Araneofauna estruturada em gradiente urbano-rural independente da paisagem e da estrutura vegetal |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
06/03/2017 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Alexandre Bragio Bonaldo
- Antonio Domingos Brescovit
- Danilo Bandini Ribeiro
- Eduardo Martins Venticinqüe
- Josue Raizer
- Rafael Dettogni Guariento
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Resumo |
A urbanização é destacada como um dos principais fatores relacionados a perda de
biodiversidade, porém nem todos os grupos de animais são afetados da mesma maneira
por esse processo. Nós avaliamos os efeitos da urbanização sobre a comunidade de
aranhas ao longo de um gradiente urbano-rural em escala local e de paisagem. As aranhas
foram coletadas com guarda-chuva entomológico em 15 fragmentos, onde foram tomadas
medidas de estrutura vertical da vegetação, as quais representaram os efeitos locais e
medidas de componentes da matriz circundante desses fragmentos através de imagens de
satélite, que representaram os efeitos da paisagem. A composição de espécies variou entre
áreas urbanas e rurais, com espécies ocorrendo exclusivamente em fragmentos rurais,
assim como em fragmentos urbanos. Em áreas da periferia urbana várias espécies foram
comuns aquelas das demais áreas. A comunidade de aranhas não respondeu a estrutura
da vegetação e nem a composição da paisagem ao redor dos fragmentos, o que pode ser
explicado pela alta diversidade de uso de habitat do grupo estudado (aranhas do estrato
arbustivo), uma vez que as respostas são mais claras quando o grupo alvo pertence a uma
mesma guilda. Portanto, há variação na composição de espécies de aranhas ao longo do
gradiente urbano-rural, mas essa variação não depende da estrutura vegetal dos
fragmentos e dos elementos da paisagem que circundam os remanescentes florestais. |
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Efeito da perda e fragmentação florestal sobre a comunidade de Psitacídeos |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
16/12/2016 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Maria João Veloso da Costa Ramos Pereira
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Orientando(s) |
- Cármen Sofia Lourenço Lemos Dionísio
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Banca |
- Cintia Cornelius Frische
- Gláucia Helena Fernandes Seixas
- José Augusto Alves
- Jose Manuel Ochoa Quintero
- Rafael Dettogni Guariento
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Resumo |
A perda e degradação do habitat a partir da intensa alteração ambiental, resultante de
atividades antropogênicas, têm efeitos diretos ou indiretos sobre toda a biodiversidade e
consequentemente sobre a avifauna. Assim, o futuro da proteção e conservação da
biodiversidade irá implicar um manejo em paisagens cada vez mais antropizadas. Desta
forma, estudos que considerem fatores da paisagem como a cobertura vegetacional e o
tamanho do fragmento são cruciais para fazer previsões acerca do efeito do uso do solo
sobre as comunidades animais e conceber estratégias de gestão eficazes. De forma a
investigar como as espécies respondem a alterações ambientais, utilizámos as espécies da
família Psittacidae como modelo. Neste estudo, procurámos avaliar como a comunidade
de psitacídeos responde aos efeitos da fragmentação florestal e perda de habitat numa
região do Cerrado. Para tal, analisámos como a riqueza, abundância relativa e
composição de espécies variam entre paisagens com diferentes coberturas florestais e
entre fragmentos florestais com diferentes tamanhos. Os nossos resultados indicam que a
variação observada na riqueza e abundância relativa de psitacídeos não está relacionada
com a cobertura florestal. No entanto, a composição de psitacídeos varia entre as
diferentes coberturas florestais das diferentes paisagens analisadas. O tamanho do
fragmento também não explica as diferenças na variação de riqueza, abundância relativa
e diversidade de psitacídeos. Além disso, detectamos mais duas espécies de psitacídeos
para a região da Serra da Bodoquena – Aratinga auricapillus e Forpus xanthopterygius,
do que os anteriormente descritos na literatura. Os psitacídeos não mostraram um efeito
claro na resposta às alterações ambientais, provavelmente relacionado com a sua
capacidade de dispersão para atividades tais como a procura de alimento. Estas espécies,
distribuídas pelas diferentes coberturas florestais e pelos diferentes tamanhos de
fragmentos, mostram assim uma resposta positiva à
indicamos medidas para mitigar os impactos futuros da perda de habitat e sugerimos
espécies prioritárias para a conservação.
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Influência da variação interanual das inundações no Pantanal sobre a abundância das populações de dois mamíferos ameaçados: o cervo do pantanal (Blastocerus dichotomus Illiger, 1811) e o veado campeiro (Ozotoceros bezoarticus Linnaeus, 1758) |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/06/2016 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Guellity Marcel Fonseca Pereira
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Banca |
- Helena De Godoy Bergallo
- José Mauricio Barbanti
- Liliani Marilia Tiepolo
- Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
- Marcelo Oscar Bordignon
- Roger Rodrigues Torres
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Resumo |
Em ambientes inundáveis as populações de diversas espécies podem variar devido à
heterogeneidade temporal e espacial nas comunidades de plantas e da produtividade de
ecossistemas, mediadas pela duração e intensidade das inundações. O presente estudo
objetivou avaliar a relação entre a variação da densidade de cervo-do-pantanal
(Blastocerus dichotomus) e veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus) e a variação nas
inundações no Pantanal, bem como analisar a magnitude dos efeitos de mudanças
climáticas sobre a abundância destas espécies. As densidades foram obtidas através de
levantamentos aéreos cobrindo toda a planície inundável, e foi encontrada uma relação
significativa entre inundação e densidade apenas para o cervo-do-pantanal. A densidade
desta espécie variou de 0,16 a 0,32 indivíduos/km² (população máxima estimada em
44800 ± 7686 indivíduos), enquanto a densidade de veado-campeiro variou de 0,11 a
0,25 grupos/km² (população máxima estimada de 34800 ± 6369 grupos) durante os oito
levantamentos aéreos realizados entre 1991-2004. Frente os cenários mais recentes de
mudanças na precipitação em toda a Bacia do Alto Paraguai, estimamos declínios de
10% a 25% nas populações de cervo cujas probabilidades de ocorrência são de 85 e
60%, respectivamente, até 2040, e declínios críticos de 50% a 75% nas populações cujas
probabilidades são 55% e 60%, respectivamente, até 2100. Sob esta perspectiva, os
impactos de mudanças climáticas podem ainda ser agravados pela sinergia com
alterações ambientais que interferem na hidrologia do Pantanal, tais como projetos de
aproveitamentos hidroelétricos, intervenções nos principais rios para melhorar a
navegação e canais de drenagem em áreas úmidas.
