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INFLUÊNCIA DO AMBIENTE NAS REDES ANTAGONISTAS MOSCA-MORCEGO EM DUAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DA AMAZÔNIA CENTRAL BRASILEIRA
Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
Tipo Dissertação
Data 28/02/2018
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Gustavo Graciolli
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Adrian Alonso Duran de la Ossa
    Banca
    • ANALIA GLADYS AUTINO
    • Elizabete Captivo Lourenço
    • Enrique Reyes Novelo
    • Erich Arnold Fischer
    • Romeo Alberto Saldana Vásquez
    Resumo A relação moscas parasitas e morcegos são interações muito específicas que tem sido pouco testado no Neotrópico, esses parasitos têm distribuição cosmopolita mesmo que seus hospedeiros. As poucas investigações realizadas nesse campo têm encontrado que são muitos os fatores que influenciam nessa relação, além disso, concluíram que características próprias de ambos (moscas e morcegos) tem a sua contribuição. No presente estudo se pretende avaliar se fatores climáticos (chuva e seca) e o tipo de ambiente (várzea inundada e sem inundação) influenciam nas interações parasito-hospedeiro em moscas parasitas e morcegos. Para isso, o trabalho foi feito em duas bacias hidrográficas na floresta da Amazônia central brasileira, rio Purus e rio Madeira. Os morcegos foram coletados por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Amazónicas (INPA) utilizando redes de neblina ao nível de sub-bosque e abertas durante seis horas na noite; as moscas foram extraídas com pinças de ponta fina e depois identificadas no Laboratório de Sistemática, Ecologia e Evolução da universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande (Brasil). Foram coletadas no total, 2045 moscas parasitas de morcegos, agrupadas em duas famílias (Streblidae e Nycteribiidae), 13 géneros e 57 espécies, em 424 morcegos de três famílias (Phyllostomidae, Mormoopidae e Vespertilionidae), 21 géneros e 31 espécies. Os resultados não corroboram nossa primeira hipótese de que o clima e o ambiente influenciam a estrutura das comunidades dos morcegos e, por conseguinte das moscas, como uma resposta as mudanças dos seus hospedeiros, devido à alta especificidade nessa relação. Enquanto, os resultados das métricas nas redes de interação mosca-morcego, como a especialização, sim evidenciaram estar influenciadas pelos fatores ambientais estudados. Assim, neste trabalho se conclui que as associações nos organismos estudados, além de ser muito especificas, são sensíveis as mudanças ambientais no seu entorno, e elas encontrassem adaptadas a tais mudanças naturais. Pela primeira vez são estudadas estas interações na Amazônia central brasileira, contribuindo assim com o conhecimento do parasitismo nos morcegos do Neotrópico.
    Palavras-chave: Amazônia, morcegos, Nycteribiidae, parasitismo, redes de
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      Identificação de lacunas na conservação de morcegos no estado de Mato Grosso do Sul por meio de modelos de distribuição potencial de espécies
      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
      Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
      Data 22/10/2017
      Área ECOLOGIA
      Orientador(es)
      • Jose Manuel Ochoa Quintero
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Elice Garcia Manhães
        Banca
        • Antonio Conceicao Paranhos Filho
        • Ludmilla Moura de Souza Aguiar
        • Reinaldo Francisco Ferreira Lourival
        • Roberto Macedo Gamarra
        • Sussi Missel pacheco
        Resumo A análise de lacunas é uma ferramenta utilizada para dar base científica à tomada de decisões para a criação de áreas protegidas ou para validar áreas pré-existentes. Igualmente possibilita a identificação de regiões geográficas com alta concentração de espécies, mas que não estão inclusas nas áreas protegidas. Desse modo tem-se usado a modelagem preditiva de distribuição para reconhecer áreas com maior probabilidade de ocorrência de espécies. A rede de reservas brasileiras abrange, dentre outros domínios, dois “hotspots” de conservação: Cerrado e Mata Atlântica. Mato Grosso do Sul é um estado brasileiro que apresenta grande heterogeneidade ambiental, nele ocorrem os dois biomas considerados “hotspots” nacionais e a maior parte do Pantanal, que recebe os títulos de Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural Mundial. Para proteger toda essa riqueza de ambientes e espécies, o estado de Mato Grosso do Sul conta com 133 áreas protegidas, mas apenas 1,29% são de Proteção Integral. Estudos recentes indicam a necessidade de criação de novas áreas protegidas na região, para garantir a conservação das populações vegetais, visto que as atuais são insuficientes e reforçam a teoria de terras sem valor. Neste estudo foi modelada a distribuição potencial de 54 espécies de morcegos que ocorrem em Mato Grosso do Sul, e apresentam acima de 15 registros diferentes de ocorrência. Todas as espécies modeladas estão representadas dentro da rede de unidades de conservação estaduais, porém, em uma porcentagem muito baixa de suas áreas potenciais de ocorrência. Segundo a informação sobre a distribuição potencial das espécies modeladas, a área de maior adequabilidade ambiental para os morcegos foi no Pantanal do Paraguai, Paiaguás, Nhecolândia e na Serra da Bodoquena. O mapa também apresenta probabilidade média de riqueza potencial em áreas de lacunas de inventários de quirópteros no norte do Pantanal e uma faixa de sudeste a nordeste do estado. O direcionamento de estudos e inventários faunísticos nessas áreas poderá reduzir as lacunas no conhecimento não apenas de espécies de morcegos, mas também para outros grupos taxonômicos além de auxiliar a identificação de áreas prioritárias para a conservação como AICOMs e SICOMs.
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          Efeito dos fatores locais e espaciais na estrutura de comunidade de Odonata em Lagoas permanentes na transição Cerrado Mata Atlântica
          Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
          Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
          Data 10/10/2017
          Área ECOLOGIA
          Orientador(es)
            Coorientador(es)
            Orientando(s)
              Banca
              • Fabio de Oliveira Roque
              • Leandro Juen
              • Marciel Elio Rodrigues
              Resumo Resumo: Este trabalho teve por objetivo investigar a importância relativa dos fatores ambientais locais e espaciais sobre a abundância, riqueza e composição de metacomunidades de Odonata em lagoas permanentes. O estudo foi realizado nas várzeas do Rio Ivinhema entre os meses de junho e setembro de 2016. Foram amostradas 32 lagoas permanentes. Coletamos 1.196 indivíduos, pertencentes à 39 espécies, 19 gêneros e três famílias, das quais 25 espécies pertencem à subordem Anisoptera e 14 à Zygoptera. Nossos resultados revelaram que a comunidade de Odonatas foi melhor explicada pelas variáveis ambientais (F4,23 = 1,97, P = 0,002). Preditores espaciais não apresentaram relação significativa com a variação na composição de espécies (F3,23 = 1,19, P = 0,229). Variáveis ambientais independentes da estrutura espacial explicaram 10% da variação na composição de espécies. Quando as subordens foram analisadas separadamente, a composição da comunidade de Zygoptera e de Anisoptera também foram explicadas pelos fatores ambientais. Contudo, em Zygoptera, o componente puramente ambiental apresentou maior explicação (F4,25 = 2,76, P = 0,002). As variáveis ambientais que melhor explicaramo padrão de distribuição da comunidade total de Odonata foram condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, temperatura da água e área.

