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TRABALHO Ações
Área de vida de Gracilinanus agilis (Mammalia: Didelphimorphia) em uma área de cerradão, Mato Grosso do Sul, Brasil
Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
Tipo Dissertação
Data 12/05/2015
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Nilton Carlos Caceres
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Patricia Sayuri Shibuya
    Banca
    • Emerson Monteiro Vieira
    • Gustavo Graciolli
    • Maurício Eduardo Graipel
    • Natália Oliveira Leiner
    • Thomas Puttker
    Resumo A utilização do espaço por machos e fêmeas de mamíferos pode variar de acordo com o dimorfismo
    sexual, sistema de acasalamento e comportamento territorialista, a fim de garantir a otimização do
    sucesso reprodutivo de cada sexo e suas interações com outras espécies. No presente estudo,
    verificamos a área de vida de machos e fêmeas de Gracilinanus agilis em um fragmento de
    cerradão no centro-oeste do Brasil. Para a captura dos indivíduos, foram utilizadas armadilhas
    nacional tipo de arame no solo e “Sherman” dispostas no sub-bosque (1-2 metros), utilizando a
    técnica de captura-marcação-recaptura (cmr). Vinte e quatro indivíduos de G. agilis tiveram suas
    áreas de vida estimadas pelo método do Mínimo Polígono Convexo. A área de vida estimada para a
    espécie foi de 0,38 ± 0,41 há, sendo a maior área de vida estimada foi para um macho, com 2,08 ha,
    e a menor área para duas fêmeas, com 0,08 ha. Os resultados mostraram que o tamanho da área de
    vida não variou de acordo com a massa dos indivíduos, e nem com os sexos. A sobreposição das
    áreas de vidas de pares de machos são maiores do que a sobreposição entre pares de fêmeas. A
    quantidade elevada de sobreposição entre áreas de vida dos machos indica que não há
    comportamento territorialista para eles, diferentemente do que ocorre para as fêmeas, que quase não
    tiveram sobreposição de suas áreas de vida. Um dos motivos para uma menor sobreposição entre as
    fêmeas durante a época reprodutiva pode ser devido à proteção dos filhotes e a competição por
    alimentos e, durante a época pré-reprodutiva, para as fêmeas, poderia ser atribuída à diminuição de
    suas áreas de vida, devido à menor demanda energética.
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    Frugivoria em Vitex cymosa Bertero ex Spreng. (Lamiaceae) em fitofisionomias florestais do Pantanal, Brasil
    Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
    Tipo Dissertação
    Data 12/08/2014
    Área ECOLOGIA
    Orientador(es)
    • Rudi Ricardo Laps
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Natália Aguiar Paludetto
      Banca
      • Celine de Melo
      • Geraldo Alves Damasceno Junior
      • Jose Ragusa Netto
      • Marco Aurelio Pizo Ferreira
      • Milene Moura Martins
      Resumo O tarumã, Vitex cymosa (Lamiaceae), ocorre no Pantanal em regiões florestadas como em mata ciliar e capões. O objetivo desse estudo foi investigar a assembleia de frugívoros do tarumã, bem como compreender a relação da frutificação e da frugivoria com a fragmentação natural da paisagem pantaneira. A produção de frutos foi estimada através da quantificação de frutos caídos abaixo das copas. A assembleia de frugivoros foi registrada em observações de aproximadamente 4 horas por indivíduo de tarumã, totalizando 96 horas de observação em 27 tarumãs e os locais foram georreferenciados para posterior calculo das distâncias entre os fragmentos florestais (capões) e áreas continuas (mata ciliar). A produção média foi 30.895 frutos por tarumã e não diferiu entre os ambientes mata ciliar, borda e capão. Foram registradas 31 espécies de frugívoros, dentre aves (25) e mamíferos (6), sendo os mais frequentes Ortalis canicollis, Primolius auricollis, Aburria cumanensis e Alouatta caraya. O tipo de vegetação e distância entre capões e mata ciliar não foram fatores importantes para selecionar quais frugívoros e a taxa de visita desses ao tarumã. Devido à fragmentação natural do Pantanal e à característica da matriz conter árvores e arbustos esparsos, possivelmente o mosa
      Ecologia e uso da paisagem por onça parda (Puma concolor) em remanescentes florestais de Mata Atlântica no noroeste do Paraná, Brasil
      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
      Tipo Dissertação
      Data 15/07/2014
      Área ECOLOGIA
      Orientador(es)
      • Fernando César Cascelli de Azevedo
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Vagner Carlos Canuto
        Banca
        • Antonio Conceicao Paranhos Filho
        • Luciano Martins Verdade
        • Roberto Macedo Gamarra
        • Ronaldo Gonçalves Morato
        Resumo A dieta e a abundância relativa de presas de onça-parda (Puma concolor) foram
        estudadas em fragmentos de Mata Atlântica no noroeste do Estado do Paraná entre os
        anos de 2012 e 2013. Coletas de amostras fecais foram utilizadas para conhecer a dieta
        da onça-parda e câmeras fotográficas para estimar a abundância relativa de presas no
        ambiente com a finalidade de testar a hipótese de seletividade de presas por onça-parda
        levando-se em consideração as seguintes predições: 1) a onça-parda utiliza presas mais
        abundantes no ambiente; 2) a sobreposição espacial e temporal da onça parda e suas
        presas influencia o uso destas pela onça-parda; 3) tipos diferentes de habitat influenciam
        na utilização de presas por onça-parda. Os habitats monitorados foram categorizados em
        floresta, (2). floresta e milho,(3). floresta e cana-de-açúcar; (4). Mata Ciliar, e (5).
