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TRABALHO Ações
Ecology of South American coati (Nasua nasua) in urban forest fragments of Brazilian Cerrado
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 23/11/2021
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Heitor Miraglia Herrera
Coorientador(es)
  • Grasiela Edith de Oliveira Porfirio Petry
  • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
Orientando(s)
  • Wanessa Teixeira Gomes Barreto
Banca
  • Beatriz de Mello Beisiegel
  • Fabio de Oliveira Roque
  • Guilherme de Miranda Mourão
  • Heitor Miraglia Herrera
  • Rita de Cássia Bianchi
Resumo A crescente urbanização a nível global resulta em importantes mudanças no uso da terra, o que torna cada vez mais necessário compreender de que maneira as populações de animais silvestres que sobrevivem em áreas urbanas são afetadas. Ainda que seja de amplo conhecimento a capacidade de adaptação de algumas espécies silvestres ao ambiente urbano e a importância de muitas delas para a manutenção das dinâmicas florestais, pouco tem sido estudado sobre as consequências de se viver em uma matriz urbana sabidamente hostil. Assim, estudos sobre parâmetros demográficos, sociobiologia, padrão de atividade e uso do espaço fornecem informações importantes, capazes de subsidiar estratégias efetivas de manejo de espécies silvestres que habitam ambientes urbanos. Nesse estudo, nós utilizamos os quatis (Nasua nasua) como modelo, dada sua conhecida adaptabilidade às áreas sob influência antrópica e seu interessante, mas ainda pouco compreendido sistema de organização social. Essa tese está dividida em dois capítulos. No primeiro capítulo estimamos os parâmetros demográficos por meio do método de captura-marcação-recaptura. No segundo capítulo exploramos aspectos da organização social, padrão de atividade e uso do espaço. Para tal, monitoramos os quatis por GPS telemetria para estimar e testar o efeito das variáveis sexo e peso corporal no tamanho das áreas de vida, além de avaliar o uso do espaço e a atividade circadiana. Além disso, por meio de análises de redes sociais, nós determinamos o número de grupos sociais e sua composição quanto ao sexo e faixa etária. De um modo geral, obtivemos densidades maiores do que as reportadas para a espécie no ambiente natural, mas uma sobrevivência aparente baixa que associada à alta disponibilidade de recursos possivelmente manteve a população estável. Ainda, a seleção por áreas florestadas em uma paisagem urbana diminuiu a área de vida, mas não alterou o ciclo circadiano em grupos de quatis. Aparentemente o ambiente urbano favorece uma maior coesão dos machos adultos no grupo social independente do período reprodutivo.
Bats ectoparasites infracommunities structure patterns and interactions
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 17/11/2021
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Gustavo Graciolli
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Guilherme Douglas Piel Dornelles
    Banca
    • Boris Krasnov
    • Eder Silva Barbier
    • Erich Arnold Fischer
    • Gustavo Graciolli
    • Ricardo Guerrero
    Resumo As estruturas das comunidades de parasitas resultam de cadeias complexas de interações. Esses organismos interagem com os hospedeiros, outras espécies de parasitas, outros indivíduos da mesma espécie e sofrem pressão das variáveis ambientais. Alguns desses processos de estruturação podem ser acessados por meio da Teoria da Metacomunidade. Esta teoria se concentra em avaliar padrões e mecanismos que contribuem para a variação da diversidade de espécies no espaço, geralmente em escalas locais e regionais. A abordagem na escala local pode ser usada para explorar processos estruturais de infracomunidades. Infracomunidade é o termo usado para identificar todos os parasitas de um determinado indivíduo hospedeiro, compartilhando algumas das características e processos das populações de espécies de vida livre. Esta tese trata principalmente de estruturas de infracomunidades e das interações de suas populações. Está dividida em três capítulos, todos usando morcegos e seus ectoparasitas como modelo de estudo. No primeiro capítulo dessa tese usei a abordagem baseada em padrões da metacomunidade para identificar o padrão adequado às infracomunidades de ectoparasitos de três espécies de morcegos capturados no Pantanal. Essas espécies são Artibeus planirostris, Myotis nigricans e Noctilio albiventris. Como a maioria dos trabalhos usa apenas um grupo morfológico de ectoparasitas, identifiquei a estrutura de infracomunidades de todos os táxons e então para cada classe (Insecta e Acarina). Em todas as três espécies de morcegos, a estrutura de infracomunidade para todos os táxons foi o mesmo subconjunto de aninhada, Clamped species loss, dentre os quais um apresentava a versão "quasi". As infracomunidades de insetos e ácaros eram todos de padrões diferentes, com exceção de Acari em Artibeus planirostris que também era da estrutura Clamped species loss. Esses resultados mostraram que a exclusão de táxons durante a realização das análises dos Elementos da Estrutura da Metacomunidade (EMS) pode levar a interpretações errôneas e, portanto, recomendamos que sempre se use todas as espécies presentes. O segundo capítulo trata do efeito da cobertura florestal, das características do hospedeiro e da interação entre ectoparasitas na estrutura, abundância e aglomeração desses ectoparasitas nas infracomunidades. Para isso usei um conjunto de dados de dois anos de coleta de ectoparasitas na Serra da Bodoquena. Encontrei que a estrutura aninhada Random species loss foi a mais frequente para ectoparasitas de morcegos neste conjunto de dados. O número de estruturas “quasi” foi menos frequente nas áreas com maior cobertura florestal, indicando que o efeito dos processos de estruturação nestas foi mais forte. Além disso, a aglomeração (ICr) foi maior em morcegos capturados em áreas com menor cobertura florestal, talvez devido à menor disponibilidade de abrigos adequados. Relacionado à interação entre as espécies de ectoparasitas, não encontrei evidência de competição entre elas, mas encontrei um aumento na intensidade média de infestação de duas espécies junto ao aumento da riqueza na infracomunidade. Então, pode haver um processo de facilitação ou essas espécies se beneficiaram das mesmas condições que levaram seus hospedeiros a acumularem maior riqueza de ectoparasitas. No terceiro capítulo testei a hipótese da razão sexual densidade-dependente dos ectoparasitas, em que os ectoparasitas fêmeas estariam mais agregados em hospedeiros específicos, presumivelmente devido às demandas nutricionais, e os machos estariam mais dispersos pela população hospedeira. Para isso utilizei uma amostra de Anoura geoffroyi capturados em cavernas de Minas Gerais. Encontrei resultados que não corroboravam com a hipótese proporção sexual densidade-dependente, mas encontrei que as fêmeas hospedeiras estavam mais infestadas por Exastinion clovisi do que os machos. Suponho que isso aconteça devido à falta de mobilidade, pois esta foi a única espécie encontrada sem capacidade de voar, embora não haja nenhum estudo avaliando a capacidade de mobilidade dessas moscas.