              Palavras-chave: metacomunidade, Odonata, lagoa.

              Abstract: This work aimed to investigate the contribution of local environmental and spatial factors on the abundance, wealth and metacommunity composition of Odonata in permanent ponds. The study was conducted in the floodplains of the Ivinhema River between June and September 2016. Collect 1.196 individuals, belonging to the 39 species, 19 genera and three families, of which 25 species belonging to the suborder Anisoptera and 14 the Zygoptera. Our results revealed that the community of Odonata was best explained by environmental variables (F4 = 1.97 .23, P = 0.002). Spatial predictors showed no significant relationship with the variation in species composition (.23 F3 = 1.19, P = 0.229). Environmental variables independent of spatial structure explained 10% of the variation in species composition. When the suborders were analyzed separately, the composition of the community of Zygoptera and Anisoptera were also explained by environmental factors. However, in Zygoptera, the purely environmental component was more explanation (F4 .25 = 2.76, P = 0.002). The environmental variables that best explain the pattern of distribution of total community of Odonata were electrical conductivity, dissolved oxygen, temperature of the water and the area.
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              Efeito dos fatores locais e espaciais na estrutura de comunidade de Odonata em Lagoas permanentes na transição Cerrado Mata Atlântica
              Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
              Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
              Data 10/10/2017
              Área ECOLOGIA
              Orientador(es)
              • Danilo Bandini Ribeiro
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Alessandra dos Santos Venturini do Prado
                Banca
                • Fabio de Oliveira Roque
                • Leandro Juen
                • Marciel Elio Rodrigues
                Resumo Resumo: Este trabalho teve por objetivo investigar a importância relativa dos fatores ambientais locais e espaciais sobre a abundância, riqueza e composição de metacomunidades de Odonata em lagoas permanentes. O estudo foi realizado nas várzeas do Rio Ivinhema entre os meses de junho e setembro de 2016. Foram amostradas 32 lagoas permanentes. Coletamos 1.196 indivíduos, pertencentes à 39 espécies, 19 gêneros e três famílias, das quais 25 espécies pertencem à subordem Anisoptera e 14 à Zygoptera. Nossos resultados revelaram que a comunidade de Odonatas foi melhor explicada pelas variáveis ambientais (F4,23 = 1,97, P = 0,002). Preditores espaciais não apresentaram relação significativa com a variação na composição de espécies (F3,23 = 1,19, P = 0,229). Variáveis ambientais independentes da estrutura espacial explicaram 10% da variação na composição de espécies. Quando as subordens foram analisadas separadamente, a composição da comunidade de Zygoptera e de Anisoptera também foram explicadas pelos fatores ambientais. Contudo, em Zygoptera, o componente puramente ambiental apresentou maior explicação (F4,25 = 2,76, P = 0,002). As variáveis ambientais que melhor explicaramo padrão de distribuição da comunidade total de Odonata foram condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, temperatura da água e área.

                Palavras-chave: metacomunidade, Odonata, lagoa.

                Abstract: This work aimed to investigate the contribution of local environmental and spatial factors on the abundance, wealth and metacommunity composition of Odonata in permanent ponds. The study was conducted in the floodplains of the Ivinhema River between June and September 2016. Collect 1.196 individuals, belonging to the 39 species, 19 genera and three families, of which 25 species belonging to the suborder Anisoptera and 14 the Zygoptera. Our results revealed that the community of Odonata was best explained by environmental variables (F4 = 1.97 .23, P = 0.002). Spatial predictors showed no significant relationship with the variation in species composition (.23 F3 = 1.19, P = 0.229). Environmental variables independent of spatial structure explained 10% of the variation in species composition. When the suborders were analyzed separately, the composition of the community of Zygoptera and Anisoptera were also explained by environmental factors. However, in Zygoptera, the purely environmental component was more explanation (F4 .25 = 2.76, P = 0.002). The environmental variables that best explain the pattern of distribution of total community of Odonata were electrical conductivity, dissolved oxygen, temperature of the water and the area.
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                  Identificação de lacunas na conservação de morcegos no estado de Mato Grosso do Sul por meio de modelos de distribuição potencial de espécies
                  Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                  Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
                  Data 22/09/2017
                  Área ECOLOGIA
                  Orientador(es)
                    Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                      Banca
                      • Antonio Conceicao Paranhos Filho
                      • Ludmilla Moura de Souza Aguiar
                      • Reinaldo Francisco Ferreira Lourival
                      • Roberto Macedo Gamarra
                      Resumo A análise de lacunas é uma ferramenta utilizada para dar base científica à tomada de decisões para a criação de áreas protegidas ou para validar áreas pré-existentes. Igualmente possibilita a identificação de regiões geográficas com alta concentração de espécies, mas que não estão inclusas nas áreas protegidas. Desse modo tem-se usado a modelagem preditiva de distribuição para reconhecer áreas com maior probabilidade de ocorrência de espécies. A rede de reservas brasileiras abrange, dentre outros domínios, dois “hotspots” de conservação: Cerrado e Mata Atlântica. Mato Grosso do Sul é um estado brasileiro que apresenta grande heterogeneidade ambiental, nele ocorrem os dois biomas considerados “hotspots” nacionais e a maior parte do Pantanal, que recebe os títulos de Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural Mundial. Para proteger toda essa riqueza de ambientes e espécies, o estado de Mato Grosso do Sul conta com 133 áreas protegidas, mas apenas 1,29% são de Proteção Integral. Estudos recentes indicam a necessidade de criação de novas áreas protegidas na região, para garantir a conservação das populações vegetais, visto que as atuais são insuficientes e reforçam a teoria de terras sem valor. Neste estudo foi modelada a distribuição potencial de 54 espécies de morcegos que ocorrem em Mato Grosso do Sul, e apresentam acima de 15 registros diferentes de ocorrência. Todas as espécies modeladas estão representadas dentro da rede de unidades de conservação estaduais, porém, em uma porcentagem muito baixa de suas áreas potenciais de ocorrência. Segundo a informação sobre a distribuição potencial das espécies modeladas, a área de maior adequabilidade ambiental para os morcegos foi no Pantanal do Paraguai, Paiaguás, Nhecolândia e na Serra da Bodoquena. O mapa também apresenta probabilidade média de riqueza potencial em áreas de lacunas de inventários de quirópteros no norte do Pantanal e uma faixa de sudeste a nordeste do estado. O direcionamento de estudos e inventários faunísticos nessas áreas poderá reduzir as lacunas no conhecimento não apenas de espécies de morcegos, mas também para outros grupos taxonômicos além de auxiliar a identificação de áreas prioritárias para a conservação como AICOMs e SICOMs.