        floresta, área alagável e milho. As espécies de presas com maiores abundâncias relativas
        foram anta (Tapirus terrestris), cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) e cateto (T.
        tajacu), somando 78% dos registros. As espécies de presas mais consumidas tanto em
        termos de frequência de ocorrência quanto de biomassa relativa consumida foram, na
        ordem de importância, capivara (Hydrochoerus hydrochaeris); paca (Cuniculus paca); e
        porco-do-mato (Tayassu tajacu). O Peso Médio de Presas Vertebradas Consumidas
        (PMPC) foi de 30,2 kg. Com relação ao porte de presas, a onça-parda consumiu 78,6 %
        de mamíferos de grande porte (≥ 15 kg), 21,1% de mamíferos de médio porte (1-15 kg),
        e 0,1% de mamíferos de pequeno porte (≥ 1 kg). A relação entre sobreposição temporal
        e espacial, a riqueza de espécies de presas de cada categoria de habitat, assim como a
        abundância de presas no ambiente não influenciaram na taxa de predação da onçaparda.
        Nesse estudo a dieta da onça-parda foi composta aparentemente por espécies que
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        apresentam maior vulnerabilidade, tanto quanto à estratégia de defesa quanto ao tipo de
        ambiente em que são mais facilmente encontradas.
        Desvendando padrões de estrutura filogenética de comunidades biológicas em diferentes escalas
        Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
        Tipo Dissertação
        Data 25/04/2014
        Área ECOLOGIA
        Orientador(es)
        • Fabio de Oliveira Roque
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Clarissa de Araujo Martins
          Banca
          • Cynthia Peralta De Almeida Prado
          • Franco Leandro de Souza
          • Tadeu de Siqueira Barros
          • Yzel Rondon Súarez
          Resumo Esta dissertação está dividida em dois capítulos. No primeiro capítulo eu investiguei padrões de comunidades filogenéticas para entender quais os processos que podem influenciar a montagem de comunidades de anuros no Pantanal ao longo do tempo, em uma escala regional e local. No segundo capítulo eu investiguei padrões de estrutura filogenética em uma escala global. Utilizei o framework da filogenética de comunidades para testar a hipótese de instabilidade climática nas regiões tropicais e temperadas. Os dois manuscritos, após devida revisão e tradução, serão submetido aos periódicos “Plos One” (Capitulo 1) e “Biology Letters” (Capitulo 2).
          On the natural occurrence of uniform predation risk A theoretical formulation and field test with Thrichomys fosteri in a resource abundant savanna
          Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
          Tipo Dissertação
          Data 24/04/2014
          Área ECOLOGIA
          Orientador(es)
          • Guilherme de Miranda Mourão
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Jorge Fernando Saraiva de Menezes
            Banca
            • Emerson Monteiro Vieira
            • Fernando Antonio Dos Santos Fernandez
            • Jana Eccard
            • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
            Resumo Previous studies indicate that when predation risk is uniform across habitats, foragers
            concentrate their exploitation in fewer patches. Although uniform predation risk may be
            rare in nature, some scenarios might cause it. Testing all scenarios in a single
            experiment is unfeasible; therefore, we developed a model that points whether
            concentration of exploitation in specific habitats due to uniform risk requires parameters
            values similar to found in literature. This model is based on Brown's (1988) fitness
            function, but rescaled to multiple habitats and predators, including uniform risk
            predators. Deriving this function maximum allowed comparisons with giving-up density
            studies. Results showed that uniform predation risk has a u-shaped effect in habitat
            exploitation, causing a concentration at mild levels. What is 'mild' depends on the value
            of safety to forager fitness. Heterogeneous, nonuniform, predation risk decreases habitat
            exploitation where it is higher, therefore suppressing the effect of uniform risk on prey
            behavior. Time spent in the focal habitat, and metabolic costs reduce the detectability of
            habitat concentration, while total time did not. We also found that uniform risk reduces
            accuracy of heterogeneous risk measurements. Future studies should aim to control all
            possible predators, as even the mild ones can induce complex behavior.
            Reproductive ecology, breeding system and ambophily in triplaris gardneriana (polygonaceae) in the brazilian chaco
            Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
            Tipo Dissertação
            Data 24/04/2014
            Área ECOLOGIA
            Orientador(es)
            • Andrea Cardoso de Araujo
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Tiana Mara Custodio
              Banca
              • Gecele Matos Paggi
              • Leonardo Galetto
              • Maria Rosangela Sigrist
              • Nicolay Leme da Cunha
              Resumo Despite being a mechanism known to occur in many angiosperms, the prevalence of
              the simultaneous occurrence of two pollination systems in the same species is not well
              documented. Reported as frequent in temperate areas but rare in the tropics, it appears to
              occur with higher frequency than it is generally believed. It was suggested that both
              insects and wind play a role in the pollination of Triplaris, a dioecious neotropical genus
              of the Polygonaceae family. In this paper, the reproductive ecology (floral biology,
              breeding and pollination systems) of a population of T. gardneriana, located in the Chaco
              formation, Southern Pantanal (Brazil), with special emphasis on ambophily, is reported.