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Variação da abundância de Physalaemus biligonigerus (Cope, 1861) (Anura: Leptodactylidae) sob influência da estrutura do habitat e paisagem em área de planície inundável, Brasil |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/06/2016 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Pedro Henrique Pereira de Jesus
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Banca |
- Antonio Conceicao Paranhos Filho
- Christine Strüsmann
- Cynthia Peralta De Almeida Prado
- Diego Jose Santana Silva
- Milton Cezar Ribeiro
- Vanda Lucia Ferreira
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Resumo |
As características da estrutura do habitat e da paisagem são determinantes na
compreensão dos padrões de distribuição, diversidade, riqueza e abundância dos
anfíbios. A influência do habitat em micro e mesoescala nos parâmetros populacionais
dos anfíbios é cada vez mais evidente, e cada espécie responde a esses efeitos de
diferentes formas. Diante disso, investigamos a influência do habitat ao nível de
microescala e mesoescala na abundância de Physalaemus biligonigerus em uma área da
porção oeste da sub-região do Pantanal da Nhecolândia. Os indivíduos foram
amostrados através de armadilhas de interceptação e queda com cerca-guia entre 2008 a
2014. A abundância de rã-chorona (n = 659) variou ao longo dos anos e campanhas,
porém, a espécie foi mais abundante na estação úmida. O modelo linear misto
demonstrou que o índice de umidade por diferença normalizada e a distância da água
exercem influência significativa sobre a abundância ponderada de P. biligonigerus. Na
análise de variância, a porcentagem de campo limpo também foi um preditor
importante, e a mesma interage de modo expressivo com a distância da água. Isso
demonstra que P. biligonigerus predomina nas áreas de campos e menos distantes da
água. Nossos resultados evidenciam a influência da configuração da paisagem sobre a
abundância de P. biligonigerus.
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Estruturação espaço-temporal, funcional e filogenética de borboletas frugívoras em diferentes estratos verticais de uma Floresta Estacional Semidecidual |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/05/2016 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Danilo Bandini Ribeiro
- Fabio de Oliveira Roque
- Leandro da Silva Duarte
- Lucas Augusto Kaminski
- Nicolas Oliveira Mega
- Nicolay Leme da Cunha
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Resumo |
Uma das principais perguntas em ecologia de comunidades é entender os fatores que
afetam a distribuição e composição de espécies no espaço e no tempo. Neste contexto, a
estratificação vertical da vegetação tem sido apontada como um importante estruturador da composição de espécies dos mais diferentes táxons, uma vez que os estratos
apresentam diferenças em seus fatores abióticos. No presente estudo buscamos avaliar se a assembleia de borboletas frugívoras estaria estruturada diferentemente entre os estratos
verticais no Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Este trabalho buscou avaliar, além da composição de espécies, já mostrada em trabalhos anteriores, a diversidade funcional
e a associação filogenética dos organismos em cada estrato vertical. Para isso, utilizamos armadilhas com iscas atrativas dispostas alternadamente entre o sub-bosque e o dossel ao
longo de seis transecções independentes no PARNA Serra da Bodoquena. Em um ano de
amostragem foram registrados 4230 indivíduos, distribuídos em 63 espécies de borboletas
frugívoras. O sub-bosque foi o estrato mais rico e abundante, enquanto que o dossel apresentou maior diversidade, provavelmente pela alta dominância da espécie Eunica
Macris no subosque. Porém, observamos um padrão de estratificação vertical sazonal,
onde verificamos uma inversão nos valores relativos de riqueza e abundância nos meses mais frios, sendo o dossel o estrato mais rico e abundante neste período. A composição
de espécies diferiu significativamente entre os dois estratos, e todas as subfamílias estiveram presentes tanto no dossel quanto no sub-bosque; a tribo Morphini, pertencente
a subfamília Satyrinae, ocorreu exclusivamente no sub-bosque. Embora não saibamos exatamente quais os fatores que determinam esta estruturação vertical na assembleia de
borboletas frugívoras, uma das possíveis hipóteses seriam os fatores abióticos (luminosidade) e/ou bióticos como a distribuição de plantas hospedeiras e a predação. De
forma geral, sugerimos que a estruturação da assembleia de borboletas frugívoras ao longo dos estratos verticais no PARNA Serra da Bodoquena é em parte determinada pela
variação nos fatores ambientais entre os estratos, que atua como um filtro selecionando espécies com determinadas características funcionais; todavia, este filtro não é
filogenético, ou seja, o grau de relacionamento entre as espécies que ocorrem em um estrato não é significativamente diferente do de espécies que ocorrem em estratos
diferentes. Alguns atributos medidos nestes organismos diferiram significativamente entre os estratos verticais, estando estes atributos correlacionados ao voo e à
termorregulação. Em borboletas, existem muitos aspectos diferentes relacionados ao voo (velocidade, duração, agilidade, manobrabilidade). A velocidade do voo é positivamente
correlacionada com a menor amplitude da asa, comprimento e largura do tórax, enquanto que a massa relativa do abdómen é negativamente relacionada à velocidade do voo; em
geral, voos mais lentos conferem ao organismo maior manobrabilidade. Nesse contexto, a diferenciação funcional entre os estratos verticais encontrada no presente trabalho, pode
estar relacionada a diferentes estratégias de defesa contra a predação, devido suas características morfológicas e de voo; ainda, pode haver relação direta com biologia
termal das espécies, que juntas podem auxiliar na fuga contra predadores. Como conclusão, observamos que as espécies de borboletas frugívoras se distribuem
diferentemente entre o sub-bosque e o dossel. Essa diferença encontrada na composição da assembleia de borboletas frugívoras, associada à diferença funcional, sugere que os
estratos são fundamentalmente distintos quanto as suas condições bióticas e/ou abióticas, mesmo em uma floresta de menor porte, como a Serra da Bodoquena, que apresenta o
estrato de sub-bosque e dossel mais próximos um do outro se comparada à Mata Atlântica e à Amazônia. Além disso, constatamos um agrupamento funcional e não filogenético
entre os estratos verticais; desta forma, podemos sugerir que os processos ecológicos e não os fatores históricos foram preponderantes na estruturação funcional da assembleia
de borboletas frugívoras entre o sub-bosque e o dossel.
