiro de 2016 e dezembro de 2017. Analisamos como e em qual escala três métricas da paisagem (porcentagem de cobertura florestal, densidade de manchas e densidade de arestas) afetam a ocorrência de quatro espécies herbívoras (Dasyprocta azarae, Pecari tajacu, Mazama gouazoubira e Tapirus terrestris). Encontramos diferenças nas escalas em que as espécies responderam a diferentes métricas da paisagem. Finalmente, modelamos a ocupação de 23 mamíferos herbívoros na paisagem do planalto de Bodoquena. O padrão de ocupação em função da porcentagem de cobertura florestal mostrou respostas idiossincráticas por espécie às mudanças no uso da terra. Portanto, recomendamos estratégias diferentes e complementares, incluindo restauração de habitat para conservação e manejo de mamíferos herbívoros no platô de Bodoquena.
                      High-performance bioindicators for stream condition monitoring in tropical biodiversity hotspots
                      Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                      Tipo Tese
                      Data 28/05/2019
                      Área ECOLOGIA APLICADA
                      Orientador(es)
                        Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                          Banca
                            Resumo Em minha tese, avaliei a resposta de insetos aquáticos e peixes frente à perda de vegetação nativa em riachos tropicais, focando em três dimensões subexploradas, limiar ecológico, escala e custo monetário, relacionadas ao processo de seleção de indicadores em iniciativas de monitoramento de sistemas de água doce. Realizei também em um dos córregos um estudo específico na procura de resultados mais refinados a nível local para testar se diferentes densidades de carbono da madeira submergida influenciam os grupos funcionais de alimentação e a riqueza de espécies de insetos aquáticos. Usei dois modelos, a região cárstica do Planalto da Bodoquena, Centro-Oeste do Brasil e a Paisagem Natural Protegida Gran Piedra, Santiago de Cuba, Cuba, ambas as áreas localizadas dentro de dois hotspots de biodiversidade mundial. Identifiquei 25 espécies com potencial de indicação, 14 de insetos aquáticos e 11 de peixes. Entre elas, 13 espécies de insetos e peixes apresentam limiares claros frente à perda de vegetação nativa nos sistemas aquáticos deste modelo de estudo. Dentre os insetos aquáticos, os taxa que mostraram maior sensibilidade apresentaram limiares entre 10 e 25% de perda de vegetação nativa. Obtive resultados similares em termos do número de espécies em declínio de insetos aquáticos e peixes com respostas na escala de 100 metros, mas os insetos aquáticos mostraram uma maior sensibilidade do que peixes a mudanças na vegetação ripária em escala local. Mostrei, que o uso de indicadores é escala-dependente e que incluir a dimensão monetária é importante na seleção de indicadores de condições ecológicas e pode reduzir os custos na conservação e biomonitoramento. No segundo modelo, previ que madeiras mais duras abrigassem riqueza de espécies de insetos aquáticos e grupos funcionais diferentes das madeiras menos duras, e que grupos de coletores e filtradores fossem mais abundantes na madeira macia. Encontrei que Diptera e Ephemeroptera foram os grupos mais abundantes, e que as taxas de decomposição são diferentes entre as espécies de plantas. Mostrei evidências que a riqueza e a organização funcional de insetos aquáticos têm relação com às taxas de decomposição e a quantidade de lignina da madeira proveniente da vegetação ripária. Os resultados sugerem que os programas de biomonitoramento em sistemas aquáticos tropicais devem considerar o trade-offs custo-benefício na obtenção de informação, priorizando à viabilidade operacional e financeira e os grupos com maior sensibilidade, e que a seleção dos indicadores dependerá da escala de avalição. Outra mensagem em minha tese é que existe a possibilidade que a perda de árvores de alta densidade de carbono em florestas tropicais afete a biodiversidade aquática local com implicações na conservação e biomonitoramento.
                            Bioindicadores de alta performance para monitoramento de condições de córregos em hotspots de biodiversidade tropical.