    Efeitos da paisagem sobre as interações e a diversidade funcional de plantas e polinizadores em remanescentes urbanos de Cerrado
    Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
    Tipo Tese
    Data 25/10/2021
    Área ECOLOGIA
    Orientador(es)
    • Andrea Cardoso de Araujo
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Karine Munck Vieira
      Banca
      • Andrea Cardoso de Araujo
      • Camila Aoki
      • Mauricio de Almeida Gomes
      • Pietro Kiyoshi Maruyama Mendonça
      • Samuel Vieira Boff
      Resumo A urbanização modifica a paisagem natural, através da fragmentação e do isolamento de habitats. As consequências desses processos refletem na estrutura da vegetação, nas comunidades de polinizadores e, consequentemente nos serviços de polinização. Os distúrbios antrópicos são variáveis ao longo de toda a extensão das cidades, o que permite examinar os efeitos sobre os organismos vivos, incluindo as plantas e os insetos visitantes. No primeiro capítulo dessa tese, avaliamos os efeitos dos tipos de cobertura do solo no entorno de 14 remanescentes de Cerrado em Campo Grande, MS e em diferentes escalas (500 m, 1 km e 2 km), sobre a riqueza de espécies de plantas e polinizadores, bem como sobre as métricas em nível de rede e de espécie. Também avaliamos se a beta diversidade de espécies e interações difere entre fragmentos com maior e menor graus de urbanização (urbanos e seminaturais). Avaliamos ainda se o isolamento dos remanescentes leva à mudanças de interações entre as redes locais e a metarede. As redes tiveram padrão aninhado, com baixa modularidade e predomínio de interações generalistas, o que era esperado, já que os remanescentes estudados ocorrem em área urbana. As diferentes coberturas de solo foram importantes, já que todas elas, em pelo menos uma escala, levaram ao aumento da riqueza de interações. Além disso, a mudança na composição de plantas e polinizadores entre os remanescentes de Cerrado foi o fator determinante para a substituição das interações estabelecidas nas redes, reforçando que as fitofisionomias da cidade favorecem a diversidade de espécies existentes na cidade. O isolamento levou a mudanças somente nas interações de espécies compartilhadas entre as redes locais e a metarede, indicando que a conectividade entre as áreas de Cerrado é necessária para a manutenção das interações. No segundo capítulo, avaliamos se os traços funcionais das plantas e abelhas, bem como a riqueza funcional (FRic), a uniformidade funcional (FEve) e a divergência funcional (Fdiv) desses grupos são afetados pelo isolamento dos remanescentes, pelos tipos de cobertura de solo nas três escalas espaciais. A riqueza de espécies abelhas foi positivamente afetada pela riqueza funcional e de espécies de plantas. Além disso, a riqueza funcional de plantas esteve relacionada à riqueza de espécies desse grupo, mas a riqueza de espécies de abelhas não esteve relacionada à sua riqueza funcional. Isso mostra que os padrões de diversidade funcional são muito mais variáveis do que os padrões relacionados à diversidade de espécies e reforça a importância da conservação de áreas naturais dentro dos espaços urbanos. O aumento da cobertura de áreas verdes na maior escala reduziu a uniformidade e a divergência funcional das plantas. As áreas de pastagem/campo aberto foram associadas à uma menor riqueza funcional de plantas o que pode ter levado à menor diversidade funcional de abelhas. O isolamento dos remanescentes, por sua vez, não influenciou nos componentes da diversidade funcional de abelhas e plantas. A expansão da cobertura urbana levou ao aumento do tamanho corporal das abelhas, sugerindo que a dispersão e o estabelecimento desses insetos podem ser influenciados pela qualidade do habitat, tanto nos remanescentes de Cerrado amostrados como nas áreas de entorno. No capítulo três avaliamos como o isolamento dos remanescentes e a proporção das coberturas de solo nas três escalas, afetam a abundância de Apis mellifera, bem como a riqueza de espécies de plantas visitadas e de grãos de pólen carregados por essas abelhas (amostragem zoocêntrica e fitocêntrica). Com base nessas duas amostragens, analisamos se a riqueza e diversidade de plantas dos remanescentes correlaciona-se com o número de espécies visitadas. As abelhas A. mellifera exploraram uma ampla variedade de espécies florais. A família Asteracea destacou-se por estar entre as mais representativas, tanto na amostragem de pólen quanto nas observações focais das abelhas nas flores. A riqueza de plantas visitadas nas duas amostragem foi positivamente afetada pela riqueza de plantas das parcelas dos remanescentes de Cerrado, demonstrando a importância dessas espécies para as abelhas. O isolamento não afetou a riqueza de plantas visitadas através das duas amostragens, nem a abundância das abelhas. Diversos tipos de cobertura favoreceram a riqueza de plantas visitadas, provavelmente por essas abelhas serem generalistas e pelo fato de suportarem vários tipos de ambientes e graus de alteração. Os resultados obtidos em todo este estudo mostraram que paisagens alteradas pelo homem são capazes de abrigar vasta gama de espécies e interações, até mesmo mantendo certos tipos de serviços ecossistêmicos. As variadas coberturas de solo no entorno dos remanescentes de Cerrado, podem influenciar as comundiades de plantas e insetos vistantes de diferentes formas, sendo portanto necessário ampliar os estudos com amostragens em cada matriz da paisagem.
      Environmental filters influence functional structure and growth of monodominant forest patches in the Pantanal floodplain
      Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
      Tipo Tese
      Data 09/08/2021
      Área ECOLOGIA
      Orientador(es)
      • Geraldo Alves Damasceno Junior
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Evaldo Benedito de Souza
        Banca
        • Arnildo Pott
        • Beatriz Schwantes Marimon
        • Flávio Antônio Maes dos Santos
        • FLORIAN KARL WITTMANN
        • Geraldo Alves Damasceno Junior
        • Pia Parolin
        Resumo Nos trópicos, a ocorrência de stands monodominantes intercalados com formações
        florestais ou savânicas mistas, com alta diversidade de espécies, é uma questão que
        ainda desafia os ecólogos. Apesar de vários estudos voltados para esse tema, ainda não
        há explicação para todos os aspectos desse fenômeno. Alguns fatores chave tem sido
        apontados e duas abordagens gerais são: a falta de distúrbio, onde espécies que são
        melhores competidoras se sobressaem nos estágios mais avançados de sucessão, e, a
        presença de filtros ambientais, como por exemplo fogo, inundação e solos pobres, que
        excluem as espécies menos tolerantes. Esses filtros ambientais podem influenciar nas
        estratégias de uso de nutrientes pelas plantas, variando entre estratégias aquisitivas ou
        conservativas. Por isso, nessa tese mostramos, em três capítulos, como os filtros
        ambientais influenciam na estrutura da comunidade e nos traços individuais em stands
        monodominantes de Leptobalanus parvifolius (Huber) Sothers & Prance (= Licania
        parvifolia Huber, sinonimizado recentemente, ver Sothers et al. 2016) na planície de
        inundação do Pantanal no centro da América do Sul. Além disso, dada a importância do
        clima para o crescimento de árvores, analisamos anéis de crescimento para verificar se
        eventos de EL Niño e precipitação, além de inundação, influenciam o estabelecimento e
        crescimento de indivíduos de L. parvifolius. Nossos principais resultados foram que a
        dominância de L. parvifolius aumenta com maior inundação, maior fertilidade nos solos
        e maior perturbação do gado, ou em solos menos férteis e mais inundados, mas sem
        gado. Uma explicação plausível é que inundações e distúrbios pelo gado podem impedir
        o estabelecimento de outras espécies em solos mais férteis e, portanto, podem facilitar o
        estabelecimento e aumentar a dominância de L. parvifolius. Indivíduos em áreas mais
        inundáveis possuem estratégias conservadoras (menor crescimento), enquanto que em
        áreas menos inundadas eles lançam mão de estratégias aquisitivas (crescimento mais
        rápido). Este resultado pode representar maior produtividade e ciclagem de nutrientes
        em áreas menos inundáveis. Assim, stands monodominantes de L. parvifolius são nicho estruturados ao longo dos gradientes ambientais. Isso pode estar relacionado à
        plasticidade da espécie dominante, o que pode ser um fator importante para a
        monodominância de L. parvifolius e de outras espécies no Pantanal. A inundação na
        região parece não suficientemente forte para realmente afetar o crescimento de L.