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Comportamento, uso de recursos e influência de Apis mellifera na rede de interações entre abelhas e plantas |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/05/2016 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Júnior Henrique Frey Dargas
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Banca |
- Andrea Cardoso de Araujo
- Denise Lange
- Marco Aurelio Ribeiro De Mello
- Pietro Kiyoshi Maruyama Mendonça
- Rogerio Rodrigues Faria
- Rudi Ricardo Laps
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Resumo |
Neste estudo investigamos as preferências florais, o uso de recursos, o comportamento e
a importância de A. mellifera em rede de interações plantas-abelhas no Pantanal. Apis
melllifera foi registrada visitando 36 espécies vegetais, sendo que em 81% das visitas,
atuou como polinizador. Durante as visitas, a maior parte destas abelhas coletou apenas
néctar (42%) ou néctar e pólen (36%), e apenas uma menor proporção (22%) coletou
exclusivamente pólen. Abelhas nativas atuaram predominantemente como
polinizadoras, exceto Trigona spinipes que atua como pilhador de recursos florais. A
modularidade nas redes de abelhas e espécies vegetais não foi significativa, sendo
evidenciado alto aninhamento da rede, sobretudo pela elevada presença de espécies
generalistas. Após a de remoção da espécie exótica A. mellifera da rede, houve um
decréscimo do aninhamento, mas a modularidade continuou não sendo significativa,
evidenciando a importância de A. mellifera no aumento do aninhamento da rede.
Comparando-se as interações de T. spinipes e A. mellifera não houve diferença
significativa entre o grau e a centralidade. Apis mellifera demonstrou-se
supergeneralista, não sendo evidenciadas preferências florais por essa espécie. Sendo
assim, mostramos aqui que a ocorrência de Apis mellifera, uma espécie exótica
altamente generalista, altera a estrutura das redes de interação promovendo um alto
aninhamento, e dimuição da modularidade da rede.
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Adequação da bacia do Alto Rio Paraná para a reintrodução de ariranhas (Pteronura brasiliensis) |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
09/05/2016 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Guilherme de Miranda Mourão
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Orientando(s) |
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Banca |
- Carolina Ribas Pereira
- Caroline Leuchtenberger
- Erich Arnold Fischer
- Jose Manuel Ochoa Quintero
- Juliana Quadros
- Yzel Rondon Súarez
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Resumo |
A bacia do Paraná é considerada área de distribuição histórica das ariranhas (Pteronura brasiliensis).
Avaliar a ocorrência de ariranhas em áreas de distribuição histórica e identificar áreas para possível
reintrodução da espécie na bacia são metas do Plano de Ação Nacional para Ariranhas- ICMBio. A
reintrodução de uma espécie, no entanto, poderá funcionar apenas se a espécie em questão encontrar
condições adequadas na nova paisagem, sendo necessários estudos que procurem identificar a
adequabilidade da paisagem para dar suporte a estratégias como esta. Os objetivos deste trabalho consistem
em (i) averiguar a presença de ariranhas em trechos de rios da bacia do Alto Rio Paraná; (ii) determinar
variáveis ambientais que favorecem a probabilidade de ocorrência de estruturas construídas pelas ariranhas;
(iii) determinar se características ambientais de trechos de corpos d’água podem ser usadas para alocá-los
em categorias segundo a ocorrência conhecida de ariranhas. Para isso percorri trechos da bacia do Alto Rio
Paraná e da bacia do Alto Rio Paraguai, no Pantanal a procura de vestígios de P. brasiliensis. Sinais de
presença e ausência da espécie foram amostrados quanto a variáveis ambientais que pudessem estar
correlacionadas à seleção de habitat. Um modelo de regressão logística foi utilizado para prever a
probabilidade de algum ponto específico do barranco ser usado por ariranhas, baseado em vestígios deixados
por elas e uma Análise de Coordenadas Principais (PCoA) foi utilizada para responder se e quais
características ambientais ordenam a ocorrência de ariranhas nesses trechos e se há disponibilidade destas
características na bacia do Alto Rio Paraná. Não foram encontrados quaisquer vestígios de ariranhas na
bacia do Paraná. O modelo logístico indicou que a probabilidade de se encontrar vestígios de ariranhas
diminui com o aumento da velocidade dos corpos d’água e aumenta conforme o aumento da largura da mata
riparia. Com a PCoA foi possível identificar que as variáveis velocidade do corpo d’água, textura do solo,
largura da mata riparia, condutividade da água, inclinação e distância de cidades estão correlacionadas a
presença de ariranhas em trechos de rios. Os dois primeiros eixos da ordenação PCoA mostraram que as
bacias do Alto Rio Paraná e Alto Rio Paraguai diferem quanto as características de corpos d’água e sugerem
que os trechos amostrados na bacia do Alto Rio Paraná não reúnem muitas das características relacionadas
com a presença de sinais de ariranhas.