                            Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                            Tipo Tese
                            Data 28/05/2019
                            Área ECOLOGIA
                            Orientador(es)
                              Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                                Banca
                                  Resumo Em minha tese, avaliei a resposta de insetos aquáticos e peixes frente à perda de vegetação nativa em riachos tropicais, focando em três dimensões subexploradas, limiar ecológico, escala e custo monetário, relacionadas ao processo de seleção de indicadores em iniciativas de monitoramento de sistemas de água doce. Realizei também em um dos córregos um estudo específico na procura de resultados mais refinados a nível local para testar se diferentes densidades de carbono da madeira submergida influenciam os grupos funcionais de alimentação e a riqueza de espécies de insetos aquáticos. Usei dois modelos, a região cárstica do Planalto da Bodoquena, Centro-Oeste do Brasil e a Paisagem Natural Protegida Gran Piedra, Santiago de Cuba, Cuba, ambas as áreas localizadas dentro de dois hotspots de biodiversidade mundial. Identifiquei 25 espécies com potencial de indicação, 14 de insetos aquáticos e 11 de peixes. Entre elas, 13 espécies de insetos e peixes apresentam limiares claros frente à perda de vegetação nativa nos sistemas aquáticos deste modelo de estudo. Dentre os insetos aquáticos, os taxa que mostraram maior sensibilidade apresentaram limiares entre 10 e 25% de perda de vegetação nativa. Obtive resultados similares em termos do número de espécies em declínio de insetos aquáticos e peixes com respostas na escala de 100 metros, mas os insetos aquáticos mostraram uma maior sensibilidade do que peixes a mudanças na vegetação ripária em escala local. Mostrei, que o uso de indicadores é escala-dependente e que incluir a dimensão monetária é importante na seleção de indicadores de condições ecológicas e pode reduzir os custos na conservação e biomonitoramento. No segundo modelo, previ que madeiras mais duras abrigassem riqueza de espécies de insetos aquáticos e grupos funcionais diferentes das madeiras menos duras, e que grupos de coletores e filtradores fossem mais abundantes na madeira macia. Encontrei que Diptera e Ephemeroptera foram os grupos mais abundantes, e que as taxas de decomposição são diferentes entre as espécies de plantas. Mostrei evidências que a riqueza e a organização funcional de insetos aquáticos têm relação com às taxas de decomposição e a quantidade de lignina da madeira proveniente da vegetação ripária. Os resultados sugerem que os programas de biomonitoramento em sistemas aquáticos tropicais devem considerar o trade-offs custo-benefício na obtenção de informação, priorizando à viabilidade operacional e financeira e os grupos com maior sensibilidade, e que a seleção dos indicadores dependerá da escala de avalição. Outra mensagem em minha tese é que existe a possibilidade que a perda de árvores de alta densidade de carbono em florestas tropicais afete a biodiversidade aquática local com implicações na conservação e biomonitoramento.
                                  High-performance bioindicators for stream condition monitoring in tropical biodiversity hotspots
                                  Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                  Tipo Tese
                                  Data 28/05/2019
                                  Área ECOLOGIA APLICADA
                                  Orientador(es)
                                    Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                      Banca
                                      • ANDERSON FERREIRA
                                      • Danilo Bandini Ribeiro
                                      • Franco Leandro de Souza
                                      • Leandro Juen
                                      Resumo Em minha tese, avaliei a resposta de insetos aquáticos e peixes frente à perda de vegetação nativa em riachos tropicais, focando em três dimensões subexploradas, limiar ecológico, escala e custo monetário, relacionadas ao processo de seleção de indicadores em iniciativas de monitoramento de sistemas de água doce. Realizei também em um dos córregos um estudo específico na procura de resultados mais refinados a nível local para testar se diferentes densidades de carbono da madeira submergida influenciam os grupos funcionais de alimentação e a riqueza de espécies de insetos aquáticos. Usei dois modelos, a região cárstica do Planalto da Bodoquena, Centro-Oeste do Brasil e a Paisagem Natural Protegida Gran Piedra, Santiago de Cuba, Cuba, ambas as áreas localizadas dentro de dois hotspots de biodiversidade mundial. Identifiquei 25 espécies com potencial de indicação, 14 de insetos aquáticos e 11 de peixes. Entre elas, 13 espécies de insetos e peixes apresentam limiares claros frente à perda de vegetação nativa nos sistemas aquáticos deste modelo de estudo. Dentre os insetos aquáticos, os taxa que mostraram maior sensibilidade apresentaram limiares entre 10 e 25% de perda de vegetação nativa. Obtive resultados similares em termos do