              In addition to floral morphology measurements, floral biology was studied throughout 30
              days, aerobiological samplings and different reproductive treatments (apogamy,
              anemogamy, xenogamy) were conducted in the field and more than 500 floral visits were
              recorded. On one hand, the occurrence of effective pollinators (carrying pollen grains,
              high frequency of visits), notably the native bee Scaptotrigona depilis and the exotic bee
              species Apis mellifera scutellata; the presence of nectar reward and of pollenkitt that
              facilitates the adherence of pollen to flowers visitors’ body; and the number of fruits
              produced after insect visitation demonstrate their role in T. gardneriana pollination. On
              the other hand, airborne pollen reaching 74% of pistillate flowers (up to 600 pollen
              grains/cm2); the absence of pollen clumping allowing single pollen aerobiological units; a
              short mean distance between pistillate and staminate individual (7.19 m);
              and development of fruits when mesh bags forbidden the arrival of insects on pistillate
              flowers confirm anemophily. All these results suggest ambophily. The combination of
              wind and insect pollination gives to T. gardneriana an adaptative advantage to provide
              reproductive assurance while colonizing new areas. Triplaris gardneriana would be an
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              excellent model for studying the mechanisms related to the maintenance of ambophily
              and their respective relations to environmental factors in the evolution of angiosperms
              reproduction.
              Spatial ecology of crab-eating foxes in a large Neotropical wetland
              Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
              Tipo Dissertação
              Data 27/03/2014
              Área ECOLOGIA
              Orientador(es)
              • Guilherme de Miranda Mourão
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Laísa Carvalho Campanha
                Banca
                • Beatriz de Mello Beisiegel
                • Erich Arnold Fischer
                • Fernando César Cascelli de Azevedo
                • Rita de Cássia Bianchi
                • Ronaldo Gonçalves Morato
                Resumo I investigated home ranges, movements, activity and habitat use of 10 GPS-monitored Crab-eating Foxes in the Pantanal wetland, south-western Brazil. Foxes mass ranged from 3.9–7.6 kg and did not differed between sexes. They exhibited a marked crepuscular-nocturnal pattern, from 1–6 inactive periods per day. Foxes UD tended to stabilize between 10 and 20 days, and sex appears to have no effect on UD sizes. UDs overlapped low between neighboring foxes and in a high degree in some pairs. They traveled a mean of 6.9 km/day and daily traveled distance did not differ between sexes, but was affected by the mean duration of daily activity and marginally by the UD size. Crab-eating Foxes selected Grassland habitat-type and within their UDs they tended to use habitats in different proportions. Shelters varied from 21–139 per day, totalizing 673 shelters for the 10 individuals. Also for sheltering, foxes followed the same pattern of habitat selection, selecting the more open habitats and avoiding the covered ones.
                Mecanismos de entomotoxidade da lectina de Dioclea violacea durante o desenvolvimento larval de Anagasta kuehniella (Lepidoptera)
                Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                Tipo Dissertação
                Data 06/03/2014
                Área ECOLOGIA
                Orientador(es)
                • Maria Ligia Rodrigues Macedo
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Carolina Turatti Oliveira
                  Banca
                  • Gláucia Coelho de Mello
                  • Gustavo Graciolli
                  • Luiz Eduardo Roland Tavares
                  • Maria Das Graças Machado Freire
                  Resumo Plant lectins have been extensively studied in the past two decades, yet the exact mechanisms underlying their entomotoxic effects remain unknown. This study investigated the mode of action of Dioclea violacea lectin (DVL) on larval development in Anagasta kuehniella. Chronic exposure of larvae (from neonate to the fourth instar) demonstrated that DVL interfered with larval growth, retarding development and decreasing larval mass without affecting survival. DVL inhibited trypsin-like, chymotrypsin-like, and α-amylase activity in vivo and proved resistant to proteolysis by midgut proteases up to 24 h. Shorter exposures to dietary DVL had no effect on midgut enzyme activity. Feeding fourth-instar larvae with rhodamine isothiocyanate covalently coupled to DVL revealed this lectin to bind to the midgut epithelial layer and peritrophic membrane, interfering with normal nutrient absorption. The mechanisms underlying the mode of action of DVL were found to involve resistance to proteolysis, enzyme inhibition, and binding to structures present in the midgut.
                  Diversidade funcional, taxonômica e filogenética: uma abordagem cienciométrica e empírica em assembleias de peixes de riachos de cabeceira dos rios Paraguai e Paraná
                  Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                  Tipo Dissertação
                  Data 27/02/2014
                  Área ECOLOGIA
                  Orientador(es)
                  • Yzel Rondon Súarez
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Gabriel Nakamura de Souza
                    Banca
                    • Fabio de Oliveira Roque
                    • Fabrício Barreto Teresa
                    • Lilian Casatti
                    • Mauricio Cetra
                    Resumo O reconhecimento do termo biodiversidade como um conceito multifacetado exige maneiras de acessar suas diferentes dimensões componentes. Diferentes dimensões trazem informações distintas e complementares a respeito dos sistemas biológicos, sendo então necessário investigar a forma com que a comunidade científica está acessando estas. No presente estudo lançamos mão da abordagem cienciométrica para investigar como a biodiversidade vem sendo acessada no que diz respeito às suas diferentes dimensões, pelos estudos de ecologia de comunidades desenvolvidos na última década (2002 a 2012). Apesar do predomínio taxonômico na maneira como a biodiversidade é investigada pelos estudos, nota-se uma expansão na utilização de métricas de diversidade funcional e filogenética. Esforços na caracterização das dimensões funcional, filogenética e genética
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                    de alguns grupos de organismos devem ser realizados de modo a compreender a diversidade dos sistemas biológicos de maneira mais completa.