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Elementos estruturadores das metacomunidades de peixes de riachos neotropicais |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
09/05/2016 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Walmir Benedito Freitas Mundim Junior
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Banca |
- Fábio Cop Ferreira
- Izaias Medice Fernandes
- Josue Raizer
- Mauricio Cetra
- Rudi Ricardo Laps
- Yzel Rondon Súarez
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Resumo |
A ecologia de comunidades busca a compreender fatores que determinam a distribuição
das espécies em múltiplas escalas, partindo deste princípio, o estudo de
metacomunidades propõe responder questionamentos sobre a relação entre a
importância das diferentes escalas espaciais e as interações biológicas como
determinantes da organização da distribuição das espécies. Neste sentido, os riachos são
habitats ideais para as investigações ecológicas, por exibirem estruturas de forma
hierárquica contextualizadas em ordem de riachos. No presente trabalho buscamos
testar a hipótese de que o padrão de distribuição das assembleias de peixes varia na
bacia do rio Amambai e nas diferentes ordens dos riachos. Utilizamos como modelo a
bacia do rio Amambai, Alto Rio Paraná, Mato Grosso do Sul. Amostramos 64 trechos
de riachos ao longo de toda bacia. Registramos 79 espécies de peixes, sendo que riqueza
e composição de espécies mudou entre as diferentes ordens dos riachos e algumas
espécies foram mais presentes. A riqueza de espécies, obtida por rarefação,foi maior em
trechos de riachos localizados na porção inferior da bacia com alta velocidade de
corrente. Para cada ordem de riacho, as características ambientais que mais influenciam
a distribuição das espécies mudam. Constatamos diferenças na estrutura da
metacomunidades, sendo que na bacia como um todo o padrão foi aninhado, nos riachos
de 1ª ordem quase-aninhamento e nos demais riachos quase-clementsiano. Nossos
resultados reforçam a ideia de que assembleias de riachos de baixa ordem são mais
influencia das por características locais e que o aumento do volume dos riachos leva ao
aumento da riqueza das espécies que estão relacionadas à heterogeneidade espacial e
posição longitudinal.
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Variação temporal da comunidade de helmintos parasitos do morcego Nyctinomops laticaudatus em área urbana |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/11/2015 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Luiz Eduardo Roland Tavares
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Orientando(s) |
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Banca |
- Cláudia Portes Santos Silva
- Gustavo Graciolli
- Marcelo Oscar Bordignon
- Reinaldo José da Silva
- Ricardo Massato Takemoto
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Resumo |
A variação temporal é um dos processos que determinam a montagem das
comunidades ecológicas, através de variações da disponibilidade de recursos, das
condições ambientais e das interações biológicas. As modificações que ocorrem ao longo
do tempo dos fatores bióticos e abióticos podem levar à variação da comunidade de
helmintos parasitos, tanto em espécies de ciclo de vida direto quanto os de ciclo de vida
indireto. O presente trabalho busca descrever a comunidade helmíntica parasitária de
Nyctinomops lataicaudatus (Chiroptera: Molossidae); verificar se essa comunidade é
influenciada por características morfológicas do hospedeiro, bem como pelo sexo do
hospedeiro e pelo tempo; e verificar se a composição e a estrutura da comunidade
parasitária variaram ao longo do tempo. Foram realizadas cinco campanhas durante um
ano, no Estádio Pedro Pedrossian, no município de Campo Grande-MS. Os descritores
populacionais (prevalência e abundância) e os comunitários do parasitismo (riqueza,
diversidade, uniformidade média) foram calculados para cada infracomunidade de todas as
campanhas realizadas. O coeficiente de correlação por posto de Spearman (rs) foi utilizado
para verificar uma possível correlação do Índice de Condição Corporal (ICC) com os
descritores comunitários do parasitismo de cada campanha. Um Modelo Linear
Generalizado Misto (GLMM) foi utilizado para verificar a relação da riqueza e da
abundância média com o sexo dos hospedeiros, com o tempo e com a interação entres
esses dois termos. Além disso, uma análise de Variância Permutacional (PERMANOVA) e
uma análise de escalonamento multidimensional não métrico (NMDS) foram realizadas
para verificar se a composição e a estrutura da comunidade endoparasitária variaram ao
longo do tempo estudado. A comunidade endoparasitária foi composta por uma espécie de
cestoda e três espécies de nematodas, a abundância total esteve relacionada com o tempo e
com o sexo dos hospedeiros e tanto a composição quanto a estrutura da comunidade de
helmintos parasitos variaram ao longo do tempo estudado.
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Influência da paisagem em diferentes escalas na probabilidade de ocupação de pequenos mamíferos em uma área fragmentada de Mata Atlântica |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
08/09/2015 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Fabio de Oliveira Roque
- Helena De Godoy Bergallo
- Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
- Milton Cezar Ribeiro
- Renata Pardini
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Resumo |
A maioria do conhecimento disponível sobre os efeitos da fragmentação e suas
influências sobre as populações vem de estudos conduzidos na escala de mancha. No
entanto, manchas de habitat são partes do mosaico da paisagem e a presença de espécies
em uma mancha pode ser em função não apenas do seu tamanho ou isolamento, mas
também dos habitats da vizinhança. Ainda assim, poucos estudos investigando a
influência da estrutura da paisagem na distribuição de vertebrados consideraram a
heterogeneidade dos tipos de matriz. Nós realizamos um estudo na escala de paisagem
para avaliar a importância relativa do tipo de habitat, de componentes e da configuração
da paisagem (considerando a heterogeneidade funcional da matriz) nas probabilidades
de ocupação do roedor especialista de floresta, Oecomys cleberi, e do marsupial
generalista de habitat, Didelphis albiventris. Nós amostramos um sítio amostral
(localizados em área de floresta ou matriz) em 40 paisagens de 500m de raio em uma
área altamente fragmentada de Mata Atlântica. Os modelos mais plausíveis incluíam a
quantidade de mata remanescente disponível, com efeitos positivos tanto para a ocupação
da espécie especialista de floresta quanto para a espécie generalista e, ao
contrário do esperado a composição da matriz também foi relevante, embora com
menos força, para a ocupação da espécie especialista, mas não da espécie generalista.