        parvifolius. O estabelecimento de indivíduos de L. parvifolius ocorre principalmente em
        anos com inundação entre 30 e 110 dias. Por sua vez, os eventos de El Niño têm uma
        influência negativa significativa no crescimento de L. parvifolius. As alterações
        climáticas esperadas e o consequente aumento dos eventos El Niño podem modificar
        drasticamente a hidrologia e o clima do Pantanal, o que pode comprometer o
        estabelecimento e crescimento de espécies monodominantes, causando mudanças
        drásticas na paisagem
        Comunidades de mosquitos em gradientes de uso da terra na Amazônia e no Cerrado
        Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
        Tipo Tese
        Data 16/07/2021
        Área ECOLOGIA
        Orientador(es)
        • Fabio de Oliveira Roque
        Coorientador(es)
        • Wanderli Pedro Tadei
        Orientando(s)
        • Adriano Nobre Arcos
        Banca
        • Alessandra Gutierrez de Oliveira
        • Fabio de Oliveira Roque
        • JOELMA SOARES DA SILVA
        • Raquel Soares Juliano
        • RICARDO AUGUSTO DOS PASSOS
        • ROSEMARY APARECIDA ROQUE
        Resumo Mudanças de paisagens naturais para paisagens antropogênicas têm causado efeitos negativos na biodiversidade de espécies, desequilíbrio entre os vetores, patógenos e seus hospedeiros, levando a um aumento significativo no número de algumas espécies de mosquitos, principalmente antropófilas. Nosso conhecimento ainda é limitado para identificar os níveis de transformação que geram mudanças críticas no sistema ecológico, se as comunidades de mosquitos mudam gradualmente ou se as mudanças são drásticas e repentinas. Talvez o mais importante desses preditores seja a quantidade total de vegetação nativa remanescente. Além disso, as modificações ambientais exercem papel importante para o surgimento de novos hábitats para diversas espécies de mosquitos vetores. A maioria dos estudos sobre mosquitos detectam o efeito da cobertura florestal na biodiversidade de mosquitos, além disso, as variáveis ambientais estão sendo relacionadas com a presença de espécies em áreas naturais e alteradas (exemplo: chuva, umidade, temperatura, qualidade da água dos criadouros). Neste estudo, nos três capítulos buscamos: (1) caracterizar o habitat larval de anofelinos e identificar variáveis limnológicas associadas com a presença de espécies; (2) avaliar como a perda de floresta pode afetar direta e indiretamente as assembléias de anofelinos nas duas estações (seco e chuvoso); (3) identificar o efeito da perda de vegetação nativa ao longo de um gradiente de cobertura florestal sobre a riqueza e abundância de mosquitos vetores e não vetores, e identificar limiares para cada espécie. No primeiro e segundo capítulo foram relizadas coletas de imatudos em diversos hábitats larvais de anofelinos na área peri-urbana da cidade de Manaus – AM, e o terceiro capítulo foram coletados mosquitos adultos ao longo de um gradiente de cobertura florestal em uma área de Cerrado no Planalto da Bodoquena – MS. Utilizamos a análise de correlação canônica para verificar a relação das variáveis limnológicas com a presença larval de
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        anofelinos, além disso usamos a modelagem de equações estruturais para investigar os efeitos da cobertura florestal sobre a qualidade da água dos hábitats e na composição larval de anofelinos em diferentes estações. Para os mosquitos adultos, realizamos a seleção de modelos lineares e não lineares para avaliar a resposta da riqueza e abundância de mosquitos à perda de floresta. Em resumo, encontramos fortes evidências que as larvas de anofelinos são afetadas pela qualidade da água do habitat e que as variáveis limnológicas exercem papel importante para a presença de certas espécies. Além disso, a floresta possui papel importante nesses ambientes, afetando direta e indiretamente a assembléia de anofelinos nos habitats em ambas as estações. Por outro lado, no ambiente terrestre os mosquitos sofrem influência da cobertura florestal, com o aumento da abundância total. Entretanto, as espécies vetoras são beneficiadas com a diminuição da cobertura florestal e o inverso é observado para as espécies não vetoras.
        Fatores Determinantes da Posição Trófica em Consumidores Aquáticos, Fatores Macroecológicos e Evolutivos
        Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
        Tipo Tese
        Data 28/05/2021
        Área ECOLOGIA
        Orientador(es)
        • Rafael Dettogni Guariento
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Guilherme Dalponti
          Banca
          • Bruno Renaly Souza Figueiredo
          • Diogo Borges Provete
          • Rafael Dettogni Guariento
          • Rudi Ricardo Laps
          • Yzel Rondon Súarez
          Resumo A manutenção de um saldo energético positivo é crítica para a sobrevivência e sucesso reprodutivo de um consumidor, estratégias que maximizem a aquisição de energia e minimizem seu gasto modelam fundamentalmente as interações biológicas, organismos que apresentam as estratégias mais eficientes para a assimilação de nutrientes e energia podem alocar mais recursos na reprodução e podem propagar suas características. Espécies podem desenvolver diferentes adaptações para maximizar a razão entre energia assimilada e gasta dependendo de restrições morfológicas, fisiológicas ou ambientais. O foco desta tese é a relação entre o tamanho corporal e a posição trófica em consumidores marinhos partido do pressuposto de que a relação entre tais características pode ser muito importante para o saldo energético das espécies influenciando em seus meios de aquisição de recursos e em suas taxas metabólicas, sendo também influenciado por condições climáticas e ambientais. No primeiro capítulo foi utilizado um banco de dados publicado por Jennings & Cogan (2015) investigando a relação entro o tamanho corporal e a posição trófica em espécies de peixes e lulas explorando variações intra e interespecíficas com vistas a entender os mecanismos que levam a uma relação positiva entre o tamanho corporal e uma maior amplitude de posições tróficas ocuparas por consumidores ectotérmicos aquáticos. Foi encontrada uma relação geral positiva entre tamanho corporal e posição trófica e respostas específicas para a relação entre tamanho corporal e amplitude de posições tróficas dentro das espécies. No restante da tese foco no efeito de variáveis climáticas e ambientais sobre o tamanho corporal e a posição trófica de espécies de peixes ósseos, comparando espécies de climas temperados e tropicais assim como ambientes marinhos e de água doce, espécies ectotérmicas tem suas taxas metabólicas reguladas pela temperatura ambiente, sendo que espécies ectotérmicas habitando regiões quentes tem taxas metabólicas diferentes, geralmente mais altas, do que espécies habitando regiões mais frias, além disso o tipo de ambiente pode influenciar na
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          disponibilidade de recursos, por exemplo, ambientes de água doce são geralmente menores e altamente influenciados pela entrada alóctone de matéria orgânica, levando a diferenças nas características relacionadas a estratégias alimentares e no gasto energético, por exemplo na posição trófica e no tamanho corporal, assim como na relação entre estas características. No segundo capítulo investiguei as taxas evolutivas e taxas de evolução correlacionada entre tamanho corporal e posição trófica utilizando um banco de dados global relacionado à árvore filogenética para peixes ósseos mais recente até a data, encontrei que a relação positiva entre tamanho corporal e posição trófica é mais evidente no clima tropical e que este padrão é possivelmente causado por diferenças na correlação evolutiva entre tamanho corporal e posição trófica entre diferentes climas. No último capítulo trabalhei com modelos de diversificação de espécies levando em conta a região climática de ocorrência das espécies e a guilda trófica à qual as espécies pertencem para identificar quais fatores levam à mais rápida ou lenta diversificação de espécies, encontrando que a prevalência da herbivoria nos trópicos pode ser devida à mais alta diversificação de guildas que apresentam posições tróficas baixas nestas regiões.
          Effects of climate change on Aedes aegypti
          Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
          Tipo Tese
          Data 14/05/2021
          Área ECOLOGIA
          Orientador(es)
          • Fabio de Oliveira Roque
          Coorientador(es)
          • Francisco Valente Neto
          Orientando(s)
          • Ana Cláudia Piovezan Borges
          Banca
          • ALBANIN APARECIDA MIELNICZKI PEREIRA
          • Alessandra Gutierrez de Oliveira
          • Fabio de Oliveira Roque
          • Karthikeyan Chandrasegaran
          • Luiz Ubiratan Hepp
          • Renato Tavares Martins
          Resumo Devido à alta concentração de gases de efeito estufa (GHGs) na atmosfera, é consenso que, atualmente, estamos vivendo uma emergência climática. O aumento da temperatura do planeta é uma das principais consequências das mudanças climáticas e impacta a biodiversidade de diferentes formas. Por serem organismos ectotérmicos, os insetos são mais suscetíveis a mudanças de temperatura, e muitos estudos têm investigado os efeitos do aumento da temperatura em insetos, especialmente em espécies que são vetores de patógenos, porque eles ameaçam a saúde humana. No entanto, o efeito combinado do aumento de temperatura e da concentração de CO2, o principal GHG, em insetos vetores é pouco estudado. Nessa tese, eu investiguei os efeitos das mudanças climáticas em Aedes aegypti, espécie que é vetor primário de vírus que causam Zika, chikungunya e dengue, e que ocorre em quase todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo. A tese é dividida em três capítulos. No primeiro capítulo, eu investiguei o padrão global de colaboração em pesquisas que avaliam “efeitos da temperatura ou de mudanças climáticas em Aedes aegypti”, através de uma análise bibliométrica. Estudos que investigam os efeitos de mudanças climáticas em Aedes aegypti tiveram um aumento exponencial nos últimos 15 anos. Brasil e Argentina, dois países em desenvolvimento, aparecem entre os cinco países com maior número de publicações nessa área, enquanto outros países (por exemplo Índia e Paraguai), que também enfrentam problemas de saúde relacionados a doenças transmitidas pela espécie, têm pouca ou nenhuma publicação na área. Assim, é essencial que as colaborações internacionais incluam esses países. No segundo e terceiro capítulos, eu delineei experimentos em um microcosmo que simula o aumento simultâneo de temperatura e da concentração de CO2 para 2100 na cidade de Manaus, Amazonas, Brasil. O microcosmo é composto por quatro cenários simulados de mudanças climáticas (SCCS), um deles simula as condições climáticas atuais em Manaus (cenário Controle), e os outros três SCCS (Brando, Intermediário e Extremo) simulam os cenários climáticos B1, A1B e A2 preditos no Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (da sigla em inglês IPCC). No segundo capítulo, eu avaliei os efeitos do SCCS e do risco de predação na sobrevivência das larvas e no padrão de emergência de adultos de Aedes aegypti. A sobrevivência das larvas de Aedes aegypti não foi afetada pelos SCCS ou pelo risco de predação, mas o padrão de emergência dos adultos foi afetado pelos SCCS. Cenários mais quentes aceleraram a emergência de Aedes aegypti adultos, e um pico de emergência foi observado no SCCS Intermediário. No terceiro capítulo, eu avaliei o sistema de defesa antioxidante (ADS) de Aedes aegypti. Eu testei as duas principais enzimas do ADS, catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD) em larvas e adultos de ambos os sexos de Aedes aegypti, criados nos SCCS. As respostas do ADS de larvas e fêmeas adultas de Aedes aegypti foram similares, e a atividade das duas enzimas não diferiu em nenhum SCCS. Porém, a atividade enzimática de machos adultos foi afetada pelo SCCS. Como resultados dos três capítulos, eu sugiro que haja um aumento das redes de colaboração internacional, principalmente conectando à rede global, países com pouca ou nenhuma pesquisa na área e que possam ser afetados pela espécie em cenários futuros de mudanças climáticas. Os resultados também estão de acordo com as predições sobre o aumento das populações de mosquitos em um futuro próximo, e indicam que a alocação de energia em Aedes aegypti pode diferir entre os estágios de vida e sexo. Além disso, o controle de vetores e as medidas de mitigação para reduzir a emissão de gases de efeito estufa devem ser levados a sério, dessa forma é possível reduzir o contato de mosquitos e humanos, e evitar as consequências para a saúde humana.