                    IMAGE TEXTURE AT MULTIPLE SCALES AS PREDICTOR OF GRADIENTS OF ENVIRONMENT AND STRUCTURE OF ANURAN COMMUNITY
                    Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                    Tipo Dissertação
                    Data 25/02/2014
                    Área ECOLOGIA
                    Orientador(es)
                    • Vanda Lucia Ferreira
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Larissa Sayuri Moreira Sugai
                      Banca
                      • Antonio Conceicao Paranhos Filho
                      • Fabio de Oliveira Roque
                      • Milton Cezar Ribeiro
                      • Victor Lemes Landeiro
                      Resumo Image texture is a property that represents spatial relationships between components of an image. Since images generated from remote sensing technologies provide useful information about objects on earth, image texture can be used as a measure of variation of structural components of the environment of a given area, however, which of them is still needed to answer to ensure that textures represent biological components of habitat. If they truly represent the structure of habitat of a given biological group and the scale matches the biological requirements of this group, they would be powerfully predictors of patterns of diversity. This is a framework needed to conservation purposes, such as prioritization of areas.
                      This manuscript is divided in two chapters. The first chapter shows how image texture from different sources of image and scales can explain gradients of environment, using variables that represents gradients of veredas in the state of Mato Grosso do Sul, Brazil. The second chapter presents how image texture can explain anuran communities structure in different scales, including the biological meaning of texture as a proxy. This way provides a new approach to match environmental heterogeneity in multiple scales relations to species diversity.
                      Efeito de diferentes formulações do herbicida glifosato em Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) (Hemiptera: Pentatomidae)
                      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                      Tipo Dissertação
                      Data 24/02/2014
                      Área ECOLOGIA
                      Orientador(es)
                      • Rudi Ricardo Laps
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Juliana Simonato
                        Banca
                        • Alfredo Raul Abot
                        • Danilo Bandini Ribeiro
                        • Gustavo Graciolli
                        • Josue Raizer
                        • Silvio Favero
                        Resumo O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de grãos e o maior consumidor 7 mundial de produtos fitossanitários. Dentre os produtos fitossanitários, destacam-se os 8 herbicidas, principalmente aqueles a base de glifosato. No entanto, existem poucas 9 informações a respeito da toxicidade das formulações comerciais sobre as populações de 10 organismos não-alvo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a toxicidade de três formulações 11 comerciais de glifosato no percevejo predador Podisus nigrispinus em laboratório. O 12 experimento foi conduzido em blocos casualizados, em esquema fatorial 4x2 (formulação x 13 idade dos ovos) e 10 repetições. Foram utilizados ovos de P. nigrispinus de 24 e 48 horas de 14 idade que foram submetidos ao contato com os herbicidas. Os tratamentos utilizados foram: 15 Glifosato; Glifosato + sal de potássio; Glifosato + sal de isopropilamina, todos em dosagem 16 máxima recomendada pelos fabricantes, e um controle a base de água. Foram avaliadas a taxa 17 de eclosão, a taxa de sobrevivência em cada estádio ninfal, a razão sexual e a biomassa dos 18 adultos recém-emergidos. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as 19 médias dos tratamentos comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A formulação 20 com sal de potássio teve maior efeito negativo sobre P. nigrispinus, reduzindo a taxa de 21 eclosão e viabilidade ninfal. Ovos de 24 horas de idade foram mais afetados do que ovos de 22 48 horas, quando expostos aos herbicidas. O herbicida sal de isopropilamina se mostrou mais 23 seletivo ao predador P. nigrispinus, sendo a formulação mais indicada.
                        Ecologia alimentar de Athene cunicularia (Aves: Strigidae) em áreas próximas e distantes de remanescentes naturais em Campo Grande, MS.
                        Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                        Tipo Dissertação
                        Data 03/06/2013
                        Área ECOLOGIA
                        Orientador(es)
                        • Jose Ragusa Netto
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Lillian Carolina de Queiroz Modesto Sogabe
                          Banca
                          • Alexsander Zamorano Antunes
                          • Rudi Ricardo Laps
                          • Sergio Roberto Posso
                          • Vanda Lucia Ferreira
                          Resumo A coruja-buraqueira ocorre do Canadá ao Sul da América do Sul, habita áreas
                          abertas e é encontrada com facilidade em ambientes urbanos. Sua alimentação é
                          composta de vertebrados e invertebrados, com predomínio de insetos. A pesquisa
                          teve por objetivo descrever da dieta de Athene cunicularia e suas variações. Para
                          tanto foram coletadas pelotas regurgitadas encontradas ao redor dos ninhos das
                          corujas, em locais próximos e distantes de remanescentes florestais, em Campo
                          Grande – Mato Grosso do Sul. Os restos de presas encontrados nas pelotas foram
                          identificados e quantificados para posterior análise. A fim de analisar a similaridade
                          entre as dietas foi feita uma ordenação em HMDS, além de um teste G de
                          independência para verificar a variação no consumo de presas entre os períodos
                          seco e chuvoso. A diversidade da dieta foi analisada por meio do índice de
                          diversidade de Simpson. Por fim a amplitude de nicho alimentar foi calculada usando
                          o índice de Levins padronizado. Apesar da grande semelhança entre as dietas,
                          algumas diferenças foram observadas, com predomínio de presas das ordens
                          Orthoptera em algumas localidades e Isoptera em outras. Entretanto não foi possível
                          observar clara separação entre a dieta de locais próximos e distantes de
                          remanescentes. O consumo de presas foi dependente do período do ano, com maior
                          consumo de Isoptera no período seco e de Coleoptera e Anura no período chuvoso.