número de espécies em declínio de insetos aquáticos e peixes com respostas na escala de 100 metros, mas os insetos aquáticos mostraram uma maior sensibilidade do que peixes a mudanças na vegetação ripária em escala local. Mostrei, que o uso de indicadores é escala-dependente e que incluir a dimensão monetária é importante na seleção de indicadores de condições ecológicas e pode reduzir os custos na conservação e biomonitoramento. No segundo modelo, previ que madeiras mais duras abrigassem riqueza de espécies de insetos aquáticos e grupos funcionais diferentes das madeiras menos duras, e que grupos de coletores e filtradores fossem mais abundantes na madeira macia. Encontrei que Diptera e Ephemeroptera foram os grupos mais abundantes, e que as taxas de decomposição são diferentes entre as espécies de plantas. Mostrei evidências que a riqueza e a organização funcional de insetos aquáticos têm relação com às taxas de decomposição e a quantidade de lignina da madeira proveniente da vegetação ripária. Os resultados sugerem que os programas de biomonitoramento em sistemas aquáticos tropicais devem considerar o trade-offs custo-benefício na obtenção de informação, priorizando à viabilidade operacional e financeira e os grupos com maior sensibilidade, e que a seleção dos indicadores dependerá da escala de avalição. Outra mensagem em minha tese é que existe a possibilidade que a perda de árvores de alta densidade de carbono em florestas tropicais afete a biodiversidade aquática local com implicações na conservação e biomonitoramento.
                                      Bioindicadores de alta performance para monitoramento de condições de córregos em hotspots de biodiversidade tropical.
                                      Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                      Tipo Tese
                                      Data 28/05/2019
                                      Área ECOLOGIA APLICADA
                                      Orientador(es)
                                        Coorientador(es)
                                        Orientando(s)
                                          Banca
                                          • ANDERSON FERREIRA
                                          • Danilo Bandini Ribeiro
                                          • Franco Leandro de Souza
                                          • Leandro Juen
                                          Resumo Em minha tese, avaliei a resposta de insetos aquáticos e peixes frente à perda de vegetação nativa em riachos tropicais, focando em três dimensões subexploradas, limiar ecológico, escala e custo monetário, relacionadas ao processo de seleção de indicadores em iniciativas de monitoramento de sistemas de água doce. Realizei também em um dos córregos um estudo específico na procura de resultados mais refinados a nível local para testar se diferentes densidades de carbono da madeira submergida influenciam os grupos funcionais de alimentação e a riqueza de espécies de insetos aquáticos. Usei dois modelos, a região cárstica do Planalto da Bodoquena, Centro-Oeste do Brasil e a Paisagem Natural Protegida Gran Piedra, Santiago de Cuba, Cuba, ambas as áreas localizadas dentro de dois hotspots de biodiversidade mundial. Identifiquei 25 espécies com potencial de indicação, 14 de insetos aquáticos e 11 de peixes. Entre elas, 13 espécies de insetos e peixes apresentam limiares claros frente à perda de vegetação nativa nos sistemas aquáticos deste modelo de estudo. Dentre os insetos aquáticos, os taxa que mostraram maior sensibilidade apresentaram limiares entre 10 e 25% de perda de vegetação nativa. Obtive resultados similares em termos do número de espécies em declínio de insetos aquáticos e peixes com respostas na escala de 100 metros, mas os insetos aquáticos mostraram uma maior sensibilidade do que peixes a mudanças na vegetação ripária em escala local. Mostrei, que o uso de indicadores é escala-dependente e que incluir a dimensão monetária é importante na seleção de indicadores de condições ecológicas e pode reduzir os custos na conservação e biomonitoramento. No segundo modelo, previ que madeiras mais duras abrigassem riqueza de espécies de insetos aquáticos e grupos funcionais diferentes das madeiras menos duras, e que grupos de coletores e filtradores fossem mais abundantes na madeira macia. Encontrei que Diptera e Ephemeroptera foram os grupos mais abundantes, e que as taxas de decomposição são diferentes entre as espécies de plantas. Mostrei evidências que a riqueza e a organização funcional de insetos aquáticos têm relação com às taxas de decomposição e a quantidade de lignina da madeira proveniente da vegetação ripária. Os resultados sugerem que os programas de biomonitoramento em sistemas aquáticos tropicais devem considerar o trade-offs custo-benefício na obtenção de informação, priorizando à viabilidade operacional e financeira e os grupos com maior sensibilidade, e que a seleção dos indicadores dependerá da escala de avalição. Outra mensagem em minha tese é que existe a possibilidade que a perda de árvores de alta densidade de carbono em florestas tropicais afete a biodiversidade aquática local com implicações na conservação e biomonitoramento.