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                      Identificação de lacunas na conservação de morcegos no estado de Mato Grosso do Sul por meio de modelos de distribuição potencial de espécies
                      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                      Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
                      Data 22/09/2017
                      Área ECOLOGIA
                      Orientador(es)
                        Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                          Banca
                            Resumo A análise de lacunas é uma ferramenta utilizada para dar base científica à tomada de decisões para a criação de áreas protegidas ou para validar áreas pré-existentes. Igualmente possibilita a identificação de regiões geográficas com alta concentração de espécies, mas que não estão inclusas nas áreas protegidas. Desse modo tem-se usado a modelagem preditiva de distribuição para reconhecer áreas com maior probabilidade de ocorrência de espécies. A rede de reservas brasileiras abrange, dentre outros domínios, dois “hotspots” de conservação: Cerrado e Mata Atlântica. Mato Grosso do Sul é um estado brasileiro que apresenta grande heterogeneidade ambiental, nele ocorrem os dois biomas considerados “hotspots” nacionais e a maior parte do Pantanal, que recebe os títulos de Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural Mundial. Para proteger toda essa riqueza de ambientes e espécies, o estado de Mato Grosso do Sul conta com 133 áreas protegidas, mas apenas 1,29% são de Proteção Integral. Estudos recentes indicam a necessidade de criação de novas áreas protegidas na região, para garantir a conservação das populações vegetais, visto que as atuais são insuficientes e reforçam a teoria de terras sem valor. Neste estudo foi modelada a distribuição potencial de 54 espécies de morcegos que ocorrem em Mato Grosso do Sul, e apresentam acima de 15 registros diferentes de ocorrência. Todas as espécies modeladas estão representadas dentro da rede de unidades de conservação estaduais, porém, em uma porcentagem muito baixa de suas áreas potenciais de ocorrência. Segundo a informação sobre a distribuição potencial das espécies modeladas, a área de maior adequabilidade ambiental para os morcegos foi no Pantanal do Paraguai, Paiaguás, Nhecolândia e na Serra da Bodoquena. O mapa também apresenta probabilidade média de riqueza potencial em áreas de lacunas de inventários de quirópteros no norte do Pantanal e uma faixa de sudeste a nordeste do estado. O direcionamento de estudos e inventários faunísticos nessas áreas poderá reduzir as lacunas no conhecimento não apenas de espécies de morcegos, mas também para outros grupos taxonômicos além de auxiliar a identificação de áreas prioritárias para a conservação como AICOMs e SICOMs.
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                              Identificação de lacunas na conservação de morcegos no estado de Mato Grosso do Sul por meio de modelos de distribuição potencial de espécies
                              Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                              Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
                              Data 22/09/2017
                              Área ECOLOGIA
                              Orientador(es)
                                Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                  Banca
                                  • Antonio Conceicao Paranhos Filho
                                  • Ludmilla Moura de Souza Aguiar
                                  • Reinaldo Francisco Ferreira Lourival
                                  • Roberto Macedo Gamarra
                                  Resumo A análise de lacunas é uma ferramenta utilizada para dar base científica à tomada de decisões para a criação de áreas protegidas ou para validar áreas pré-existentes. Igualmente possibilita a identificação de regiões geográficas com alta concentração de espécies, mas que não estão inclusas nas áreas protegidas. Desse modo tem-se usado a modelagem preditiva de distribuição para reconhecer áreas com maior probabilidade de ocorrência de espécies. A rede de reservas brasileiras abrange, dentre outros domínios, dois “hotspots” de conservação: Cerrado e Mata Atlântica. Mato Grosso do Sul é um estado brasileiro que apresenta grande heterogeneidade ambiental, nele ocorrem os dois biomas considerados “hotspots” nacionais e a maior parte do Pantanal, que recebe os títulos de Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural Mundial. Para proteger toda essa riqueza de ambientes e espécies, o estado de Mato Grosso do Sul conta com 133 áreas protegidas, mas apenas 1,29% são de Proteção Integral. Estudos recentes indicam a necessidade de criação de novas áreas protegidas na região, para garantir a conservação das populações vegetais, visto que as atuais são insuficientes e reforçam a teoria de terras sem valor. Neste estudo foi modelada a distribuição potencial de 54 espécies de morcegos que ocorrem em Mato Grosso do Sul, e apresentam acima de 15 registros diferentes de ocorrência. Todas as espécies modeladas estão representadas dentro da rede de unidades de conservação estaduais, porém, em uma porcentagem muito baixa de suas áreas potenciais de ocorrência. Segundo a informação sobre a distribuição potencial das espécies modeladas, a área de maior adequabilidade ambiental para os morcegos foi no Pantanal do Paraguai, Paiaguás, Nhecolândia e na Serra da Bodoquena. O mapa também apresenta probabilidade média de riqueza potencial em áreas de lacunas de inventários de quirópteros no norte do Pantanal e uma faixa de sudeste a nordeste do estado. O direcionamento de estudos e inventários faunísticos nessas áreas poderá reduzir as lacunas no conhecimento não apenas de espécies de morcegos, mas também para outros grupos taxonômicos além de auxiliar a identificação de áreas prioritárias para a conservação como AICOMs e SICOMs.