Ainda que a grande maioria das paisagens apresentaram porcentagens inferiores ao
limiar de fragmentação (30%) abaixo do qual seria esperado que os efeitos do arranjo
espacial começassem a aparecer, seu efeito isolado no presente estudo não foi
corroborado para nenhuma das espécies analisadas. Nossos resultados mostraram que, a
despeito das diferenças na habilidade de utilizar diferentes tipos de matrizes, a
quantidade de mata remanescente foi o principal responsável pelos padrões de ocupação
de ambas espécies analisadas, e reforçam a importância do desenvolvimento de planos
de conservação que considerem processos na escala de paisagem.
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O papel das Áreas de Proteção Permanente e da Reserva Legal na conservação de mamíferos de médio e grande porte e como abrigo do javali em duas áreas de agroecossistemas no estado de Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/08/2015 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Guilherme de Miranda Mourão
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Orientando(s) |
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Banca |
- Carlos Henrique Salvador de Oliveira
- Erich Arnold Fischer
- Flávio Henrique Guimarães Rodrigues
- Rita de Cássia Bianchi
- Ubiratan Piovezan
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Resumo |
Nas últimas décadas, a atividade agropecuária tem sido responsável por grandes mudanças na paisagem do Brasil, especialmente no Cerrado e Mata Atlântica, configurando
uma perda exponencial de habitats florestados, bem como matas ciliares e outras áreas de proteção permanente. Muitas espécies de animais e os próprios cursos d’água são ameaçados
pela atividade agropecuária, colocando em risco o futuro da biodiversidade do país. Além disso, a introdução de espécies exóticas invasoras, como o javali, compromete a qualidade
do ambiente, além de configurar uma grande ameaça às espécies locais. Os objetivos deste estudo foram averiguar a riqueza e composição da comunidade de mamíferos que ocorre em
duas áreas de agroecossistema no sul do estado de Mato Grosso do Sul através de armadilhamentos fotográficos, e averiguar se a distância da câmera em relação ao corpo
d'água mais próximo e em relação ao maior fragmento ordenam a estrutura da comunidade
de mamíferos, bem como criar um modelo de ocupação para cães e javalis e verificar se as
duas espécies ocupam os mesmos ambientes ou se evitam. Foi realizado uma Análise de
componentes principais (Pcoa) a fim de verificar a proximidade ou distância entre as
comunidades de mamíferos fotografados e, também, verificar a relação entre um gradiente
de distância da água e do maior fragmento de mata com a composição de espécies. O
modelo de ocupação para cães e javalis utilizado foi o de uma única estação para duas
espécies com a parameterização phi/delta, realizado no programa Presence. A riqueza foi de
26 espécies de mamíferos terrestres, de médio e grande porte, dos quais 22 espécies nativas
e quatro domésticas (cachorro, cavalo, gado bovino e javali). Dentre essas 22 espécies, 13 encontram-se listadas em alguma das categorias da lista nacional ou das listas estaduais de
espécies ameaçadas de extinção do Ministério do Meio Ambiente, das quais 4 encontram-se
como vulnerável na lista da IUCN. As espécies que ocorreram com maior frequência em
todos os habitats foram javali e anta, respectivamente. As distâncias da água (p=0,002) e do 2
fragmento mais próximo (p=0,02) ordenaram a comunidade (R²= 0,5), de modo que quanto
mais próxima da água e quanto mais conectada com um fragmento, mais "completa" a
comunidade que ocupa o local. Os resultados sugerem a importância de se manter
preservados os corpos d’água e os fragmentos de mata nativa nessas propriedades rurais. A
probabilidade de ocupação de um determinado ambiente para javalis (ѱ=0,75) e cães
(ѱ=0,71) diferiu pouco. A análise de ocupação para duas espécies em uma única estação
mostrou que elas quase não se evitam (φ=0,95), ocupando praticamente os mesmos
ambientes. Para javalis e cães, p e r tiveram os mesmos valores (p=0,26; r=0,26), indicando
que esse resultado pode ser efeito do horário de atividade das duas espécies ou da escala
temporal utilizada.
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Variação intraespecífica do fenótipo e da dieta no morcego Noctilio albiventris |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
12/08/2015 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Thiago Mateus Rocha dos Santos
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Banca |
- Carolina Ferreira Santos
- Erich Arnold Fischer
- Luiz Eduardo Roland Tavares
- Marcelo Rodrigues Nogueira
- Nilton Carlos Caceres
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Resumo |
A equivalência ecológica entre os indivíduos de uma espécie muitas vezes foi recorrente
na literatura e serviu de base para várias teorias. Entretanto, diversos trabalhos
mostraram o papel da variação individual como um importante fator ecológico e
evolutivo de modo que possam existir indivíduos especializados em diferentes recursos
em uma população. A competição intraespecífica e a existência de diferentes trocas
ecológicas (“trade-offs”) podem ser importantes fatores que promovem a especialização
individual. Noctilio albiventris é um morcego que apresenta grande variação
interindividual do fenótipo e baseando-se nesta característica este trabalho objetivou verificar o nível de especialização individual em uma população de N. albiventris e se
ele está ligado à variação fenotípica. Foi realizada uma análise de conteúdo estomacal e
com esses dados foi verificado o nível de especialização individual da população.
Características morfológicas de tamanho e de forma foram mensuradas através de
técnicas morfométricas. Os morcegos comeram apenas ordens de insetos e a população
apresentou baixo nível de especialização individual e baixa correlação entre a forma e
dieta. Houve variação de tamanho entre machos e fêmeas, porém alta sobreposição de
nicho entre esses grupos. A variação sexual, onde machos são maiores que fêmeas pode
ser explicada pela necessidade de machos defenderem sua permanência nas colônias. A
sobreposição de nicho entre os sexos indica que embora possuam tamanhos diferentes,os sexos não variam a dieta. O baixo nível de especialização individual da população e a
baixa diversidade de itens alimentares podem ser explicados pela época da coleta, final
da estação seca, onde a disponibilidade de recursos pode estar reduzida, forçando os
indivíduos a comerem o que está disponível e não aquilo para que estão adaptados ou
especializados.