                                          Bioindicadores de alta performance para monitoramento de condições de córregos em hotspots de biodiversidade tropical.
                                          Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                          Tipo Tese
                                          Data 28/05/2019
                                          Área ECOLOGIA APLICADA
                                          Orientador(es)
                                          • Fabio de Oliveira Roque
                                          Coorientador(es)
                                            Orientando(s)
                                            • Bruno Téllez Martínez
                                            Banca
                                            • ANDERSON FERREIRA
                                            • Danilo Bandini Ribeiro
                                            • Franco Leandro de Souza
                                            • Leandro Juen
                                            Resumo Em minha tese, avaliei a resposta de insetos aquáticos e peixes frente à perda de vegetação nativa em riachos tropicais, focando em três dimensões subexploradas, limiar ecológico, escala e custo monetário, relacionadas ao processo de seleção de indicadores em iniciativas de monitoramento de sistemas de água doce. Realizei também em um dos córregos um estudo específico na procura de resultados mais refinados a nível local para testar se diferentes densidades de carbono da madeira submergida influenciam os grupos funcionais de alimentação e a riqueza de espécies de insetos aquáticos. Usei dois modelos, a região cárstica do Planalto da Bodoquena, Centro-Oeste do Brasil e a Paisagem Natural Protegida Gran Piedra, Santiago de Cuba, Cuba, ambas as áreas localizadas dentro de dois hotspots de biodiversidade mundial. Identifiquei 25 espécies com potencial de indicação, 14 de insetos aquáticos e 11 de peixes. Entre elas, 13 espécies de insetos e peixes apresentam limiares claros frente à perda de vegetação nativa nos sistemas aquáticos deste modelo de estudo. Dentre os insetos aquáticos, os taxa que mostraram maior sensibilidade apresentaram limiares entre 10 e 25% de perda de vegetação nativa. Obtive resultados similares em termos do número de espécies em declínio de insetos aquáticos e peixes com respostas na escala de 100 metros, mas os insetos aquáticos mostraram uma maior sensibilidade do que peixes a mudanças na vegetação ripária em escala local. Mostrei, que o uso de indicadores é escala-dependente e que incluir a dimensão monetária é importante na seleção de indicadores de condições ecológicas e pode reduzir os custos na conservação e biomonitoramento. No segundo modelo, previ que madeiras mais duras abrigassem riqueza de espécies de insetos aquáticos e grupos funcionais diferentes das madeiras menos duras, e que grupos de coletores e filtradores fossem mais abundantes na madeira macia. Encontrei que Diptera e Ephemeroptera foram os grupos mais abundantes, e que as taxas de decomposição são diferentes entre as espécies de plantas. Mostrei evidências que a riqueza e a organização funcional de insetos aquáticos têm relação com às taxas de decomposição e a quantidade de lignina da madeira proveniente da vegetação ripária. Os resultados sugerem que os programas de biomonitoramento em sistemas aquáticos tropicais devem considerar o trade-offs custo-benefício na obtenção de informação, priorizando à viabilidade operacional e financeira e os grupos com maior sensibilidade, e que a seleção dos indicadores dependerá da escala de avalição. Outra mensagem em minha tese é que existe a possibilidade que a perda de árvores de alta densidade de carbono em florestas tropicais afete a biodiversidade aquática local com implicações na conservação e biomonitoramento.