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                                  Ecologia espacial e sociobiologia de quatis (Carnivora: Nasua nasua) em uma área do Pantanal da Nhecolândia
                                  Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 01/09/2017
                                  Área ECOLOGIA
                                  Orientador(es)
                                    Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                      Banca
                                      • Beatriz de Mello Beisiegel
                                      • Grasiela Edith de Oliveira Porfirio Petry
                                      • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
                                      • Rita de Cássia Bianchi
                                      Resumo O quati (Nasua nasua) é um carnívoro de médio porte de hábito diurno e crepuscular, que ocorre ao longo da América do Sul. Os quatis são generalistas, se alimentando, principalmente, de frutos e insetos. Devido aos hábitos alimentares e a elevada abundância que esses animais apresentam nos locais onde ocupam é esperado que os quatis desenvolvam um importante papel nas dinâmicas ecológicas florestais. No entanto, pouco se sabe sobre esses animais. Este estudo teve como objetivo descrever a biologia social, área de uso, sobreposição espacial, seleção de habitat e áreas de uso intensivo e recursividade dos quatis. Para melhor compreendermos a ecologia desses animais, também investigamos a viabilidade de localizar os ninhos após as coletas de dados via GPS-telemetria. O estudo foi realizado em uma Fazenda do Pantanal da Nhecolândia, Mato Grosso do sul, entre novembro de 2015 e agosto de 2016. Para capturar os quatis, utilizamos armadilhas do tipo grade e três tipos diferentes de isca. Dez quatis foram equipados com colar-GPS, dos quais oito forneceram dados de movimentação. Durante as capturas, notamos diversas cicatrizes e lacerações nos animais, a maior parte em machos e apenas uma observação em uma fêmea. Durante as atividades de monitoramento, presenciamos uma ocasião em que um quati macho acompanhava um grupo social fora do período reprodutivo, o que não é usual para a espécie. A maior parte das interações entre machos e fêmeas ocorreu durante o período reprodutivo, que neste estudo aconteceu entre os meses de agosto e dezembro. Durante o estudo, registramos a morte de apenas um indivíduo. As investigações dos prováveis ninhos pós-análise de dados foram promissoras e encontramos os locais de dormida entre 62 a 90% das ocasiões. Alguns locais de dormida não resultaram em ninhos, mas foram associados com o uso de palmeiras como local de descanso noturno. Os locais de dormida foram reutilizados em diferentes dias de monitoramento e compartilhados com outros indivíduos da espécie. Os dados de movimentação dos quatis monitorados nos forneceram um total de 29767 localizações (3720 ± 2804), obtidas, em média, durante 36,7 dias (12-59; ± 15,70) de monitoramento por animal. Os quatis apresentaram uma área de uso entre 0,40 a 7,44 km², estimadas pelo método Kernel Fixo 95%. As áreas de uso também foram calculadas pelo método “biased random bridge kernel method/movement based kernel estimation” (BRB). Os valores encontrados a partir dessa abordagem variaram entre 0,41 a 2,40 km² e não diferiram significativamente do primeiro método. De forma geral, os quatis apresentaram diversas áreas de uso intensivo e de recursividade, onde permaneceram um maior tempo médio e para onde retornaram mais vezes. As localizações dos ninhos desses animais coincidiram com essas áreas, o que pode indicar diferentes estratégias de uso do espaço. De forma geral, os quatis selecionaram as florestas em diferentes contextos da ecologia espacial: durante a alocação da área de uso na paisagem, para a localização dos ninhos e durante suas atividades diárias.
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                                      Ecologia espacial e biologia social de quatis (Carnivora: Nasua nasua) em uma área do Pantanal da Nhecolândia
                                      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                      Tipo Artigo Científico
                                      Data 01/09/2017
                                      Área ECOLOGIA
                                      Orientador(es)
                                      • Guilherme de Miranda Mourão
                                      Coorientador(es)
                                        Orientando(s)
                                        • Carolina Martins Garcia
                                        Banca
                                        • Beatriz de Mello Beisiegel
                                        • Grasiela Edith de Oliveira Porfirio Petry
                                        • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
                                        • Rita de Cássia Bianchi
                                        Resumo O quati (Nasua nasua) é um carnívoro de médio porte de hábito diurno e crepuscular, que ocorre ao longo da América do Sul. Os quatis são generalistas, se alimentando, principalmente, de frutos e insetos. Devido aos hábitos alimentares e a elevada abundância que esses animais apresentam nos locais onde ocupam é esperado que os quatis desenvolvam um importante papel nas dinâmicas ecológicas florestais. No entanto, pouco se sabe sobre esses animais. Este estudo teve como objetivo descrever a biologia social, área de uso, sobreposição espacial, seleção de habitat e áreas de uso intensivo e recursividade dos quatis. Para melhor compreendermos a ecologia desses animais, também investigamos a viabilidade de localizar os ninhos após as coletas de dados via GPS-telemetria. O estudo foi realizado em uma Fazenda do Pantanal da Nhecolândia, Mato Grosso do sul, entre novembro de 2015 e agosto de 2016. Para capturar os quatis, utilizamos armadilhas do tipo grade e três tipos diferentes de isca. Dez quatis foram equipados com colar-GPS, dos quais oito forneceram dados de movimentação. Durante as capturas, notamos diversas cicatrizes e lacerações nos animais, a maior parte em machos e apenas uma observação em uma fêmea. Durante as atividades de monitoramento, presenciamos uma ocasião em que um quati macho acompanhava um grupo social fora do período reprodutivo, o que não é usual para a espécie. A maior parte das interações entre machos e fêmeas ocorreu durante o período reprodutivo, que neste estudo aconteceu entre os meses de agosto e dezembro. Durante o estudo, registramos a morte de apenas um indivíduo. As investigações dos prováveis ninhos pós-análise de dados foram promissoras e encontramos os locais de dormida entre 62 a 90% das ocasiões. Alguns locais de dormida não resultaram em ninhos, mas foram associados com o uso de palmeiras como local de descanso noturno. Os locais de dormida foram reutilizados em diferentes dias de monitoramento e compartilhados com outros indivíduos da espécie. Os dados de movimentação dos quatis monitorados nos forneceram um total de 29767 localizações (3720 ± 2804), obtidas, em média, durante 36,7 dias (12-59; ± 15,70) de monitoramento por animal. Os quatis apresentaram uma área de uso entre 0,40 a 7,44 km², estimadas pelo método Kernel Fixo 95%. As áreas de uso também foram calculadas pelo método “biased random bridge kernel method/movement based kernel estimation” (BRB). Os valores encontrados a partir dessa abordagem variaram entre 0,41 a 2,40 km² e não diferiram significativamente do primeiro método. De forma geral, os quatis apresentaram diversas áreas de uso intensivo e de recursividade, onde permaneceram um maior tempo médio e para onde retornaram mais vezes. As localizações dos ninhos desses animais coincidiram com essas áreas, o que pode indicar diferentes estratégias de uso do espaço. De forma geral, os quatis selecionaram as florestas em diferentes contextos da ecologia espacial: durante a alocação da área de uso na paisagem, para a localização dos ninhos e durante suas atividades diárias.