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Seleção de áreas para reserva legal baseada em multicritérios: aplicação em projetos de assentamento |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
12/08/2015 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Antonio Conceicao Paranhos Filho
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Orientando(s) |
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Banca |
- Alfredo Marcelo Grigio
- Jose Marcato Junior
- Normandes Matos da Silva
- Roberto Macedo Gamarra
- Yzel Rondon Súarez
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Resumo |
Geotecnologias são ferramentas que contribuem para ações de conservação da
biodiversidade, e se inserem no contexto de planejamento, execução e monitoramento
dessas ações conservacionistas onde o espaço e o tempo são variáveis essenciais. Entre
as ações de conservação, podemos citar a seleção de áreas, seja para criação de unidades
de conservação, para recuperação ou para a delimitação de reserva legal. As
geotecnologias, porém, nem sempre se encontram disponíveis. Assim, nesse contexto, o
uso de “softwares” livres se torna uma alternativa viável para planejamento e tomada de
decisões. O primeiro capítulo apresenta um panorama do uso dos “softwares” livres no
Brasil, demonstrando uma tendência de aumento no seu uso, destacando a área
ambiental. Dentro do tema, “softwares” livres, SIG e conservação da biodiversidade, o
segundo capítulo apresenta um método semi-automático para delimitação de reserva
legal em projetos de assentamentos que se apresenta como ferramenta acessível para
ações de conservação da biodiversidade.
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Metazoários parasitos de peixes: uma metanálise em trabalhos com abordagem temporal e ecologia de comunidades no Pantanal |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/07/2015 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Luiz Eduardo Roland Tavares
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Orientando(s) |
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Banca |
- Cláudia Portes Santos Silva
- Gustavo Graciolli
- José Luis Luque Alejos
- Mauricio Laterça Martins
- Ricardo Massato Takemoto
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Resumo |
Uma das principais questões em ecologia é compreender os mecanismos que
determinam a composição e a montagem de comunidades. Considerando que as
comunidades ecológicas são reguladas por fatores bióticos e abióticos e que esses
fatores variam no tempo, o ambiente pode agir como um importante agente estruturador
de comunidades. Esse trabalho tem por objetivo geral, verificar como as comunidades
parasitárias respondem às variações temporais do ambiente. O trabalho foi dividido em
três partes: 1) Uma metanálise foi utilizada para verificar a influência do tempo sobre a
similaridade das comunidades parasitárias de peixes, bem como para averiguar se há diferença na similaridade e na riqueza parasitária entre ambientes sazonais e não
sazonais; 2) Um estudo de caso foi realizado com o hospedeiro Psectrogaster
curviventris, a fim de verificar se há um decaimento temporal na similaridade da
estrutura das comunidades parasitárias na estação seca, em uma lagoa sob influência do
pulso de inundação no Pantanal; para o mesmo hospedeiro também foi verificado se as
comunidades parasitárias estão distribuídas de forma aninhada entre os hospedeiros ao
longo de estações secas e 3) A fauna parasitária do P. curviventris foi comparada com a
do hospedeiro sintópico Potamorhina squamoralevis, tanto na seca como na cheia.
Também testamos se a variabilidade entre as infracomunidades parasitárias é maior na estação cheia do que na seca, para as duas espécies de peixes. Não houve diferença nas
similaridades e na riqueza entre ambientes sazonais e não sazonais. Com os dados
obtidos por meio da metanálise e com a fauna parasitária de P. curviventris no Pantanal
sul, encontramos um decaimento temporal na similaridade da estrutura das comunidades
parasitárias. A fauna parasitária de P. curviventris não está distribuída de forma
aninhada entre as estações secas e não é similar à comunidade parasitária de P.
squamoralevis. Uma maior variabilidade na infracomunidade foi encontrada para P.
curviventris na estação cheia do que na seca e o contrário ocorreu para P.
squamoralevis. Nossos resultados fornecem evidências de que as comunidades
parasitárias respondem às variações no ambiente no decorrer do tempo e que as
diferenças intraespecíficas dos hospedeiros são cruciais para determinar a montagem
das comunidades parasitárias em estações seca e cheia do pantanal.
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Uso do espaço vertical por pequenos mamíferos não voadores em manchas florestais no Pantanal, Mato Grosso do Sul, Brasil. |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/07/2015 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Carlos Henrique Salvador de Oliveira
- Diogo Loretto Medeiros
- Maron Galliez
- Nilton Carlos Caceres
- Rafael Dettogni Guariento
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Resumo |
A diversidade de espécies em um determinado ambiente reflete as diferenças na
composição do hábitat, sendo a partição de nicho o processo que permite a coexistência
entre as espécies. Alguns roedores e marsupiais desenvolveram adaptações que os
permitiram explorar os estratos superiores de hábitats florestais no Pantanal. Cada uma
destas espécies deve estar mais associada a um estrato ou a alguma característica do
hábitat. Portanto, este estudo teve por objetivo: verificar como se dá a distribuição dos
pequenos mamíferos nos estratos de hábitats florestais e avaliar a influência da
complexidade ambiental na distribuição dos mesmos. Utilizei 180 armadilhas de captura
viva dos tipos Tomahawk e Sherman, distribuídas em 20 pontos amostrais e iscadas
com rodelas de bananas e pasta de amendoim. Medi características ambientais como:
densidade de ramos e folhas, circunferência a altura do peito das árvores, circunferência
dos galhos e conectividade entre as árvores. Usei os modelos mistos e a modelagem de
ocupação para analisar os dados. Meus resultados mostraram que Thrichomys fosteri
utiliza mais o solo, enquanto Oecomys mamorae e Gracilinanus agilis foram mais
capturados nos estratos acima do solo (no sub-bosque ou no dossel). A probabilidade de
ocupação de T. fosteri foi influenciada positivamente pela densidade de ramos e folhas
em torno do ponto de captura e pela circunferência do galho onde a captura foi
realizada; a de O. mamorae sofreu influência negativa da circunferência do galho e
positiva da densidade de ramos e folhas ao redor da armadilha; e a ocupação de G.
agilis foi influenciada somente pela altura do ponto de captura. Deste modo, as espécies
estudadas se distribuem diferentemente no espaço tridimensional e existem
características estruturais dos hábitats florestais que influenciam sua probabilidade de
ocupação. A diferença no uso do hábitat, aliada à diversificação na dieta, reflete a
história evolutiva que resultou na segregação de nicho destas espécies.