                                            Socioecologia da caça de subsistência em populações tradicionais do sudoeste da Amazônia
                                            Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                            Tipo Tese
                                            Data 18/01/2019
                                            Área ECOLOGIA APLICADA
                                            Orientador(es)
                                              Coorientador(es)
                                              Orientando(s)
                                                Banca
                                                • RAFAEL MORAIS CHIARAVALLOTI
                                                • Walfrido Moraes Tomás
                                                Resumo A carne de caça é consumida em grande escala por famílias tradicionais que vivem no interior de áreas protegidas ou próximas a elas na Amazônia. Nessa situação estão populações indígenas e rurais que habitam áreas remotas e vivem à margem da economia formal. Para elas a carne de caça é o principal recurso de subsistência, de grande importância social, nutricional e econômica. Nessa tese, investiguei como relações sociais podem ser moldadas em torno da caça de subsistência e como as populações tradicionais no sudoeste da Amazônia são economicamente dependentes da carne de caça. A tese está estruturada em três capítulos; no primeiro capítulo procuro entender como fatores sociais e atributos dos caçadores influenciam a partilha de carne de caça entre famílias ribeirinhas. No segundo capítulo, investigo se atributos dos caçadores e características socioeconômicas influenciam o uso do espaço e a eficiência na caça. No terceiro e último capítulo, avalio cenários econômicos de renda doméstica das populações tradicionais, dos três países que compõem o sudoeste da Amazônia, para assegurar o consumo de proteína doméstica em caso de proibição ou colapso da caça de subsistência, tomando em conta a substituição de carne de caça por carne bovina. Em geral, partilhar carne de caça depende em grande parte da biomassa caçada, e não da estrutura social, parentesco ou espécies de presas abatidas por caçadores na Reserva Extrativista Riozinho da Liberdade. Por outro lado, a idade do caçador afeta significativa e positivamente a importância dele na rede de partilha de carne, indicando a influência de atributos pessoais no padrão de compartilhamento. Esses caçadores também são mais eficientes na caça, assim como aqueles que possuem renda baixa. Em contrapartida, viver em vilas pequenas e constituir famílias grandes implica usar áreas maiores para caça. Redução ou proibição da caça de subsistência a longo prazo causariam sérios problemas de segurança alimentar, conservação e economia, já que demonstro que a renda familiar é insuficiente para substituir o consumo de carne de caça pelo consumo de carne bovina. Assim, discuto nesta tese a importância dos fatores sociais e econômicos como forças direcionadoras que influenciam e moldam como a caça de subsistência é praticada. Além disso, evidencio que a carne de caça é um recurso insubstituível para populações tradicionais e rurais na Amazônia.
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                                                  Socioecologia da caça de subsistência em populações tradicionais do sudoeste da Amazônia
                                                  Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                                  Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
                                                  Data 18/01/2019
                                                  Área ECOLOGIA
                                                  Orientador(es)
                                                  • Erich Arnold Fischer
                                                  Coorientador(es)
                                                    Orientando(s)
                                                    • Andre Valle Nunes
                                                    Banca
                                                    • André Pinassi Antunes
                                                    • José Manuel Vieira Fragoso
                                                    • RAFAEL MORAIS CHIARAVALLOTI
                                                    • Renaud Pierre-Cyril
                                                    • Walfrido Moraes Tomás
                                                    Resumo A carne de caça é consumida em grande escala por famílias tradicionais que vivem no
                                                    interior de áreas protegidas ou próximas a elas na Amazônia. Nessa situação estão
                                                    populações indígenas e rurais que habitam áreas remotas e vivem à margem da
                                                    economia formal. Para elas a carne de caça é o principal recurso de subsistência, de
                                                    grande importância social, nutricional e econômica. Nessa tese, investiguei como
                                                    relações sociais podem ser moldadas em torno da caça de subsistência e como as
                                                    populações tradicionais no sudoeste da Amazônia são economicamente dependentes da
                                                    carne de caça. A tese está estruturada em três capítulos; no primeiro capítulo procuro
                                                    entender como fatores sociais e atributos dos caçadores influenciam a partilha de carne
                                                    de caça entre famílias ribeirinhas. No segundo capítulo, investigo se atributos dos