          Structure and trophic interactions in anuran metacommunities in Midwestern Brazil
          Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
          Tipo Tese
          Data 17/03/2021
          Área ECOLOGIA
          Orientador(es)
          • Diego Jose Santana Silva
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Karoline Ceron
            Banca
            • Denise De Cerqueira Rossa Feres
            • Diego Jose Santana Silva
            • Jeferson Vizentin-Bugoni
            • Paula Cabral Eterovick
            • Paulo Roberto Guimarães Junior
            • Timothée Emmanuel Poisot
            Resumo Comunidades e metacomunidades variam em composição no tempo e no espaço. Da mesma forma, as interações entre as espécies também podem variar ao longo dessas dimensões. Meu objetivo nesta tese é compreender os efeitos do tempo e do espaço nas metacomunidades de anuros, bem como nas interações anuro-presa. No primeiro capítulo, analisei os padrões estruturais das redes de interação anuros-presas em diferentes partes do mundo. Como resultado sugiro que diferentes processos, mediados principalmente pela latitude, estão moldando a arquitetura das redes anuros-presas em todo o mundo. No segundo capítulo, examinei os padrões sazonais da contribuição local para a diversidade beta (LCBD) de anuros em diferentes ecorregiões do Oeste do Brasil e avaliei sua correlação com a riqueza e se os preditores ambientais e/ou espaciais guiam os padrões de LCBD. Eu descobri que os padrões de LCBD são semelhantes entre as estações, com os locais tendendo a contribuir da mesma forma para a exclusividade da comunidade durante a estação seca e chuvosa. Entre as ecorregiões estudadas, o Cerrado apresentou os maiores valores de LCBD em ambas as estações. Além disso, a LCBD foi negativamente correlacionada com a riqueza de espécies na estação seca. Também descobri que a variação da LCBD foi explicada pela ecorregião na estação seca, mas na estação chuvosa os modelos globais ambientais e espaciais não foram significativos. Finalmente, no terceiro capítulo, avaliei a mudança das interações anuro-presa entre as estações e entre quatro ecorregiões no Oeste do Brasil. Meus resultados indicaram que a variação na beta diversidade das interações entre as estações e entre as áreas foi gerada por diferenças na disponibilidade de presas. A beta diversidade das interações entre ecorregiões e estações do ano foi alta e impulsionada principalmente pela religação das interações. Além disso, a diversidade beta das espécies foi positivamente relacionada à distância geográfica, mas o mesmo não ocorreu com a beta diversidade das interações. Eu proponho que a flutuação na abundância das presas junto com a capacidade limitada de dispersão dos anuros e presas são responsáveis pelo padrão
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            temporal e espacial das redes entre anuros e presas. Assim, as metacomunidades de anuros e suas interações variam no tempo e no espaço, mas os processos que estão conduzindo esses padrões são únicos e diferem dependendo da ecorregião.
            Structure and trophic interactions in anuran metacommunities in Midwestern Brazil
            Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
            Tipo Tese
            Data 17/03/2021
            Área ECOLOGIA
            Orientador(es)
              Coorientador(es)
              Orientando(s)
                Banca
                  Resumo Comunidades e metacomunidades variam em composição no tempo e no espaço. Da
                  mesma forma, as interações entre as espécies também podem variar ao longo dessas
                  dimensões. Meu objetivo nesta tese é compreender os efeitos do tempo e do espaço nas
                  metacomunidades de anuros, bem como nas interações anuro-presa. No primeiro capítulo,
                  analisei os padrões estruturais das redes de interação anuros-presas em diferentes partes do
                  mundo. Como resultado sugiro que diferentes processos, mediados principalmente pela
                  latitude, estão moldando a arquitetura das redes anuros-presas em todo o mundo. No segundo
                  capítulo, examinei os padrões sazonais da contribuição local para a diversidade beta (LCBD)
                  de anuros em diferentes ecorregiões do Oeste do Brasil e avaliei sua correlação com a riqueza
                  e se os preditores ambientais e/ou espaciais guiam os padrões de LCBD. Eu descobri que os
                  padrões de LCBD são semelhantes entre as estações, com os locais tendendo a contribuir da
                  mesma forma para a exclusividade da comunidade durante a estação seca e chuvosa. Entre as
                  ecorregiões estudadas, o Cerrado apresentou os maiores valores de LCBD em ambas as
                  estações. Além disso, a LCBD foi negativamente correlacionada com a riqueza de espécies na
                  estação seca. Também descobri que a variação da LCBD foi explicada pela ecorregião na
                  estação seca, mas na estação chuvosa os modelos globais ambientais e espaciais não foram
                  significativos. Finalmente, no terceiro capítulo, avaliei a mudança das interações anuro-presa
                  entre as estações e entre quatro ecorregiões no Oeste do Brasil. Meus resultados indicaram
                  que a variação na beta diversidade das interações entre as estações e entre as áreas foi gerada
                  por diferenças na disponibilidade de presas. A beta diversidade das interações entre
                  ecorregiões e estações do ano foi alta e impulsionada principalmente pela religação das
                  interações. Além disso, a diversidade beta das espécies foi positivamente relacionada à
                  distância geográfica, mas o mesmo não ocorreu com a beta diversidade das interações. Eu
                  proponho que a flutuação na abundância das presas junto com a capacidade limitada de
                  dispersão dos anuros e presas são responsáveis pelo padrão temporal e espacial das redes
                  entre anuros e presas. Assim, as metacomunidades de anuros e suas interações variam no
                  tempo e no espaço, mas os processos que estão conduzindo esses padrões são únicos e
                  diferem dependendo da ecorregião
                  Estrutura da Comunidade de Fungos Endofíticos eBioprospecção de Isolados de Aspilia grazielae (Santos), Espécie Vegetal Endêmica de Mato Grosso do Sul
                  Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                  Tipo Tese
                  Data 13/11/2020
                  Área ECOLOGIA
                  Orientador(es)
                  • Maria Rita Marques
                  Coorientador(es)
                  • Alinne Pereira de Castro
                  Orientando(s)
                  • Carlos Eduardo Weirich
                  Banca
                  • Aline Pedroso Lorenz
                  • Bianca Obes Correa
                  • Cirano José Ulhoa
                  • Gecele Matos Paggi
                  • Maria Rita Marques
                  • Wellington Santos Fava
                  Resumo O uso de novas tecnologias para o estudo do DNA vem crescendo nos últimos anos. Essas mudanças iniciaram em 2005, com o surgimento das primeiras tecnologias conhecidas como NGS (Next Generation Sequencing), permitindo uma nova abordagem de sequenciamento em larga escala. Essas novas tecnologias promovem o sequenciamento de DNA em plataformas capazes de gerar informação sobre milhões de pares de bases. Neste trabalho, utilizamos a plataforma Illumina MiSeq para investigar e comparar a estrutura da comunidade de fungos endofíticos da espécie vegetal Aspilia grazielae. Também utilizamos o método de plaqueamento de fragmentos vegetais (folhas e raízes) em meio BDA para isolamento de fungos endofíticos in vivo. Este trabalho foi dividido em três capítulos, que abordam aspectos relacionados à estrutura da comunidade dos fungos endofíticos e o seu potencial biotecnológico para biorremediação e bioprospecção. Foi investigado como a mineração influencia na estrutura da comunidade de fungos endofíticos de plantas crescidas em duas áreas, uma nativa e outra de recuperação (capítulo 1), o potencial biotecnológico para biorremediação de Fe+2 e Mn+2 pelos fungos que apresentaram maior tolerância e esses metais (capítulo 2), e a capacidade de três isolados do gênero