                          A diversidade da dieta e a amplitude de nicho alimentar foram maiores no período
                          chuvoso. As variações temporais e locais na dieta indicam oportunismo das corujas
                          ea falta de uma clara separação das dietas de locais próximos e distantes dos
                          remanescentes sugere que, mesmo estando próximas dos remanescentes, as
                          corujas podem forragear nas áreas de pasto no entorno do ninho, indicando,
                          novamente, hábito oportunista deste predador.
                          Influência da temperatura ambiente na movimentação de tamanduás-mirim (Tamandua tetradactyla, Linnaeus, 1758)
                          Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                          Tipo Dissertação
                          Data 12/04/2013
                          Área ECOLOGIA
                          Orientador(es)
                          • Guilherme de Miranda Mourão
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Talita Guimarães de Araújo
                            Banca
                            • Erich Arnold Fischer
                            • Flávio Henrique Guimarães Rodrigues
                            • Gastón Andrés Fernandez Giné
                            • Roberto Guilherme Trovati
                            • Rudi Ricardo Laps
                            Resumo Tamanduas have physiological limits related to air temperature. It is likely that they need to use behavioral strategies for dealing with extreme temperatures, so we propose to analyze the effect of ambient air temperature on southern tamanduas activity period, and also on its daily travelled distance and to estimate its home range in the central Pantanal wetland. We radiotracked 10 tamanduas for a year, equipping eight of them with micro-GPS units. Annually, as the average daily temperature decreased, tamanduas began their daily activity after the sunrise and as the average daily temperature increased, they started activity at the sunset or later. The tamanduas presented median activity duration of 6.9 hours and a median resting time of 16.6 hours per day. The resting sites were located into forest patches, inside burrows or on the palm-trees’ canopies and eventually in cluster of bromeliads or tussocks of grasses, which are known to work as temperature buffers. Therefore, we showed that tamanduas adjust their onset activity time in response to mean daily air temperature, in a manner to avoid be active during extreme temperature periods, probably, using the shelters to avoid temperatures that extrapolate its thermal insulation limits. The median home range for southern tamanduas in Pantanal was 0.59 Km2, similar to the ones reported in literature for the species in savanna sites. The median for daily travelled distance of tamanduas was 1.3 km. However, the mean air temperature did not influence the daily travelled distance of the animals.
                            Modelo de distribuição potencial de ariranha (Pteronura brasiliensis) no Pantanal: uma avaliação do estado de conservação em Áreas Protegidas
                            Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                            Tipo Dissertação
                            Data 08/04/2013
                            Área ECOLOGIA
                            Orientador(es)
                            • Antonio Conceicao Paranhos Filho
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • André Giovanni de Almeida Coêlho
                              Banca
                              • Carolina Ribas Pereira
                              • Caroline Leuchtenberger
                              • Marco Antonio Diodato
                              • Miriam Marmontel
                              • Vitor Matheus Bacani
                              Resumo Objetivo A lontra gigante, ameaçada de extinção, teve sua distribuição
                              histórica em toda a América do Sul, exceto no Chile, e hoje se encontra
                              extinta em alguns estados do Brasil. Aqui nós modelamos sua distribuição
                              potencial no Pantanal e avaliamos a efetividade de conservação da espécie
                              em áreas protegidas.
                              Local Centro da América do Sul
                              Métodos Utilizamos o Maxent para modelar a distribuição da espécie
                              baseado em descritores mais gerais de ambientes aquáticos: (1) um índice
                              de duração da fase inundada do pulso de inundação; (2) os ambientes
                              aquáticos mais persistentes na estação da seca; e (3) a classificação das
                              massas de água em função da distância euclidiana entre estes ambientes no
                              período mais seco.
                              Resultados O modelo mostrou que ambientes de grandes massas de água
                              parecem ser habitats adequados medianos para ariranha e a maior
                              probabilidade de sua presença se deu principalmente em ambientes
                              aquáticos lineares, sinuosos, estreitos e próximos a rios mais largos. A
                              resposta do teste AUC foi consideravelmente alta.
                              Principais conclusões Poucas UC’s no Pantanal preservam grandes áreas ou
                              extensos ambientes lineares com alta probabilidade de presença de
                              ariranhas. Planos de ações das UC’s são fundamentais para a preservação
                              efetiva da espécie, visto que estas são uma salvaguarda para amostras de
                              populações de ariranhas.