                                                    caçadores e características socioeconômicas influenciam o uso do espaço e a eficiência
                                                    na caça. No terceiro e último capítulo, avalio cenários econômicos de renda doméstica
                                                    das populações tradicionais, dos três países que compõem o sudoeste da Amazônia, para
                                                    assegurar o consumo de proteína doméstica em caso de proibição ou colapso da caça de
                                                    subsistência, tomando em conta a substituição de carne de caça por carne bovina. Em
                                                    geral, partilhar carne de caça depende em grande parte da biomassa caçada, e não da
                                                    estrutura social, parentesco ou espécies de presas abatidas por caçadores na Reserva
                                                    Extrativista Riozinho da Liberdade. Por outro lado, a idade do caçador afeta
                                                    significativa e positivamente a importância dele na rede de partilha de carne, indicando
                                                    a influência de atributos pessoais no padrão de compartilhamento. Esses caçadores
                                                    também são mais eficientes na caça, assim como aqueles que possuem renda baixa. Em
                                                    contrapartida, viver em vilas pequenas e constituir famílias grandes implica usar áreas
                                                    maiores para caça. Redução ou proibição da caça de subsistência a longo prazo
                                                    causariam sérios problemas de segurança alimentar, conservação e economia, já que


                                                    2

                                                    demonstro que a renda familiar é insuficiente para substituir o consumo de carne de
                                                    caça pelo consumo de carne bovina. Assim, discuto nesta tese a importância dos fatores
                                                    sociais e econômicos como forças direcionadoras que influenciam e moldam como a
                                                    caça de subsistência é praticada. Além disso, evidencio que a carne de caça é um
                                                    recurso insubstituível para populações tradicionais e rurais na Amazônia.

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                                                      ENDOPARASITISMO EM ANUROS DURANTE A ESTAÇÃO REPRODUTIVA, NA REGIÃO NHECOLÂNDIA, PANTANAL, BRASIL
                                                      Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                                      Tipo Tese
                                                      Data 21/12/2018
                                                      Área ECOLOGIA
                                                      Orientador(es)
                                                      • Fernando Paiva
                                                      Coorientador(es)
                                                        Orientando(s)
                                                        • Priscilla Soares dos Santos
                                                        Banca
                                                        • Fabio de Oliveira Roque
                                                        • Karla Magalhães Campião
                                                        • Luiz Eduardo Roland Tavares
                                                        • Rafael Dettogni Guariento
                                                        • Ricardo Massato Takemoto
                                                        Resumo O parasitismo é considerado como um importante mecanismo que impulsiona as dinâmicas nas comunidades hospedeiras. Sua relação com anuros acompanham as histórias de vida bifásicas desse grupo, pois quando em estágios juvenis e adultos, esses hospedeiros ocorrem em dispersas paisagens terrestres, e podem atingir altas densidades apenas em agregações durante a reprodução nos locais aquáticos, as quais acentuam a transmissão dos parasitos; e quando em estágios larvais ou em metamorfose, a imunidade é menor em relação aos adultos, tornando essas fases mais suscetíveis às infecções parasitárias, e consequentemente em alguns casos, levando a mortalidade. Entranto, os anfíbios apresentam-se como modelos para estudos parasitológicos, visto a sua importância nos ecossistemas, e consequentemente, atuam como hospedeiros intermediários ou definitivos para diversos parasitos, em hábitats terrestres e aquáticos. Dessa forma, o conhecimento da fauna parasitária associada aos anuros pode contribuir para o entendimento dos fenômenos biológicos de interações. Outro aspecto relacionado ao parasitismo é a importância da sua distribuição em relação ao habitat dos anuros, bem como, a relação dos parasitos com a reprodução dos seus hospedeiros. Contudo, o presente estudo teve como objetivo caracterizar e estimar a composição de infracomunidades de metazoários endoparasitos, em cinco espécies de anuros (Boana raniceps, Pithecopus azureus, Pseudis platensis, Scinax acuminatus e S. nasicus) durante estações reprodutivas no Pantanal sul-mato-grossense. Complementarmente, foi analisada a comunidade componente de parasitos em relação ao microhabitat dessas espécies, e se as comunidades componentes de parasitos de duas espécies (Pithecopus azureus e Pseudis platensis) estariam correlacionadas com o seu investimento reprodutivo.