Aspergillus em promover o crescimento de mudas de Aspilia grazielae (capítulo 3). De acordo com os resultados apresentados no capítulo 1, encontramos uma redução significativa do filo de Ascomycota na área de recuperação, indicando grande impacto do processo antropogênico nessa comunidade. Portanto, embora nosso estudo seja um instantâneo dessa comunidade complexa, sugerimos a importância de preservar a área nativa dos maciços do Pantanal, não apenas para conservar a biodiversidade da micobiota, mas também como fonte de comunidade endofítica da rizosfera para colonizar áreas de recuperação de atividades de mineração que poderiam ser fundamentais para o sucesso das iniciativas de restauração. No capítulo 2, no qual avaliamos o potencial de biorremediação pelos isolados do gênero Aspergillus e Penicillium, constatamos que o gênero Aspergillus se mostrou mais tolerante aos metais testados do que o gênero Penicillium. Contudo, para fins de biorremediação, os isolados de Aspergillus não foram tão eficientes na remoção dos metais em meio líquido quanto o gênero Penicillium. Um isolado do gênero Penicillium (CR1) mostrou ser o mais eficiente para remoção de metais, principalmente de Fe+2, dentre todos os isolados testados, indicando que o mesmo apresenta um alto potencial para biorremediação de Fe+2. Tais resultados sugerem que a cepa CR1 tem potencial para aplicabilidade na remediação de metais pesados de solos e águas poluídos. No capítulo 3, os resultados mostraram a capacidade dos isolados de Aspergillus em crescer em meio de cultura contendo soluções concentradas de Fe+2 e Mn+2. Observou-se também que os isolados promoveram o crescimento vegetativo das mudas de A. grazielae, quando adicionados ao solo, atuando como bioestimuladores de crescimento, e com potencial para biofertilizantes em programas de agricultura sustentável. No entanto, mais estudos são necessários para propor a preparação de uma bioformulação indutora de crescimento, e revelar os mecanismos pelos quais estes fungos atuam.
                  Sexual and density dependent behavior in two neotropical small mammals
                  Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                  Tipo Tese
                  Data 30/09/2020
                  Área ECOLOGIA
                  Orientador(es)
                  • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Thiago Mateus Rocha dos Santos
                    Banca
                    • Camila dos Santos de Barros
                    • Erich Arnold Fischer
                    • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
                    • Mauricio de Almeida Gomes
                    • Wellington Hannibal Lopes
                    Resumo 1. Área de vida e seleção de recursos são importantes abordagens ecológicas para o compreendimento de como os animais ocupam o espaço e como eles utilizam os recursos. O sexo dos animais é um importante fator intrínseco que pode mediar ou alterar em como o indivíduo uso o habitat e seleciona o recurso. Outro importante fator é a densidade populacional que pode limitar ou facilitar tanto a formação e ocupação da área de vida como a seleção dos recursos.

                    2. Aqui nós apresentamos dois estudo, um relacionado à área de vida do gambá Didelphis albiventris em uma área urbana e o outro sobre a seleção de recursos no roedor Thrichomys fosteri em uma região do Pantanal. No primeiro nós investigamos a relação da massa corpórea e do sexo influenciando a área de vida, hipotetizando que machos devem ter áreas de vida maiores que fêmeas e animais maiores devem ter áreas devida maiores. No segundo estudo, nós hipotetizamos que o principal recurso para o roedor deve ser a formação de bromélias comum na área de estudo pois a proteção deve ser o fator chave na seleção de recursos, entretanto fêmeas devem selecionar mais esse recurso que machos. Nós também hipotetizamos que a abundância de coespecíficos deve promover uma seleção negativa pelas fêmeas e positiva para os machos, devido às diferenças comportamentais relacionadas aos sexos.

                    3. Não encontramos relação do sexo nem o peso com o tamanho da área de vida em D. albiventris, entretanto fêmeas apresentaram baixa sobreposição das áreas core entre elas do que os machos. A formação de bromélias foi o principal recurso para T. fosteri, entretanto a força de seleção foi quase o dobro para fêmeas que para machos. A densidade populacional leva à uma seleção negativa pelas fêmeas enquanto para machos leva à uma seleção positiva.

                    4. A limitação espacial e as barreiras urbanas podem ser um fator que explica a ausência de efeito da massa e sexo na área de vida dos gambás. Além disso, suplementação de alimentação com restos humanos e o hábito generalista também podem limitar a movimentação de animais urbanos. A baixa sobreposição das áreas core de fêmeas pode ser uma resposta do comportamento reprodutivo onde fêmeas necessitam de áreas mais exclusivas para o cuidado da prole. A seleção maior de fêmeas de T. fosteri por bromélias também pode ser explicada pela maior necessidade de proteção das fêmeas que possuem seu sucesso reprodutivo na sobrevivência da prole e da mesma forma, elas tendem a evitar áreas com alta densidade populacional. Já machos, maximizam seu sucesso reprodutivo cobrindo um maior número de fêmeas, assim eles devem se expor mais e não evitar áreas com alta densidade de indivíduos.
                    Metacomunidade de Chrysomelidae (Coleoptera) em remanescentes florestais e sua relação com os atributos locais e da paisagem
                    Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                    Tipo Tese
                    Data 03/09/2020
                    Área ECOLOGIA
                    Orientador(es)
                    • Danilo Bandini Ribeiro
                    Coorientador(es)
                    • Josue Raizer
                    Orientando(s)
                    • Thiago Silva Teles
                    Banca
                    • Camila Aoki
                    • Diogo Borges Provete
                    • Francisco Valente Neto
                    • Mauricio de Almeida Gomes
                    • Pedro Giovâni da Silva
                    Resumo Mudanças na cobertura e uso do solo têm sido uma grande ameaça à biodiversidade por reduzir áreas de habitat natural e por alterar a dinâmica de metacomunidades originais, via fragmentação de habitat. Nesta tese, meu objetivo é compreender os efeitos das características da paisagem (i.e., composição e estrutura) e das características do habitat sobre a metacomunidade de Chrysomelidae (Coleoptera), habitantes de fragmentos relictuais de floresta semidecídua em uma paisagem com intensa prática agrícola. No primeiro capítulo apresento uma descrição da região de estudo, da assembleia destes besouros quanto a sua riqueza e composição, e os padrões espaciais e temporais de distribuição na área e período de estudo. Ao todo, foram capturados 610 indivíduos de 135 espécies pertencentes a sete subfamílias em 18 remanescentes florestais. Galerucinae e Eumolpinae apresentaram a maior riqueza e abundância. O maior pico de abundância e riqueza aconteceu em outubro de 2017, enquanto os menores valores foram registrados em fevereiro de 2018. No segundo capítulo, descrevo os efeitos da paisagem e do habitat sobre a riqueza e composição dos besouros crisomelídeos. Os resultados mostram que a riqueza de Chrysomelidae depende de características da paisagem e de processos espacialmente estruturados, que são independentes das características do habitat e paisagem. Quanto à composição de espécies, os resultados evidenciam a importância dos processos espacialmente estruturados em escala ampla, sendo estes processos responsáveis por determinar a variação na composição de espécies. As características da paisagem e do habitat não explicaram significativamente a variação na composição de espécies. Estes resultados de que a assembleia de crisomelídeos não está relacionada aos atributos da paisagem e do habitat, mas sim às estruturas espaciais, indica que há processos espacialmente estruturados que são independentes das características da paisagem e do habitat. Sendo assim, esta assembleia deve se organizar de acordo com a dinâmica de manchas, na qual as manchas de habitat são relativamente homogêneas (na perspectiva das espécies) e a dispersão é o fator mais importante que pode estar estruturando esta metacomunidade.