                              Comunidade de anuros e efeito de características físico-químicas da água e da cobertura vegetal na composição de espécies em um agroecossistema no centro-norte de Mato Grosso do Sul
                              Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                              Tipo Dissertação
                              Data 21/03/2013
                              Área ECOLOGIA
                              Orientador(es)
                              • Cynthia Peralta De Almeida Prado
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Stephani Dal Bem Demczuk
                                Banca
                                • Fernando Rodrigues da Silva
                                • Franco Leandro de Souza
                                • Rogério Pereira Bastos
                                • Tiago da Silveira Vasconcelos
                                Resumo A manutenção das espécies em uma comunidade é limitada por diversos fatores de natureza biótica e abiótica. Alterações ambientais podem afetar a reprodução, crescimento e sobrevivência, bem como a distribuição e abundância das espécies. O objetivo deste estudo foi avaliar se a cobertura vegetal e características físico-químicas da água explicam a estruturação da comunidade de anuros em um agroecossistema no centro-norte do estado de Mato Grosso do Sul. Foram amostradas 16 parcelas de 30 x 30 m, onde a riqueza e abundância de espécies foi determinada, e os dados de características físico-químicas da água (pH, salinidade e temperatura) foram coletados. Para análise da cobertura vegetal, índices de vegetação gerados a partir de imagens do satélite LANDSAT/TM foram calculados para as parcelas e suas áreas de influência. Foram amostrados 412 indivíduos, pertencentes a quatro famílias de anuros, 11 gêneros e 22 espécies. A família mais representativa foi Hylidae (11 espécies), seguida por Leptodactylidae (nove espécies). As famílias Bufonidae e Microhylidae apresentaram apenas uma espécie cada uma. Dendropsophus nanus foi a espécie mais freqüente, seguida por Scinax fuscomarginatus. Não foi encontrada correlação entre a comunidade de anuros e as variáveis ambientais (cobertura vegetal e características físico-químicas da água). Entretanto, foi detectada uma autocorrelação espacial entre as parcelas, indicando que a comunidade de anuros é estruturada pela distância geográfica entre as parcelas, onde ambientes mais próximos apresentam comunidades mais similares. Desta forma, as espécies amostradas parecem apresentar boa capacidade de dispersão e grande plasticidade em relação ao uso do hábitat, fundamental para ocupação de ambientes impactados, como o estudado. Os resultados do presente estudo também indicam que a manutenção de corredores de vegetação é extremamente importante para a manutenção da diversidade de anfíbios em agroecossistemas com paisagens abertas e homogêneas.
                                Ecomorfologia e uso de habitat de girinos no Pantanal, Mato Grosso do Sul
                                Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                Tipo Dissertação
                                Data 18/03/2013
                                Área ECOLOGIA
                                Orientador(es)
                                • Franco Leandro de Souza
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Daiene Louveira Hokama de Sousa
                                  Banca
                                  • Cynthia Peralta De Almeida Prado
                                  • Gilda Vasconcelos de Andrade
                                  • Luiz Norberto Weber
                                  • Marcelo Menin
                                  • Rogerio Rodrigues Faria
                                  Resumo O objetivo deste trabalho foi determinar a riqueza, o uso de habitat e caracterizar as guildas ecomorfológicas em uma comunidades de girinos de uma região do Pantanal no Mato Grosso do Sul. Amostramos corpos d’água com diferentes características estruturais e de vegetação. Os girinos foram coletados com um puçá de tela de arame, passando-o uma vez ao longo de toda a área de cada corpo d’água, sendo o tempo máximo de uma hora/poça. Descrevemos 42 poças e encontramos 19 espécies distribuídas em seis famílias: Bufonidae (1), Ceratophryidae (1), Hylidae (12), Leiuperidae (2), Leptodactylidae (2) e Microhylidae (1). Utilizamos Análise de Correspondência Canônica (CCA) para avaliar o uso de habitat pelas espécies que possuíram relação com as características da margem plana e substrato areia e lama. Corpos d’água associados às margens planas são rasas, suportam grande diversidade de zooplâncton e nível de nutrientes, além de apresentarem temperaturas ideais para o desenvolvimento dos girinos. Em relação ao uso do substrato, espécies podem discriminar porções específicas do microhabitat como o seu tipo, enquanto outras desenvolvem mecanismos como a camuflagem. Nossos resultados obtidos com a Análise de Escalonamento Multidimensional Não-métrico (NMDS) mostram que há formação de agrupamentos conforme as guildas de bentônicos e nectônicos. Algumas espécies não se agruparam às suas respectivas guildas. Dendropsophus sp. são maocrófagos, mas não foi incluída neste agrupamento por causa da nadadeira dorsal alta e os girinos de R. schneideri que pertencem a guilda dos bentônicos possuem nadadeiras dorsais mais altas característica da guilda dos nectônicos. Este estudo adiciona informações ao conhecimento sobre a fauna de anfíbios encontrada no Pantanal, pois este é o primeiro já feito abordando a ecologia de girinos para este ecossistema.
                                  Arboreal nests of coatis (Carnívora: Nasua nasua) in the Brazilian Pantanal: ecological and zoonotic inferences.