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                                                          Genetic distances within and among species of Teloschistaceae (Ascomycota) and delimitation of the bipolar Polycauliona candelaria (L.) Frödén, Arup & Søchting and Rusavskia elegans (Link) S. Y. Kondr. and Kärnefelt
                                                          Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                                          Tipo Tese
                                                          Data 30/11/2018
                                                          Área ECOLOGIA
                                                          Orientador(es)
                                                            Coorientador(es)
                                                            Orientando(s)
                                                              Banca
                                                              • Diego Jose Santana Silva
                                                              Resumo A presente tese descreveu a variação no DNA barcode (capítulo 1) em uma das mais diversas e amplamente distribuídas famílias de fungos liquenizados, Teloschistaceae, e focou na diversidade genética de duas espécies bipolares, Polycauliona candelaria (capítulo 2) e Rusavskia elegans (capítulo 3). Apesar do marcador ITS (DNA barcode universal para fungos) ser amplamente utilizado em estudos filogenéticos de fungos liquenizados, os padrões gerais dos limites intra- e interespecíficos são apenas estabelecidos e testados para Parmeliaceae. No capítulo inicial, as sequências de DNA barcode de Teloschistaceae disponíveis no GenBank utilizando critérios de seleção (utilizando-se sequências representantes como base de busca) foram exploradas, a monofilia de espécies testada, e, subsequentemente, aplicadas à dois métodos de validação de espécies. As distâncias estimadas no primeiro capítulo podem ser utilizadas como referência e serem úteis em estudos integrativos com espécies dessa família. Para os capítulos dois (P. candelaria) e três (R. elegans), os liquens foram coletados com o suporte dos Programas Antárticos Argentino e Brasileiro nas ilhas Shetlands do Sul, peninsula Antártica e ilha James Ross, assim como no sul da América do Sul. Adicionalmente, espécimes do Hemisfério Norte e Colombia foram coletadas por colegas ou concedidos por herbários. As análises realizadas no capítulo dois sugerem que Polycauliona candelaria é uma única espécie originada na América do Norte 1.3 milhões de anos atrás, e que a dispersão para a América do Sul ocorreu em eventos de longa dispersão recentes (LDD), possivelmente utilizando os Andes como pontos de paradas (mountain hopping). Os menores índices de diversidade genética foram encontrados na Antártia, provavelmente devido a recente efeito fundador que ocorreu no final do período Pleistoceno. No capítulo três, todos os talos de R. elegans analisados foram encontrados na ilha James Ross, e três linhagens moleculares divergentes foram identificadas. Rusavskia elegans provou ser difícil de encontrar nas ilhas Shetlands do Sul e península, onde todo material coletado foi morfologiamente e geneticamente identificado como Caloplaca ou Austroplaca. A distribuição desta espécie na Antártica parece ser mais restrita do que previamente considerada, e ausente de ambientes ricos em nitrogênio. Dados químicos e ecológicos mostraram baixa resolução taxonômica, enquanto caracteres anatômicos, como a presença de estruturas isidioides, espessura do tecido parahimênico e a margem do himênio, foram utilizados para caracterizar as diferentes linhagens. Espécies crípticas e plasticidade fenotípica ocorrem dentro de R. elegans, e a dispersão para a Antártica parece ter ocorrido por múltiplos eventos de dispersão de longa distância. Com essa tese, o sucesso da colonização de espécies da família Teloschistaceae em ambientes extremos é mais uma vez reforçada, assim como a importância de estudos integrativos para delimitar e avaliar a história evolutiva de fungos liquenizados. Os dados de distâncias genéticas se mostraram eficientes como ferramenta adicional para a caracterização de grupos, incluindo complexos de espécies. O período Pleistoceno foi importante para a colonização da Antártica por liquens, e os grupos provavelmente chagaram ao continente por eventos recentes de dispersão de longa distância.
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