                    Reforço populacional do jabuti Chelonoidis carbonarius (Spix,1824) em um remanescente urbano de Cerrado
                    Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                    Tipo Tese
                    Data 30/07/2020
                    Área ECOLOGIA
                    Orientador(es)
                      Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                        Banca
                        • Diego Jose Santana Silva
                        • Laura Verrastro Vinas
                        • Liliana Piatti
                        • Rudi Ricardo Laps
                        Resumo Processos de resgate de fauna e reintrodução de animais silvestres são comuns no Brasil e seus efeitos sobre as populações residentes são desconhecidos. Com o objetivo de ajudar a dar um destino mais apropriado para os animais encontrados nos centros de triagem e reabilitação de animais silvestres, esse projeto realizou um reforço populacional de jabutis-piranga (Chelonoidis carbonarius) com animais provindos desses centros. O estudo foi estruturado em dois capítulos: a primeira discute os aspectos gerais do reforço populacional de jabutis e a segunda parte aborda os padrões espaciais dos indivíduos soltos no ambiente natural. O trabalho foi realizado no fragmento florestal da UFMS (Campo Grande, MS, Brasil). Vinte e seis jabutis provenientes do CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) passaram por exames clínicos e físicos, sendo 11 soltos (equipados com GPS) no fragmento através da técnica de soltura gradual. Durante o período de aclimatação, foram fornecidos alimento e água, bem como um monitoramento sanitário e nutricional. Após esse período, os indivíduos foram soltos e monitorados, tendo sua movimentação e saúde avaliados. Um indivíduo morreu durante o período de monitoramento e apenas um animal voltou ao local de soltura para se alimentar. Os animais eventualmente foram encontrados fora da reserva, caminhando pelo campus da universidade. Os jabutis se dispersaram de maneira rápida e curta. Nem que nem o sexo nem o peso do animal influenciaram os parâmetros dos modelos de dispersão. O movimento dos animais soltos foi semelhante ao dos nativos, possuindo áreas de vida de tamanho semelhante. Além disso, nem o peso e nem o sexo influenciaram no tamanho das áreas de vidas. Podemos considerar que a translocação dos indivíduos foi bem-sucedida a curto prazo, visto que houve uma alta sobrevivência dos animais soltos, bem como o estabelecimento de suas áreas de vida dentro do perímetro do local de soltura.
                        Reforço populacional do jabuti Chelonoidis carbonarius (Spix,1824) em um remanescente urbano de Cerrado
                        Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                        Tipo Tese
                        Data 30/07/2020
                        Área ECOLOGIA APLICADA
                        Orientador(es)
                        • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
                        Coorientador(es)
                        • Zaida Ortega Diago
                        Orientando(s)
                        • Patricia Sayuri Shibuya
                        Banca
                        • Diego Jose Santana Silva
                        • LARISSA NASCIMENTO BARRETO
                        • Laura Verrastro Vinas
                        • Liliana Piatti
                        • Rudi Ricardo Laps
                        Resumo Processos de resgate de fauna e reintrodução de animais silvestres são comuns no Brasil e seus efeitos sobre as populações residentes são desconhecidos. Com o objetivo de ajudar a dar um destino mais apropriado para os animais encontrados nos centros de triagem e reabilitação de animais silvestres, esse projeto realizou um reforço populacional de jabutis-piranga (Chelonoidis carbonarius) com animais provindos desses centros. O estudo foi estruturado em dois capítulos: a primeira discute os aspectos gerais do reforço populacional de jabutis e a segunda parte aborda os padrões espaciais dos indivíduos soltos no ambiente natural. O trabalho foi realizado no fragmento florestal da UFMS (Campo Grande, MS, Brasil). Vinte e seis jabutis provenientes do CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) passaram por exames clínicos e físicos, sendo 11 soltos (equipados com GPS) no fragmento através da técnica de soltura gradual. Durante o período de aclimatação, foram fornecidos alimento e água, bem como um monitoramento sanitário e nutricional. Após esse período, os indivíduos foram soltos e monitorados, tendo sua movimentação e saúde avaliados. Um indivíduo morreu durante o período de monitoramento e apenas um animal voltou ao local de soltura para se alimentar. Os animais eventualmente foram encontrados fora da reserva, caminhando pelo campus da universidade. Os jabutis se dispersaram de maneira rápida e curta. Nem que nem o sexo nem o peso do animal influenciaram os parâmetros dos modelos de dispersão. O movimento dos animais soltos foi semelhante ao dos nativos, possuindo áreas de vida de tamanho semelhante. Além disso, nem o peso e nem o sexo influenciaram no tamanho das áreas de vidas. Podemos considerar que a translocação dos indivíduos foi bem-sucedida a curto prazo, visto que houve uma alta sobrevivência dos animais soltos, bem como o estabelecimento de suas áreas de vida dentro do perímetro do local de soltura.
                        Flora, fenologia reprodutiva e redes de interações plantas-borboletas na Borda Oeste do Pantanal, MS
                        Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                        Tipo Tese
                        Data 30/06/2020
                        Área ECOLOGIA
                        Orientador(es)
                          Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                            Banca
                            • André Rodrigo Rech
                            • Camila Silveira de Souza
                            • Erich Arnold Fischer
                            • Maria Rosangela Sigrist
                            Resumo A borda oeste do Pantanal engloba enclaves de relevo residual caracterizados por
                            diversas fitofisionomias, que contrastam com a vegetação aquática na planície
                            inundável pantaneira. Dentre essas formações, encontram-se as vegetações típicas de
                            mata decídua, que ocorrem nas encostas calcáreas e manchas de solo ferruginoso, e as
                            vegetações de cangas, que ocorrem sobre lajedos ferruginosos. Ambas as vegetações
                            estão sujeitas a condições ambientais extremas, definidas pela constituição edafo
                            topográfica, baixa precipitação e retenção hídrica do solo, resultando em uma
                            heterogeneidade de micro-habitas que determina a distribuição, abundância e interações
                            entre as espécies. Essas áreas estão também sujeitas à intensa ação antrópica, que
                            constitui em importante risco na manutenção de populações de espécies endêmicas ou
                            vulneráveis. Estudos ecológicos sobre a distribuição espacial e temporal das espécies,
                            bem como suas interações com polinizadores locais, são ferramentas importantes em
                            projetos de conservação. Seis áreas distribuídas entre fitofisionomias de canga, mata
                            decídua ferruginosa e mata decídua calcárea foram monitoradas durante o período de
                            janeiro de 2017 a dezembro de 2018, quanto aos seus aspectos florísticos, de
                            diversidade funcional, fenologia reprodutiva e de suas interações com lepidópteros
                            visitantes florais. As matas decíduas calcárea e ferruginosa foram semelhantes tanto na
                            prevalência dos atributos funcionais quanto no arranjo dos grupos funcionais. Os grupos
                            funcionais de canga refletem o arranjo espacial das espécies (espécies abundantes e
                            esparsas no lajedo, além de espécies relacionadas às ilhas de vegetação) e as estratégias
                            ecológicas frente ao estresse ambiental (herbáceas anuais, árvores e arbustos,
                            suculentas), mas as três áreas estudadas apresentaram baixa riqueza funcional. A
                            floração e a frutificação nesses ecossitemas foram anuais, não-sazonais e fracamente
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                            sincrônicas no nível de espécie, mas com forte sincronia entre indivíduos na
                            comunidade. Como era esperado, de acordo com outros estudos em ambientes sazonais,
                            as fenofases apresentaram correlação com fatores abióticos, como temperatura,
                            precipitação e comprimento do dia. As redes de interações com lepidópteros visitantes
                            florais apresentaram baixa conectância, mas especialização, aninhamento e
                            modularidade significativos. E como estudo de caso, cangas da região do Maciço do
                            Urucum possuem uma grande riqueza de espécies e alta diversidade beta, semelhantes a
                            de outros afloramentos ferruginosos do Brasil. As informações resultantes desse estudo
                            podem nortear e embasar futuras ações de manejo e conservação de espécies endêmicas
                            e dos ecossistemas sazonais da borda oeste do Pantanal.