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                                          Remoção Secundária de Diásporos de Jatobá-do-cerrado Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne (Caesalpinioideae)
                                          Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                          Tipo Dissertação
                                          Data 15/05/2017
                                          Área ECOLOGIA
                                          Orientador(es)
                                          • Jose Ragusa Netto
                                          Coorientador(es)
                                            Orientando(s)
                                            • Irídia Maria Leme Barbosa
                                            Banca
                                            • Alan Fecchio
                                            • Celine de Melo
                                            • José Carlos Morante Filho
                                            • Rogerio Rodrigues Faria
                                            • Rudi Ricardo Laps
                                            Resumo A predação e dispersão de sementes moldam a dinâmica populacional e a distribuição
                                            das plantas. A dispersão é a remoção de propágulos para distâncias variadas cujo tipo
                                            mais representativo nos trópicos é a zoocoria, por contribuir para a diversidade de
                                            plantas nos ecossistemas. O Jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa) é uma espécie
                                            arbórea proeminente e seus diásporos são primariamente dispersos pela gravidade e se
                                            acumulam de forma variada sob a copa da árvore. O objetivo desse estudo foi avaliar a
                                            distância de dispersão e o destino dos diferentes diásporos em relação ao tamanho do
                                            diásporo (vagem grande e pequena) e quantidade de recursos presentes (semente com e
                                            sem arilo). Além disso, foi avaliada a distância de dispersão entre período de seca e
                                            chuva, bem como em área onde Jatobá-do-cerrado é comum ou rara. O estudo foi
                                            realizado no Parque Natural Municipal do Pombo, município de Três Lagoas, MS, nos
                                            meses de setembro e novembro de 2015, antes e após a queda dos frutos (dispersão
                                            primária). O experimento consistiu em 24 unidades experimentais, 12 árvores adultas de
                                            Jatobá-do-cerrado no cerrado sentido restrito denso e 12 pontos em campo sujo, em que
                                            quatro tipos de diásporos foram posicionados e marcados para acessar o respectivo
                                            destino. Após 30 dias da montagem do experimento para cada estação realizamos a
                                            coleta dos dados sobre o destino dos diásporos. Em princípio, na estação seca, as vagens
                                            tiveram maiores distâncias (≥ 15 metros) e 100% das vagens foram removidas do local
                                            de origem na área de cerrado sentido restrito, enquanto na estação chuvosa, a maioria
                                            dos diásporos permaneceu intacto. Na área de campo sujo, tanto a estação seca como
                                            chuvosa, as sementes tiveram 78% de remoção, embora tenha ocorrido um aumento de
                                            manipulação das vagens na estação chuvosa. A two-way NPMANOVA indicou o efeito
                                            significativo dos habitats, tipos de diásporo e a interação dos fatores sobre o destino das
                                            vagens e sementes. As vagens por representarem recursos rentáveis percorreram
                                            maiores distâncias, processo que reduz os níveis de mortalidade densidade-dependente.
                                            Depois de manipuladas a longas distâncias, e se abertas, e parte das sementes estocadas
                                            ou não consumidas podem elevar consideravelmente as chances de germinação e
                                            estabelecimento de novos indivíduos
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                                            The costs of parental care and skin-feeding in Leptodactylus podicipinus (Anura: Leptodactylidae)
                                            Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                            Tipo Dissertação
                                            Data 10/05/2017
                                            Área ECOLOGIA
                                            Orientador(es)
                                            • Cynthia Peralta De Almeida Prado
                                            Coorientador(es)
                                              Orientando(s)
                                              • Juan Fernando Cuestas Carrillo
                                              Banca
                                              • Cinthia A. Brasileiro
                                              • Denise C. Rossa-Feres
                                              • María Laura Ponssa
                                              Resumo O cuidado parental é muito diversificado entre as famílias de anuros. As espécies do gênero Leptodactylus exibem diferentes modos reprodutivos, incluindo cuidado parental. Este investimento adicional gera custos que os parentais devem enfrentar. Nós usamos Leptodactylus podicipinus, um membro do grupo de L. melanonotus, como modelo para investigar os custos do cuidado maternal e a interação mãe-prole no Pantanal sul. Fêmeas de L. podicipinus cuidam dos ovos e dos girinos até a metamorfose. Esta dissertação de mestrado é apresentada em dois capítulos. No capítulo 1, medimos os custos do cuidado maternal usando dados de captura-recaptura para comparar variáveis energéticas entre fêmeas cuidadoras e não-cuidadoras (i.e. massa do corpo, massa do corpo adiposo, dos ovários e do volume do conteúdo estomacal). No capítulo 2, estudamos a relação mãe-prole, examinando as características da pele, o trato digestório dos girinos e o comportamento para investigar a ocorrência de dermatotrofia em L. podicipinus. Características da pele foram comparadas entre fêmeas cuidadoras, não-cuidadoras e machos. Fêmeas cuidadoras perderam massa após uma semana, comparadas às fêmeas sem girinos. A massa dos ovários e o volume dos estômagos também foram menores em fêmeas cuidadoras e estômagos vazios ocorreram apenas nessas fêmeas com girinos. Porém, não houve diferença na massa dos corpos gordurosos. Nossos resultados indicam que os benefícios do cuidado parental em L. podicipinus podem impor alguns custos às fêmeas, pois a redução na tomada de alimento e na massa dos ovários podem reduzir o tamanho do corpo e a fecundidade futura. Fêmeas cuidando de girinos exibiram epiderme e estrato esponjoso mais espesso. Além disso, a concentração de lipídeos foi maior na epiderme de fêmeas cuidadoras e encontramos células epiteliais no trato digestório de girinos, sugerindo dermatotrofia em L. podicipinus, o primeiro registro deste tipo de cuidado em Anura.
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                                              Dichogamous sexual system in Cissus spinosa (Vitaceae): floral biology, synchronicity, and visitors
                                              Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                              Tipo Dissertação
                                              Data 17/03/2017
                                              Área ECOLOGIA
                                              Orientador(es)
                                              • Erich Arnold Fischer
                                              Coorientador(es)
                                                Orientando(s)
                                                • Hannah Lois Doerrier
                                                Banca
                                                • Andrea Cardoso de Araujo
                                                • André Rodrigo Rech
                                                • Erich Arnold Fischer
                                                • Felipe Wanderley de Amorim
                                                • Maria Rosangela Sigrist
                                                • SPENCER CHARLES HILTON BARRETT
                                                Resumo A separação de órgãos sexuais masculinos e femininos em angiospermas é essencial para o seu sucesso
                                                reprodutivo, temporalmente ou espacialmente, pois reduz o autocruzamento e a auto-interferência, e
                                                produz proles mais saudáveis. A dicogamia é uma dessas estratégias com várias subcategorias
                                                relacionadas ao momento específico em que ocorre a maturação e apresentação de estames e pistilos,
                                                tornando-a um fenômeno de diagnóstico complexo, que se acredita ter evoluído para evitar a
                                                autopolinização. Em particular, a sincronização do surgimento de estruturas reprodutivas masculinas e
                                                femininas, dentro das flores, em inflorescências, e em toda planta é um aspecto essencial para evitar a
                                                autofecundação de espécies de plantas dicogâmicas. Além disso, para garantir o sucesso reprodutivo, as
                                                espécies dicogâmicas necessitam de vetores de pólen, como insetos, que visitam as flores masculinas e
                                                femininas para garantir o fluxo de pólen ea produção de sementes. Neste trabalho, investiguei o sistema
                                                sexual e reprodutivo da espécie de liana Cissus spinosa (Vitaceae) no Pantanal brasileiro, que foi
                                                preliminarmente observada como uma espécie com protandria aparentemente sincronizada,
                                                posteriormente questionamos: qual é o sistema sexual de dicogâmico específico e o sistema de
                                                acasalamento desta espécie e quais são os potenciais polinizadores e visitantes florais? Utilizando
                                                espécimes da liana escandente Cissus spinosa no campo, fiz observações da biologia floral, coletas de
                                                todos os estágios do desenvolvimento floral (isto é, fase reprodutiva), sistema de acasalamento e
                                                visitação floral entre os anos de 2014-2016. Através da análise de dados sobre morfologia floral e
                                                maturação de estames e pistilo ao longo do tempo, verifiquei que Cissus spinosa apresentou uma
                                                dicogamia síncrona de vários ciclos, com flores protândricas que apresentavam um alto nível de
                                                sincronização dentro e entre inflorescências de plantas individuais. Cissus spinosa é auto-compatível,
                                                formando frutos em todos os tratamentos do teste do sistema de acasalamento. Os polinizadores
                                                potenciais foram abelhas Apidae, tais como Apis mellifera e Trigona spinipes, juntamente com espécies
                                                de Crabronidae e Vespidae. Outros visitantes incluíram besouros (Chrysomelidae), borboletas
                                                (Nymphalidae), e moscas (Sacrophagidae & Syphridae). Em geral, o tipo de dicogamia aqui relatado
                                                pode ser uma estratégia que ocorre para evitar a autofecundação nesta espécie autocompatível, uma vez
                                                que as inflorescências são sincronicamente masculinas ou femininas e as plantas dentro da mesma área
                                                3



                                                oferecem ambas as fases florais consistentemente ao longo do dia. Esta pesquisa representa o primeiro
                                                relato para este tipo específico de dicogamia no grande gênero de Cissus e pode apontar tendências entre
                                                este gênero ou família, especialmente aquelas em regiões tropicais.