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Efeitos da fragmentação florestal sobre comunidades de aves no Planalto da Bodoquena, Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
15/06/2015 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Danilo Bandini Ribeiro
- Danilo Boscolo
- Fabio de Oliveira Roque
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Resumo |
A fragmentação florestal é um processo que culmina na perda de área e separação dos remanescentes de um determinado
hábitat, podendo ter diversas origens, sendo a principal delas a conversão de áreas de hábitat natural em área de ocupação
humana, dedicadas majoritariamente a atividades agorpeccuárias. Os efeitos da fragmentação são principalmente a redução de
área e mudança na configuração dos remanescentes, ocasionando alterações nos padrões ecológicos regionais, que podem refletir
na perda de espécies. As Florestas Estacionais do interior do Brasil passaram por um forte processo de conversão de uso e
fragmentação, sendo que atualmente restam poucos remanescentes, a maioria em uma configuração fragmentada. Os objetivos
deste trabalho foram avaliar a variação na comunidade de aves em relação à área e isolamento dos ambientes de Florestas
Estacionais no Planalto da Bodoquena. Para tanto comparamos a comunidade de aves entre uma reserva de proteção integral
federal, o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, formado principalmente por áreas de florestas estacionais, com as
comunidades de aves de seis fragmentos de mata desta mesma fitofisionomia, com diferentes áreas e graus de isolamento. As
amostragens ocorreram em um período descontínuo durante o ano de 2014, totalizando três campanhas onde as áreas amostradas
foram visitadas uma vez por campanha. Foram feitas análises de similaridade, aninhamento e de beta-diversidade para identificar
o principal fator de diferenciação entre as comunidades (aninhamento ou "turnover"), enquanto análises multivariadas foram
realizadas para descrever o grau de fragmentação, a estrutura da vegetação dos pontos de amostragem (PCA). A ordenação das
comunidades de aves foi feita por meio de análises de Escalonamento Multidimensional não Métrico (NMDS) E Análise de
Coordenadas Principais (PCOA). Modelos Lineares Generalizados (GLM) foram utilizados para relacionar as variáveis
ambientais com a riqueza total de aves florestais. Foram registradas 1 22 espécies pertencentes a 33 famílias e nove guildas
alimentares. As análises de beta-diversidade mostraram que a substituição de espécies entre os sítios ("turnover") é a principal
causa de variação na beta-diversidade. A composição de espécies de aves foi relacionada à fragmentação (tamanho da área, grau
de isolamento dos remanescentes) e com a estrutura do hábitat (altura do dossel e densidade de árvores), sendo que 17 espécies
foram significativamente correlacionadas com áreas maiores e mais conectadas, enquanto apenas uma espécie com áreas
menores e mais isoladas. A riqueza de espécies de aves foi negativamente correlacionada a fragmentação (GLM, n=35;
p=0,00054 R² 0,36)., As guildas de insetívoros de sub-bosque, frugívoros e insetívoros de dossel também tiveram suas riquezas
relacionadas à fragmentação (GLM n=35; p<0,001; R² = 0,65; GLM n=35; p<0,001; R² = 0,47; GLM n = 35; PCOA1 p = 0,004;
R² = 0,37; respectivamente), tendo apresentado maiores riquezas em áreas maiores e mais conectadas. Porém o que melhor
explicou a variação na riqueza dos psitacídeos e granívoros foi a estrutura do hábitat, sendo estas duas guildas relacionadas com
áreas menos estruturadas, com menor altura de dossel e menor densidade de árvores (GLM n = 35; p<0,001; R² = 0,46; GLM
n=35; p<0,001; R² = 0,2, respectivamente). Os resultados aqui apresentados sugerem que a conservação de espécies sensíveis à
perda e fragmentação de hábitat, principalmente grandes frugívoros e insetívoros de sub-bosque, assim como a conservação de
uma maior riqueza de espécies no Planalto da Bodoquena depende da preservação de áreas florestais grandes e conectadas.
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Área de vida de Gracilinanus agilis (Mammalia: Didelphimorphia) em uma área de cerradão, Mato Grosso do Sul, Brasil |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
12/05/2015 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Emerson Monteiro Vieira
- Gustavo Graciolli
- Maurício Eduardo Graipel
- Natália Oliveira Leiner
- Thomas Puttker
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Resumo |
A utilização do espaço por machos e fêmeas de mamíferos pode variar de acordo com o dimorfismo
sexual, sistema de acasalamento e comportamento territorialista, a fim de garantir a otimização do
sucesso reprodutivo de cada sexo e suas interações com outras espécies. No presente estudo,
verificamos a área de vida de machos e fêmeas de Gracilinanus agilis em um fragmento de
cerradão no centro-oeste do Brasil. Para a captura dos indivíduos, foram utilizadas armadilhas
nacional tipo de arame no solo e “Sherman” dispostas no sub-bosque (1-2 metros), utilizando a
técnica de captura-marcação-recaptura (cmr). Vinte e quatro indivíduos de G. agilis tiveram suas
áreas de vida estimadas pelo método do Mínimo Polígono Convexo. A área de vida estimada para a
espécie foi de 0,38 ± 0,41 há, sendo a maior área de vida estimada foi para um macho, com 2,08 ha,
e a menor área para duas fêmeas, com 0,08 ha. Os resultados mostraram que o tamanho da área de
vida não variou de acordo com a massa dos indivíduos, e nem com os sexos. A sobreposição das
áreas de vidas de pares de machos são maiores do que a sobreposição entre pares de fêmeas. A
quantidade elevada de sobreposição entre áreas de vida dos machos indica que não há
comportamento territorialista para eles, diferentemente do que ocorre para as fêmeas, que quase não
tiveram sobreposição de suas áreas de vida. Um dos motivos para uma menor sobreposição entre as
fêmeas durante a época reprodutiva pode ser devido à proteção dos filhotes e a competição por
alimentos e, durante a época pré-reprodutiva, para as fêmeas, poderia ser atribuída à diminuição de
suas áreas de vida, devido à menor demanda energética.