                                  Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 06/03/2013
                                  Área ECOLOGIA
                                  Orientador(es)
                                  • Guilherme de Miranda Mourão
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Juliane Saab de Lima
                                    Banca
                                    • Erich Arnold Fischer
                                    • Fernando César Cascelli de Azevedo
                                    • Heitor Miraglia Herrera
                                    • Natalie Olifiers
                                    • Rita de Cássia Bianchi
                                    Resumo Seletividade de habitat na construção de ninhos arbóreos por quatis (Carnivora: Nasua nasua) no Pantanal brasileiro e sua implicação na ecologia da espécie. A construção e uso de ninhos arbóreos, similar a muitas espécies de aves, é um comportamento raro entre mamíferos. O quati (Nasua nasua) usa estes ninhos para descanso diário e para reprodução, onde fêmeas parem seus filhotes anualmente. O objetivo deste estudo foi avaliar se quatis selecionam características específicas de microhabitat e se estas diferem daquelas disponíveis (áreas aleatórias) em uma área do Pantanal brasileiro para entender o real papel destes ninhos na ecologia de quatis. Nós localizamos um total de 36 ninhos arbóreos. Um total de 36 parcelas com ninhos e 91 parcelas sem ninhos (áreas aleatórias) foram caracterizadas quanto à estrutura de microhabitat. Nós verificamos uma preferência por árvores (mais altas e com maior diâmetro à altura do peito – DAP) para a construção dos ninhos. Além disso, a alocação dos ninhos foi feita em uma área com maior densidade de dossel e com maior densidade de árvores de maior porte. Estes resultados evidenciam a importância da estrutura de vegetação da área para a construção de ninhos por quatis. A conservação da área de estudo, com áreas de mata bem estabelecidas, é essencial tanto para as atividades diárias como para a reprodução de quatis já que este é o local que oferece subsídeos para a construção dos ninhos.
                                    Predação de sementes de Qualea grandiflora e Qualea parviflora (Vochysiaceae) por psitacídeos
                                    Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                    Tipo Dissertação
                                    Data 28/02/2013
                                    Área ECOLOGIA
                                    Orientador(es)
                                    • Jose Ragusa Netto
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • Erison Carlos dos Santos Monteiro
                                      Banca
                                      • Alan Fecchio
                                      • Celine de Melo
                                      • João Donizete Denardi
                                      • Rogerio Rodrigues Faria
                                      • Rosilene Rodrigues Silva
                                      Resumo A predação de sementes é uma interação biológica afetada ou não pela densidade de
                                      sementes. Desse modo, investigamos o funcionamento dessa relação, testando o efeito
                                      do tamanho das árvores, a distância da árvore vizinha da mesma espécie e o número de
                                      frutos produzidos sobre a predação de sementes em 50 árvores de cada espécie (Qualea
                                      grandiflora e Qualea parviflora) em cada ambiente (pastagem e remanescente
                                      florestal), totalizando 200 árvores. Além de registrar as espécies e o número de
                                      indivíduos predadores de sementes, em dois períodos reprodutivos sucessivos. Os
                                      predadores foram Ara ararauna, Amazona aestiva e Aliopsita xantops. A predação de
                                      frutos não foi influenciada pela distância entre as árvores para nenhuma das espécies,
                                      em ambos os ambientes. Na área de pastagem, a taxa de predação foi positivamente
                                      relacionada com a carga de frutos em Q. grandiflora (r=0,34 p<0,05), mas não em Q.
                                      parviflora. No remanescente florestal ela foi positiva para Q. grandiflora (r=0,26
                                      p<0,05) e negativa para Q. parviflora (r=-0,28 p<0,05). Apenas Q. parviflora frutificou
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                                      no segundo ano, e apenas na área de pastagem, e desta vez a taxa de predação
                                      apresentou relação com a produção de frutos (r=0,67 p<0,001). Houve diferença na
                                      proporção de frutos predados entre os dois ambientes em árvores de Q. grandiflora
                                      (ANCOVA: f=28,45 p<0,001), mas não em Q. parviflora. Em Q. grandiflora a
                                      predação foi densidade-dependente e em Q. parviflora houve saciação dos predadores,
                                      embora esta espécie tenha apresentado predação densidade-dependente no segundo ano.
                                      Desse modo, a chance de haver predação de sementes densidade-dependente ou
                                      saciação do predador depende principalmente da carga de frutos por período
                                      reprodutivo e, secundariamente, o tamanho das árvores e o tipo de ambiente.