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                                                Efeito da perda de habitat associados a impactos hidrelétricos sobre uma comunidade de borboletas frugívoras no sudoeste da Floresta Amazônica brasileira
                                                Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                                Tipo Dissertação
                                                Data 07/03/2017
                                                Área ECOLOGIA
                                                Orientador(es)
                                                • Danilo Bandini Ribeiro
                                                Coorientador(es)
                                                  Orientando(s)
                                                  • Débora Leite Rodrigues do Carmo
                                                  Banca
                                                  • André Victor Lucci Freitas
                                                  • Danilo Bandini Ribeiro
                                                  • Fabio de Oliveira Roque
                                                  • Gustavo Graciolli
                                                  Resumo Empreendimentos hidrelétricos estão sendo implementados em diversas regiões do
                                                  mundo e particularmente na Amazônia. As usinas hidrelétricas causam diversos impactos
                                                  ambientais, mas pouco se sabe sobre como essas atividades afetam a biodiversidade do
                                                  local onde são construídas. Se faz necessário identificar esses efeitos ambientais para
                                                  perspectivas de conservação, e pode-se utilizar sistemas cartográficos e bioindicadores
                                                  para avaliá-los. Assim sendo, o objetivo deste trabalho é identificar os impactos de
                                                  supressão vegetal causado por uma represa em uma área no sudoeste da Amazônia
                                                  brasileira e verificar como a comunidade de borboletas frugívoras da região respondeu as
                                                  consequentes mudanças na paisagem. A área de estudo possui uma vegetação
                                                  predominantemente ombrófila aberta e o clima da região é classificado como quente
                                                  úmido. Nas análises de supressão vegetal, foram utilizadas informações sobre a
                                                  construção da hidrelétrica e imagens de satélite para determinar a extensão dos impactos
                                                  sobre a floresta. Para avaliar as modificações na estrutura da comunidade de borboletas,
                                                  foi conduzido um monitoramento de 16 campanhas em quatro módulos na região de
                                                  análise e diversos parâmetros de diversidade da comunidade foram analisados. As seis
                                                  primeiras campanhas do monitoramento correspondem a época antes do impacto de
                                                  inundação de áreas ocasionado com finalização da represa, e as 10 ultimas são referentes
                                                  à depois do impacto. As análises da paisagem mostram que uma grande extensão de
                                                  floresta foi suprimida com alagamentos e desmatamentos em virtude das obras da usina,
                                                  alterando assim a paisagem na região. Desde o começo da usina houve uma perda de 4%
                                                  de cobertura florestal na paisagem e ocorreu mais de 900 km² de desmatamento.
                                                  Atualmente resta cerca de 77% de cobertura florestal dentro da paisagem. Durante o
                                                  monitoramento das borboletas, foram amostrados 2164 indivíduos pertencentes a 117
                                                  espécies e quatro subfamílias. A riqueza da comunidade total foi maior antes do impacto.
                                                  10

                                                  Porém, depois do impacto o sub-bosque apresentou maior diversidade, e também neste
                                                  estrato duas tribos aumentaram em abundância e uma tribo aumentou em riqueza após a
                                                  perturbação. Isso pode ter ocorrido devido ao favorecimento de borboletas de áreas
                                                  abertas e impactadas nos níveis mais baixos da floresta. Além disso, as ordenações
                                                  indicaram uma homogeneização biótica dentro da comunidade, provavelmente devido ao
                                                  favorecimento dos mesmos tipos de organismos e a exclusão de outros após o impacto.
                                                  Não houve diminuição na diversidade geral da comunidade, mesmo assim as borboletas
                                                  frugívoras responderam às alterações na paisagem, se mostrando novamente eficientes
                                                  indicadoras ecológicas.

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                                                  Araneofauna estruturada em gradiente urbano-rural independente da paisagem e da estrutura vegetal
                                                  Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                                  Tipo Dissertação
                                                  Data 06/03/2017
                                                  Área ECOLOGIA
                                                  Orientador(es)
                                                  • Josue Raizer
                                                  Coorientador(es)
                                                    Orientando(s)
                                                    • Juliana Martinho Saraiva
                                                    Banca
                                                    • Alexandre Bragio Bonaldo
                                                    • Antonio Domingos Brescovit
                                                    • Danilo Bandini Ribeiro
                                                    • Eduardo Martins Venticinqüe
                                                    • Josue Raizer
                                                    • Rafael Dettogni Guariento
                                                    Resumo A urbanização é destacada como um dos principais fatores relacionados a perda de
                                                    biodiversidade, porém nem todos os grupos de animais são afetados da mesma maneira
                                                    por esse processo. Nós avaliamos os efeitos da urbanização sobre a comunidade de
                                                    aranhas ao longo de um gradiente urbano-rural em escala local e de paisagem. As aranhas
                                                    foram coletadas com guarda-chuva entomológico em 15 fragmentos, onde foram tomadas
                                                    medidas de estrutura vertical da vegetação, as quais representaram os efeitos locais e
                                                    medidas de componentes da matriz circundante desses fragmentos através de imagens de
                                                    satélite, que representaram os efeitos da paisagem. A composição de espécies variou entre
                                                    áreas urbanas e rurais, com espécies ocorrendo exclusivamente em fragmentos rurais,
                                                    assim como em fragmentos urbanos. Em áreas da periferia urbana várias espécies foram
                                                    comuns aquelas das demais áreas. A comunidade de aranhas não respondeu a estrutura
                                                    da vegetação e nem a composição da paisagem ao redor dos fragmentos, o que pode ser
                                                    explicado pela alta diversidade de uso de habitat do grupo estudado (aranhas do estrato
                                                    arbustivo), uma vez que as respostas são mais claras quando o grupo alvo pertence a uma
                                                    mesma guilda. Portanto, há variação na composição de espécies de aranhas ao longo do
                                                    gradiente urbano-rural, mas essa variação não depende da estrutura vegetal dos
                                                    fragmentos e dos elementos da paisagem que circundam os remanescentes florestais.