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Frugivoria em Vitex cymosa Bertero ex Spreng. (Lamiaceae) em fitofisionomias florestais do Pantanal, Brasil |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
12/08/2014 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Celine de Melo
- Geraldo Alves Damasceno Junior
- Jose Ragusa Netto
- Marco Aurelio Pizo Ferreira
- Milene Moura Martins
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Resumo |
O tarumã, Vitex cymosa (Lamiaceae), ocorre no Pantanal em regiões florestadas como em mata ciliar e capões. O objetivo desse estudo foi investigar a assembleia de frugívoros do tarumã, bem como compreender a relação da frutificação e da frugivoria com a fragmentação natural da paisagem pantaneira. A produção de frutos foi estimada através da quantificação de frutos caídos abaixo das copas. A assembleia de frugivoros foi registrada em observações de aproximadamente 4 horas por indivíduo de tarumã, totalizando 96 horas de observação em 27 tarumãs e os locais foram georreferenciados para posterior calculo das distâncias entre os fragmentos florestais (capões) e áreas continuas (mata ciliar). A produção média foi 30.895 frutos por tarumã e não diferiu entre os ambientes mata ciliar, borda e capão. Foram registradas 31 espécies de frugívoros, dentre aves (25) e mamíferos (6), sendo os mais frequentes Ortalis canicollis, Primolius auricollis, Aburria cumanensis e Alouatta caraya. O tipo de vegetação e distância entre capões e mata ciliar não foram fatores importantes para selecionar quais frugívoros e a taxa de visita desses ao tarumã. Devido à fragmentação natural do Pantanal e à característica da matriz conter árvores e arbustos esparsos, possivelmente o mosa |
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Ecologia e uso da paisagem por onça parda (Puma concolor) em remanescentes florestais de Mata Atlântica no noroeste do Paraná, Brasil |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
15/07/2014 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Fernando César Cascelli de Azevedo
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Orientando(s) |
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Banca |
- Antonio Conceicao Paranhos Filho
- Luciano Martins Verdade
- Roberto Macedo Gamarra
- Ronaldo Gonçalves Morato
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Resumo |
A dieta e a abundância relativa de presas de onça-parda (Puma concolor) foram
estudadas em fragmentos de Mata Atlântica no noroeste do Estado do Paraná entre os
anos de 2012 e 2013. Coletas de amostras fecais foram utilizadas para conhecer a dieta
da onça-parda e câmeras fotográficas para estimar a abundância relativa de presas no
ambiente com a finalidade de testar a hipótese de seletividade de presas por onça-parda
levando-se em consideração as seguintes predições: 1) a onça-parda utiliza presas mais
abundantes no ambiente; 2) a sobreposição espacial e temporal da onça parda e suas
presas influencia o uso destas pela onça-parda; 3) tipos diferentes de habitat influenciam
na utilização de presas por onça-parda. Os habitats monitorados foram categorizados em
floresta, (2). floresta e milho,(3). floresta e cana-de-açúcar; (4). Mata Ciliar, e (5).
floresta, área alagável e milho. As espécies de presas com maiores abundâncias relativas
foram anta (Tapirus terrestris), cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) e cateto (T.
tajacu), somando 78% dos registros. As espécies de presas mais consumidas tanto em
termos de frequência de ocorrência quanto de biomassa relativa consumida foram, na
ordem de importância, capivara (Hydrochoerus hydrochaeris); paca (Cuniculus paca); e
porco-do-mato (Tayassu tajacu). O Peso Médio de Presas Vertebradas Consumidas
(PMPC) foi de 30,2 kg. Com relação ao porte de presas, a onça-parda consumiu 78,6 %
de mamíferos de grande porte (≥ 15 kg), 21,1% de mamíferos de médio porte (1-15 kg),
e 0,1% de mamíferos de pequeno porte (≥ 1 kg). A relação entre sobreposição temporal
e espacial, a riqueza de espécies de presas de cada categoria de habitat, assim como a
abundância de presas no ambiente não influenciaram na taxa de predação da onçaparda.
Nesse estudo a dieta da onça-parda foi composta aparentemente por espécies que
2
apresentam maior vulnerabilidade, tanto quanto à estratégia de defesa quanto ao tipo de
ambiente em que são mais facilmente encontradas. |
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Desvendando padrões de estrutura filogenética de comunidades biológicas em diferentes escalas |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/04/2014 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Clarissa de Araujo Martins
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Banca |
- Cynthia Peralta De Almeida Prado
- Franco Leandro de Souza
- Tadeu de Siqueira Barros
- Yzel Rondon Súarez
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Resumo |
Esta dissertação está dividida em dois capítulos. No primeiro capítulo eu investiguei padrões de comunidades filogenéticas para entender quais os processos que podem influenciar a montagem de comunidades de anuros no Pantanal ao longo do tempo, em uma escala regional e local. No segundo capítulo eu investiguei padrões de estrutura filogenética em uma escala global. Utilizei o framework da filogenética de comunidades para testar a hipótese de instabilidade climática nas regiões tropicais e temperadas. Os dois manuscritos, após devida revisão e tradução, serão submetido aos periódicos “Plos One” (Capitulo 1) e “Biology Letters” (Capitulo 2). |
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