                                      Influência de fatores ambientais e espaciais nas comunidades de anfíbios e répteis da Fazenda Nhumirim, Pantanal da Nhecolândia, MS
                                      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                      Tipo Dissertação
                                      Data 26/02/2013
                                      Área ECOLOGIA
                                      Orientador(es)
                                      • Vanda Lucia Ferreira
                                      Coorientador(es)
                                        Orientando(s)
                                        • Juliana de Souza Terra
                                        Banca
                                        • Christine Strüsmann
                                        • Fabio de Oliveira Roque
                                        • Frederico Gustavo Rodrigues França
                                        • Márcio Roberto Costa Martins
                                        • Paula Hanna Valdujo
                                        Resumo Diversas hipóteses têm sido propostas no intuito de compreender os fatores responsáveis pelos padrões de distribuição e abundância das espécies nas comunidades. Tais padrões podem ser explicados tanto pela teoria do nicho, a qual assume que as espécies possuem requerimentos ecológicos diferenciados, quanto pela teoria neutra, que por outro lado assume que não existem diferentes requerimentos ecológicos entre as espécies, sendo a limitação à dispersão o principal responsável pela estrutura das comunidades. Este estudo tem por objetivo testar se fatores ambientais e/ou espaciais explicam a variação na estrutura de comunidades de anuros e répteis (lagartos e serpentes) da Fazenda Nhumirim, Pantanal da Nhecolândia. Para a captura dos animais foram usados 23 conjuntos de armadilha de interceptação de queda, distantes de 1 km a aproximadamente 6 km entre si. Variáveis ambientais foram aferidas em todas as unidades amostrais para representar o ambiente. Para testar a existência de estruturação espacial, foi usada a distância entre os pontos. A estrutura da comunidade foi representada por escalonamento multidomensional não-métrico em um eixo e a estrutura ambiental pelos eixos principais extraídos da Análise de Componentes Principais (PCA). Foi feita regressão múltipla, a partir da qual foram analisados os resultados das regressões parciais a fim de saber a importância do ambiente e do espaço nas comunidades. Ao todo, 2.543 indivíduos de anuros foram registrados, pertencentes a 19 espécies e dez gêneros, distribuídos em cinco famílias. A riqueza de anuros entre as unidades amostrais variou de quatro a nove espécies (6,8 ± 1,64), já a abundância variou de 25 a 333 indivíduos (110,6 ± 84,19). Os répteis foram representados por 493 indivíduos (412 lagartos e 81 serpentes). A riqueza de répteis entre as unidades amostrais variou de quatro a nove espécies (6,5 ± 1,7), já a abundância variou de cinco a 55 indivíduos (21,4 ± 12,3). Tanto a estrutura da comunidade de anuros quanto de répteis foram explicadas principalmente pela estrutura ambiental representada pelo PC1 (r² = 0,31; p = 0,005 e r² = 0,39; p = 0,001, respectivamente), o qual resgatou um gradiente ambiental do aberto ao fechado, com correlação positiva com cobertura de serapilheira, cobertura do dossel e cobertura de bromélias, e negativa com cobertura de gramíneas e cobertura de solo exposto. O espaço teve um fraco poder de explicação para a estrutura da comunidade de anuros (r² = 0,14; p = 0,008); já para os répteis esse resultado não foi significativo. O presente estudo encontrou um padrão já conhecido na literatura, onde em diversos locais e escalas, o ambiente, ou seja, características ligadas ao nicho, melhor explicam os padrões da estrutura da comunidade de anuros e répteis. Para os anuros, esse fato tem sido atribuído principalmente a limitações fisiológicas e reprodutivas do grupo. A compreensão de quais são os fatores responsáveis pela estruturação das comunidades é muito importante para a tomada de decisões em planos de manejo e conservação da biodiversidade, e para uma melhor compreensão acerca da ecologia de comunidades.
                                        Dinâmica sazonal fenotípica, na especialização individual e parasitária no lambari Astyanax asuncionensis
                                        Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                        Tipo Dissertação
                                        Data 25/02/2013
                                        Área ECOLOGIA
                                        Orientador(es)
                                        • Luiz Eduardo Roland Tavares
                                        Coorientador(es)
                                          Orientando(s)
                                          • Raul Costa Pereira
                                          Banca
                                          • Ana Cristina Petry
                                          • Gustavo Graciolli
                                          • José Luis Luque Alejos
                                          • Sérgio Furtado Reis
                                          • Tadeu de Siqueira Barros
                                          Resumo A diversidade fenotípica entre organismos é fundamentalmente associada a processos evolutivos. Entretanto, variações fenotípicas podem ocorrer em escala ecológica mediadas por fortes pressões seletivas. Essa divergência interpopulacional é usualmente associada à heterogeneidade espacial dos agentes seletivos, mas estes podem variar também no tempo, como em ambientes sazonais. Aqui investigo as mudanças morfológicas no lambari Astyanax asuncionensis associadas com variações sazonais na Baía da Medalha, Pantanal. Essa baía tem dinâmicas hidrológicas atreladas à inundação, permanecendo isolada na seca, e conectada com o Rio Miranda e a planície inundável na cheia. A população de lambaris apresentou variação sazonal morfológica, com os lambaris da estação seca apresentando áreas maiores da nadadeira caudal e pedúnculos caudais mais longos e estreitos. Esse perfil fenotípico tende a garantir maior capacidade de arranque e mudança rápida de direção. A variação na largura do pedúnculo pode ser causada pelo acúmulo de musculatura associado ao maior fator de condição dos lambaris na cheia. Já o comprimento do pedúnculo e a área da cauda não são passíveis de variação no mesmo indivíduo, e podem variar em escala de população por dois mecanismos. O aumento da densidade da predadora Hoplias malabaricus na seca pode selecionar apenas lambaris com maior capacidade de escape, visto que a morfologia caudal observada na seca favorece arrancadas. Além disso, caudas maiores possibilitam melhor capacidade de manobra, necessária para explorar os microhábitats seguros nas raízes de macrófitas. Por outro lado, as migrações sazonais dos lambaris sugerem uma mistura de populações na cheia, e a distinção morfológica sazonal pode ser resultado da existência de migração parcial ou fidelidade ao sítio na Baía da Medalha. Nesse contexto, pode existir uma população residente com morfologia adaptada às condições lênticas da baía que, na cheia, recebe indivíduos de outras populações com morfologia distinta. Métodos que permitam marcação de unidades populacionais podem ajudar a esclarecer melhor essa questão.
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