                            FLORA, FENOLOGIA REPRODUTIVA E REDE DE INTERAÇÕES PLANTAS-LEPIDÓPTEROS NA BORDA OESTE DO PANTANAL SUL
                            Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                            Tipo Tese
                            Data 30/06/2020
                            Área ECOLOGIA
                            Orientador(es)
                              Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                                Banca
                                • André Rodrigo Rech
                                • Camila Silveira de Souza
                                • Erich Arnold Fischer
                                • Maria Rosangela Sigrist
                                Resumo A borda oeste do Pantanal engloba enclaves de relevo residual caracterizados por
                                diversas fitofisionomias, que contrastam com a vegetação aquática na planície
                                inundável pantaneira. Dentre essas formações, encontram-se as vegetações típicas de
                                mata decídua, que ocorrem nas encostas calcáreas e manchas de solo ferruginoso, e as
                                vegetações de cangas, que ocorrem sobre lajedos ferruginosos. Ambas as vegetações
                                estão sujeitas a condições ambientais extremas, definidas pela constituição edafo
                                topográfica, baixa precipitação e retenção hídrica do solo, resultando em uma
                                heterogeneidade de micro-habitas que determina a distribuição, abundância e interações
                                entre as espécies. Essas áreas estão também sujeitas à intensa ação antrópica, que
                                constitui em importante risco na manutenção de populações de espécies endêmicas ou
                                vulneráveis. Estudos ecológicos sobre a distribuição espacial e temporal das espécies,
                                bem como suas interações com polinizadores locais, são ferramentas importantes em
                                projetos de conservação. Seis áreas distribuídas entre fitofisionomias de canga, mata
                                decídua ferruginosa e mata decídua calcárea foram monitoradas durante o período de
                                janeiro de 2017 a dezembro de 2018, quanto aos seus aspectos florísticos, de
                                diversidade funcional, fenologia reprodutiva e de suas interações com lepidópteros
                                visitantes florais. As matas decíduas calcárea e ferruginosa foram semelhantes tanto na
                                prevalência dos atributos funcionais quanto no arranjo dos grupos funcionais. Os grupos
                                funcionais de canga refletem o arranjo espacial das espécies (espécies abundantes e
                                esparsas no lajedo, além de espécies relacionadas às ilhas de vegetação) e as estratégias
                                ecológicas frente ao estresse ambiental (herbáceas anuais, árvores e arbustos,
                                suculentas), mas as três áreas estudadas apresentaram baixa riqueza funcional. A
                                floração e a frutificação nesses ecossitemas foram anuais, não-sazonais e fracamente
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                                sincrônicas no nível de espécie, mas com forte sincronia entre indivíduos na
                                comunidade. Como era esperado, de acordo com outros estudos em ambientes sazonais,
                                as fenofases apresentaram correlação com fatores abióticos, como temperatura,
                                precipitação e comprimento do dia. As redes de interações com lepidópteros visitantes
                                florais apresentaram baixa conectância, mas especialização, aninhamento e
                                modularidade significativos. E como estudo de caso, cangas da região do Maciço do
                                Urucum possuem uma grande riqueza de espécies e alta diversidade beta, semelhantes a
                                de outros afloramentos ferruginosos do Brasil. As informações resultantes desse estudo
                                podem nortear e embasar futuras ações de manejo e conservação de espécies endêmicas
                                e dos ecossistemas sazonais da borda oeste do Pantanal.
                                Flora, fenologia reprodutiva e rede de interações plantas-lepidópteros na borda oeste do Pantanal sul
                                Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                Tipo Tese
                                Data 30/06/2020
                                Área ECOLOGIA
                                Orientador(es)
                                  Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                    Banca
                                    • André Rodrigo Rech
                                    • Camila Silveira de Souza
                                    • Erich Arnold Fischer
                                    • Maria Rosangela Sigrist
                                    Resumo A borda oeste do Pantanal engloba enclaves de relevo residual caracterizados por diversas fitofisionomias, que contrastam com a vegetação aquática na planície inundável pantaneira. Dentre essas formações, encontram-se as vegetações típicas de mata decídua, que ocorrem nas encostas calcáreas e manchas de solo ferruginoso, e as vegetações de cangas, que ocorrem sobre lajedos ferruginosos. Ambas as vegetações estão sujeitas a condições ambientais extremas, definidas pela constituição edafo-topográfica, baixa precipitação e retenção hídrica do solo, resultando em uma heterogeneidade de microhabitats que determina a distribuição, abundância e interações entre as espécies. Essas áreas estão também sujeitas à intensa ação antrópica, que constitui em importante risco na manutenção de populações de espécies endêmicas ou vulneráveis. Estudos ecológicos sobre a distribuição espacial e temporal das espécies, bem como suas interações com polinizadores locais, são ferramentas importantes em projetos de conservação. Seis áreas distribuídas entre fitofisionomias de canga, mata decídua ferruginosa e mata decídua calcárea foram monitoradas durante o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018, quanto aos seus aspectos florísticos, de diversidade funcional, fenologia reprodutiva e de suas interações com lepidópteros visitantes florais. As matas decíduas calcárea e ferruginosa foram semelhantes tanto na prevalência dos atributos funcionais quanto no arranjo dos grupos funcionais. Os grupos funcionais de canga refletem o arranjo espacial das espécies (espécies abundantes e esparsas no lajedo, além de espécies relacionadas às ilhas de vegetação) e as estratégias ecológicas frente ao estresse ambiental (herbáceas anuais, árvores e arbustos, suculentas), mas as três áreas estudadas apresentaram baixa riqueza funcional. A floração e a frutificação nesses ecossitemas foram anuais, não-sazonais e fracamente sincrônicas no nível de espécie, mas com forte sincronia entre indivíduos na comunidade. Como era esperado, de acordo com outros estudos em ambientes sazonais, as fenofases apresentaram correlação com fatores abióticos, como temperatura, precipitação e comprimento do dia. As redes de interações com lepidópteros visitantes florais apresentaram baixa conectância, mas especialização, aninhamento e modularidade significativos. E como estudo de caso, cangas da região do Maciço do Urucum possuem uma grande riqueza de espécies e alta diversidade beta, semelhantes a de outros afloramentos ferruginosos do Brasil. As informações resultantes desse estudo podem nortear e embasar futuras ações de manejo e conservação de espécies endêmicas e dos ecossistemas sazonais da borda oeste do Pantanal.