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                                                    Efeito da perda e fragmentação florestal sobre a comunidade de Psitacídeos
                                                    Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                                    Tipo Dissertação
                                                    Data 16/12/2016
                                                    Área ECOLOGIA
                                                    Orientador(es)
                                                    • Maria João Veloso da Costa Ramos Pereira
                                                    Coorientador(es)
                                                      Orientando(s)
                                                      • Cármen Sofia Lourenço Lemos Dionísio
                                                      Banca
                                                      • Cintia Cornelius Frische
                                                      • Gláucia Helena Fernandes Seixas
                                                      • José Augusto Alves
                                                      • Jose Manuel Ochoa Quintero
                                                      • Rafael Dettogni Guariento
                                                      Resumo A perda e degradação do habitat a partir da intensa alteração ambiental, resultante de
                                                      atividades antropogênicas, têm efeitos diretos ou indiretos sobre toda a biodiversidade e
                                                      consequentemente sobre a avifauna. Assim, o futuro da proteção e conservação da
                                                      biodiversidade irá implicar um manejo em paisagens cada vez mais antropizadas. Desta
                                                      forma, estudos que considerem fatores da paisagem como a cobertura vegetacional e o
                                                      tamanho do fragmento são cruciais para fazer previsões acerca do efeito do uso do solo
                                                      sobre as comunidades animais e conceber estratégias de gestão eficazes. De forma a
                                                      investigar como as espécies respondem a alterações ambientais, utilizámos as espécies da
                                                      família Psittacidae como modelo. Neste estudo, procurámos avaliar como a comunidade
                                                      de psitacídeos responde aos efeitos da fragmentação florestal e perda de habitat numa
                                                      região do Cerrado. Para tal, analisámos como a riqueza, abundância relativa e
                                                      composição de espécies variam entre paisagens com diferentes coberturas florestais e
                                                      entre fragmentos florestais com diferentes tamanhos. Os nossos resultados indicam que a
                                                      variação observada na riqueza e abundância relativa de psitacídeos não está relacionada
                                                      com a cobertura florestal. No entanto, a composição de psitacídeos varia entre as
                                                      diferentes coberturas florestais das diferentes paisagens analisadas. O tamanho do
                                                      fragmento também não explica as diferenças na variação de riqueza, abundância relativa
                                                      e diversidade de psitacídeos. Além disso, detectamos mais duas espécies de psitacídeos
                                                      para a região da Serra da Bodoquena – Aratinga auricapillus e Forpus xanthopterygius,
                                                      do que os anteriormente descritos na literatura. Os psitacídeos não mostraram um efeito
                                                      claro na resposta às alterações ambientais, provavelmente relacionado com a sua
                                                      capacidade de dispersão para atividades tais como a procura de alimento. Estas espécies,
                                                      distribuídas pelas diferentes coberturas florestais e pelos diferentes tamanhos de
                                                      fragmentos, mostram assim uma resposta positiva à
                                                      indicamos medidas para mitigar os impactos futuros da perda de habitat e sugerimos
                                                      espécies prioritárias para a conservação.
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                                                      Influência da variação interanual das inundações no Pantanal sobre a abundância das populações de dois mamíferos ameaçados: o cervo do pantanal (Blastocerus dichotomus Illiger, 1811) e o veado campeiro (Ozotoceros bezoarticus Linnaeus, 1758)
                                                      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                                      Tipo Dissertação
                                                      Data 24/06/2016
                                                      Área ECOLOGIA
                                                      Orientador(es)
                                                      • Marcelo Oscar Bordignon
                                                      Coorientador(es)
                                                        Orientando(s)
                                                        • Guellity Marcel Fonseca Pereira
                                                        Banca
                                                        • Helena De Godoy Bergallo
                                                        • José Mauricio Barbanti
                                                        • Liliani Marilia Tiepolo
                                                        • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
                                                        • Marcelo Oscar Bordignon
                                                        • Roger Rodrigues Torres
                                                        Resumo Em ambientes inundáveis as populações de diversas espécies podem variar devido à
                                                        heterogeneidade temporal e espacial nas comunidades de plantas e da produtividade de
                                                        ecossistemas, mediadas pela duração e intensidade das inundações. O presente estudo
                                                        objetivou avaliar a relação entre a variação da densidade de cervo-do-pantanal
                                                        (Blastocerus dichotomus) e veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus) e a variação nas
                                                        inundações no Pantanal, bem como analisar a magnitude dos efeitos de mudanças
                                                        climáticas sobre a abundância destas espécies. As densidades foram obtidas através de
                                                        levantamentos aéreos cobrindo toda a planície inundável, e foi encontrada uma relação
                                                        significativa entre inundação e densidade apenas para o cervo-do-pantanal. A densidade
                                                        desta espécie variou de 0,16 a 0,32 indivíduos/km² (população máxima estimada em
                                                        44800 ± 7686 indivíduos), enquanto a densidade de veado-campeiro variou de 0,11 a
                                                        0,25 grupos/km² (população máxima estimada de 34800 ± 6369 grupos) durante os oito
                                                        levantamentos aéreos realizados entre 1991-2004. Frente os cenários mais recentes de
                                                        mudanças na precipitação em toda a Bacia do Alto Paraguai, estimamos declínios de
                                                        10% a 25% nas populações de cervo cujas probabilidades de ocorrência são de 85 e
                                                        60%, respectivamente, até 2040, e declínios críticos de 50% a 75% nas populações cujas
                                                        probabilidades são 55% e 60%, respectivamente, até 2100. Sob esta perspectiva, os
                                                        impactos de mudanças climáticas podem ainda ser agravados pela sinergia com
                                                        alterações ambientais que interferem na hidrologia do Pantanal, tais como projetos de
                                                        aproveitamentos hidroelétricos, intervenções nos principais rios para melhorar a
                                                        navegação e canais de drenagem em áreas úmidas.