                                    FLORA, FENOLOGIA REPRODUTIVA E REDE DE INTERAÇÕES PLANTAS-LEPIDÓPTEROS NA BORDA OESTE DO PANTANAL SUL
                                    Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                    Tipo Tese
                                    Data 30/06/2020
                                    Área ECOLOGIA
                                    Orientador(es)
                                    • Andrea Cardoso de Araujo
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • Michele Soares de Lima
                                      Banca
                                      • André Rodrigo Rech
                                      • Camila Silveira de Souza
                                      • Erich Arnold Fischer
                                      • Maria Rosangela Sigrist
                                      Resumo A borda oeste do Pantanal engloba enclaves de relevo residual caracterizados por diversas fitofisionomias, que contrastam com a vegetação aquática na planície inundável pantaneira. Dentre essas formações, encontram-se as vegetações típicas de mata decídua, que ocorrem nas encostas calcáreas e manchas de solo ferruginoso, e as vegetações de cangas, que ocorrem sobre lajedos ferruginosos. Ambas as vegetações estão sujeitas a condições ambientais extremas, definidas pela constituição edafo-topográfica, baixa precipitação e retenção hídrica do solo, resultando em uma heterogeneidade de microhabitats que determina a distribuição, abundância e interações entre as espécies. Essas áreas estão também sujeitas à intensa ação antrópica, que constitui em importante risco na manutenção de populações de espécies endêmicas ou vulneráveis. Estudos ecológicos sobre a distribuição espacial e temporal das espécies, bem como suas interações com polinizadores locais, são ferramentas importantes em projetos de conservação. Seis áreas distribuídas entre fitofisionomias de canga, mata decídua ferruginosa e mata decídua calcárea foram monitoradas durante o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018, quanto aos seus aspectos florísticos, de diversidade funcional, fenologia reprodutiva e de suas interações com lepidópteros visitantes florais. As matas decíduas calcárea e ferruginosa foram semelhantes tanto na prevalência dos atributos funcionais quanto no arranjo dos grupos funcionais. Os grupos funcionais de canga refletem o arranjo espacial das espécies (espécies abundantes e esparsas no lajedo, além de espécies relacionadas às ilhas de vegetação) e as estratégias ecológicas frente ao estresse ambiental (herbáceas anuais, árvores e arbustos, suculentas), mas as três áreas estudadas apresentaram baixa riqueza funcional. A floração e a frutificação nesses ecossitemas foram anuais, não-sazonais e fracamente sincrônicas no nível de espécie, mas com forte sincronia entre indivíduos na comunidade. Como era esperado, de acordo com outros estudos em ambientes sazonais, as fenofases apresentaram correlação com fatores abióticos, como temperatura, precipitação e comprimento do dia. As redes de interações com lepidópteros visitantes florais apresentaram baixa conectância, mas especialização, aninhamento e modularidade significativos. E como estudo de caso, cangas da região do Maciço do Urucum possuem uma grande riqueza de espécies e alta diversidade beta, semelhantes a de outros afloramentos ferruginosos do Brasil. As informações resultantes desse estudo podem nortear e embasar futuras ações de manejo e conservação de espécies endêmicas e dos ecossistemas sazonais da borda oeste do Pantanal.
                                      Understanding the threshold of species loss by combining local knowledge with in-field data on mammal and bird species in the Cerrado Hotspot
                                      Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                      Tipo Tese
                                      Data 29/06/2020
                                      Área ECOLOGIA DE ECOSSISTEMAS
                                      Orientador(es)
                                      • Fabio de Oliveira Roque
                                      Coorientador(es)
                                        Orientando(s)
                                        • Isabel Melo Vasquez
                                        Banca
                                        • Danilo Bandini Ribeiro
                                        • Fabio de Oliveira Roque
                                        • Mauricio de Almeida Gomes
                                        • Maurício Silveira
                                        • Rudi Ricardo Laps
                                        Resumo A mudança no uso da terra induzida pelos seres humanos é a ameaça mais importante que afeta a sobrevivência de várias espécies e reduz a provisão de serviços ecossistêmicos para as comunidades locais. Estudos recentes mostraram que, uma vez que a cobertura vegetal das paisagens atinge determinados níveis, o número de espécies diminui mais rapidamente, o que é chamado limiar de perda de espécies. É urgente realizar esses estudos em paisagens modificadas pelos seres humanos, a fim de fornecer informações relevantes para a tomada de decisões e conservação em terras públicas e privadas. Além disso, é altamente relevante incluir ecossistemas não florestais no escopo, como o Hotspot do Cerrado, uma vez que esses tipos de ecossistemas têm sido frequentemente negligenciados para conservação no Brasil. Este estudo aborda o limiar de perda de espécies em paisagens modificadas pelos seres humanos em duas perspectivas diferentes. Primeiro, faz uma revisão de estudos empíricos em todo o mundo que usam a abordagem do limiar de perda de espécies com aves e encontra 31 artigos publicados de 1994 a 2018, com 24 estudos realizados em latitudes temperadas e sete em regiões tropicais, observando a tendência crescente de os estudos e sua potencial aplicação a estratégias de conservação e restauração de paisagens para conservação de aves. Em seguida, realiza uma pesquisa empírica no planalto da Serra da Bodoquena com 18 mamíferos de médio e grande porte e seis espécies de aves, utilizando dados coletados com armadilhas fotográficas. Concentra-se nos 9 mamíferos e 2 aves que responderam negativamente à perda de vegetação nativa a 500 m de buffer, resultando em um limiar médio de 56% da cobertura vegetal nativa. Ao interpolar esse valor em mapas de conversão de uso antropogênico modelados para 2030 e 2050 para projetar como a probabilidade de ocupação mudará ao longo do tempo, a perda anual prevista foi 22,6 km2 acima do valor limite médio, indicando que quase metade da área atual com valores acima do limite estará abaixo deles em 2050. Além disso, este estudo explora um componente mais social investigando a percepção do habitante local sobre a riqueza e o declínio de mamíferos no nível da propriedade. Para entender as diferenças de percepção de acordo com a principal atividade econômica, realizei entrevistas com 37 habitantes locais dedicados à produção agrícola, pecuária e turismo em uma área do Cerrado no estado de Mato Grosso do Sul. Embora não encontre diferença significativa na riqueza total percebida de acordo com a atividade econômica, há uma diferença significativa na percepção de riqueza de espécies de áreas abertas e de florestas dentro de propriedades turísticas (t 0,0194, n = 6), o que sugere que essa categoria de os proprietários de terras, contando com atividades econômicas relacionadas à biodiversidade, têm um melhor conhecimento sobre sua biodiversidade e podem estar dispostos a proteger grandes áreas de florestas em suas propriedades.
                                        FLORA, FENOLOGIA REPRODUTIVA E REDE DE INTERAÇÕES PLANTAS-LEPIDÓPTEROS NA BORDA OESTE DO PANTANAL SUL
                                        Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                        Tipo Tese
                                        Data 03/06/2020
                                        Área ECOLOGIA
                                        Orientador(es)
                                          Coorientador(es)
                                          Orientando(s)
                                            Banca
                                            • André Rodrigo Rech
                                            • Camila Silveira de Souza
                                            • Erich Arnold Fischer
                                            • Maria Rosangela Sigrist
                                            Resumo A borda oeste do Pantanal engloba enclaves de relevo residual caracterizados por diversas fitofisionomias, que contrastam com a vegetação aquática na planície inundável pantaneira. Dentre essas formações, encontram-se as vegetações típicas de mata decídua, que ocorrem nas encostas calcáreas e manchas de solo ferruginoso, e as vegetações de cangas, que ocorrem sobre lajedos ferruginosos. Ambas as vegetações estão sujeitas a condições ambientais extremas, definidas pela constituição edafo-topográfica, baixa precipitação e retenção hídrica do solo, resultando em uma heterogeneidade de microhabitats que determina a distribuição, abundância e interações entre as espécies. Essas áreas estão também sujeitas à intensa ação antrópica, que constitui em importante risco na manutenção de populações de espécies endêmicas ou vulneráveis. Estudos ecológicos sobre a distribuição espacial e temporal das espécies, bem como suas interações com polinizadores locais, são ferramentas importantes em projetos de conservação. Seis áreas distribuídas entre fitofisionomias de canga, mata decídua ferruginosa e mata decídua calcárea foram monitoradas durante o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018, quanto aos seus aspectos florísticos, de diversidade funcional, fenologia reprodutiva e de suas interações com lepidópteros visitantes florais. As matas decíduas calcárea e ferruginosa foram semelhantes tanto na prevalência dos atributos funcionais quanto no arranjo dos grupos funcionais. Os grupos funcionais de canga refletem o arranjo espacial das espécies (espécies abundantes e esparsas no lajedo, além de espécies relacionadas às ilhas de vegetação) e as estratégias ecológicas frente ao estresse ambiental (herbáceas anuais, árvores e arbustos, suculentas), mas as três áreas estudadas apresentaram baixa riqueza funcional. A floração e a frutificação nesses ecossitemas foram anuais, não-sazonais e fracamente sincrônicas no nível de espécie, mas com forte sincronia entre indivíduos na comunidade. Como era esperado, de acordo com outros estudos em ambientes sazonais, as fenofases apresentaram correlação com fatores abióticos, como temperatura, precipitação e comprimento do dia. As redes de interações com lepidópteros visitantes florais apresentaram baixa conectância, mas especialização, aninhamento e modularidade significativos. E como estudo de caso, cangas da região do Maciço do Urucum possuem uma grande riqueza de espécies e alta diversidade beta, semelhantes a de outros afloramentos ferruginosos do Brasil. As informações resultantes desse estudo podem nortear e embasar futuras ações de manejo e conservação de espécies endêmicas e dos ecossistemas sazonais da borda oeste do Pantanal.
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