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                                                        Variação da abundância de Physalaemus biligonigerus (Cope, 1861) (Anura: Leptodactylidae) sob influência da estrutura do habitat e paisagem em área de planície inundável, Brasil
                                                        Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                                        Tipo Dissertação
                                                        Data 23/06/2016
                                                        Área ECOLOGIA
                                                        Orientador(es)
                                                        • Vanda Lucia Ferreira
                                                        Coorientador(es)
                                                          Orientando(s)
                                                          • Pedro Henrique Pereira de Jesus
                                                          Banca
                                                          • Antonio Conceicao Paranhos Filho
                                                          • Christine Strüsmann
                                                          • Cynthia Peralta De Almeida Prado
                                                          • Diego Jose Santana Silva
                                                          • Milton Cezar Ribeiro
                                                          • Vanda Lucia Ferreira
                                                          Resumo As características da estrutura do habitat e da paisagem são determinantes na
                                                          compreensão dos padrões de distribuição, diversidade, riqueza e abundância dos
                                                          anfíbios. A influência do habitat em micro e mesoescala nos parâmetros populacionais
                                                          dos anfíbios é cada vez mais evidente, e cada espécie responde a esses efeitos de
                                                          diferentes formas. Diante disso, investigamos a influência do habitat ao nível de
                                                          microescala e mesoescala na abundância de Physalaemus biligonigerus em uma área da
                                                          porção oeste da sub-região do Pantanal da Nhecolândia. Os indivíduos foram
                                                          amostrados através de armadilhas de interceptação e queda com cerca-guia entre 2008 a
                                                          2014. A abundância de rã-chorona (n = 659) variou ao longo dos anos e campanhas,
                                                          porém, a espécie foi mais abundante na estação úmida. O modelo linear misto
                                                          demonstrou que o índice de umidade por diferença normalizada e a distância da água
                                                          exercem influência significativa sobre a abundância ponderada de P. biligonigerus. Na
                                                          análise de variância, a porcentagem de campo limpo também foi um preditor
                                                          importante, e a mesma interage de modo expressivo com a distância da água. Isso
                                                          demonstra que P. biligonigerus predomina nas áreas de campos e menos distantes da
                                                          água. Nossos resultados evidenciam a influência da configuração da paisagem sobre a
                                                          abundância de P. biligonigerus.
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                                                          Estruturação espaço-temporal, funcional e filogenética de borboletas frugívoras em diferentes estratos verticais de uma Floresta Estacional Semidecidual
                                                          Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                                          Tipo Dissertação
                                                          Data 30/05/2016
                                                          Área ECOLOGIA
                                                          Orientador(es)
                                                          • Danilo Bandini Ribeiro
                                                          Coorientador(es)
                                                            Orientando(s)
                                                            • Poliana Felix Araujo
                                                            Banca
                                                            • Danilo Bandini Ribeiro
                                                            • Fabio de Oliveira Roque
                                                            • Leandro da Silva Duarte
                                                            • Lucas Augusto Kaminski
                                                            • Nicolas Oliveira Mega
                                                            • Nicolay Leme da Cunha
                                                            Resumo Uma das principais perguntas em ecologia de comunidades é entender os fatores que
                                                            afetam a distribuição e composição de espécies no espaço e no tempo. Neste contexto, a
                                                            estratificação vertical da vegetação tem sido apontada como um importante estruturador da composição de espécies dos mais diferentes táxons, uma vez que os estratos
                                                            apresentam diferenças em seus fatores abióticos. No presente estudo buscamos avaliar se a assembleia de borboletas frugívoras estaria estruturada diferentemente entre os estratos
                                                            verticais no Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Este trabalho buscou avaliar, além da composição de espécies, já mostrada em trabalhos anteriores, a diversidade funcional
                                                            e a associação filogenética dos organismos em cada estrato vertical. Para isso, utilizamos armadilhas com iscas atrativas dispostas alternadamente entre o sub-bosque e o dossel ao
                                                            longo de seis transecções independentes no PARNA Serra da Bodoquena. Em um ano de
                                                            amostragem foram registrados 4230 indivíduos, distribuídos em 63 espécies de borboletas
                                                            frugívoras. O sub-bosque foi o estrato mais rico e abundante, enquanto que o dossel apresentou maior diversidade, provavelmente pela alta dominância da espécie Eunica
                                                            Macris no subosque. Porém, observamos um padrão de estratificação vertical sazonal,
                                                            onde verificamos uma inversão nos valores relativos de riqueza e abundância nos meses mais frios, sendo o dossel o estrato mais rico e abundante neste período. A composição
                                                            de espécies diferiu significativamente entre os dois estratos, e todas as subfamílias estiveram presentes tanto no dossel quanto no sub-bosque; a tribo Morphini, pertencente
                                                            a subfamília Satyrinae, ocorreu exclusivamente no sub-bosque. Embora não saibamos exatamente quais os fatores que determinam esta estruturação vertical na assembleia de
                                                            borboletas frugívoras, uma das possíveis hipóteses seriam os fatores abióticos (luminosidade) e/ou bióticos como a distribuição de plantas hospedeiras e a predação. De
                                                            forma geral, sugerimos que a estruturação da assembleia de borboletas frugívoras ao longo dos estratos verticais no PARNA Serra da Bodoquena é em parte determinada pela
                                                            variação nos fatores ambientais entre os estratos, que atua como um filtro selecionando espécies com determinadas características funcionais; todavia, este filtro não é
                                                            filogenético, ou seja, o grau de relacionamento entre as espécies que ocorrem em um estrato não é significativamente diferente do de espécies que ocorrem em estratos
                                                            diferentes. Alguns atributos medidos nestes organismos diferiram significativamente entre os estratos verticais, estando estes atributos correlacionados ao voo e à
                                                            termorregulação. Em borboletas, existem muitos aspectos diferentes relacionados ao voo (velocidade, duração, agilidade, manobrabilidade). A velocidade do voo é positivamente
                                                            correlacionada com a menor amplitude da asa, comprimento e largura do tórax, enquanto que a massa relativa do abdómen é negativamente relacionada à velocidade do voo; em
                                                            geral, voos mais lentos conferem ao organismo maior manobrabilidade. Nesse contexto, a diferenciação funcional entre os estratos verticais encontrada no presente trabalho, pode
                                                            estar relacionada a diferentes estratégias de defesa contra a predação, devido suas características morfológicas e de voo; ainda, pode haver relação direta com biologia
                                                            termal das espécies, que juntas podem auxiliar na fuga contra predadores. Como conclusão, observamos que as espécies de borboletas frugívoras se distribuem
                                                            diferentemente entre o sub-bosque e o dossel. Essa diferença encontrada na composição da assembleia de borboletas frugívoras, associada à diferença funcional, sugere que os
                                                            estratos são fundamentalmente distintos quanto as suas condições bióticas e/ou abióticas, mesmo em uma floresta de menor porte, como a Serra da Bodoquena, que apresenta o
                                                            estrato de sub-bosque e dossel mais próximos um do outro se comparada à Mata Atlântica e à Amazônia. Além disso, constatamos um agrupamento funcional e não filogenético
                                                            entre os estratos verticais; desta forma, podemos sugerir que os processos ecológicos e não os fatores históricos foram preponderantes na estruturação funcional da assembleia
                                                            de borboletas frugívoras entre o sub-bosque e o dossel.
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                                                            Comportamento, uso de recursos e influência de Apis mellifera na rede de interações entre abelhas e plantas
                                                            Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                                            Tipo Dissertação
                                                            Data 23/05/2016
                                                            Área ECOLOGIA
                                                            Orientador(es)
                                                            • Josue Raizer
                                                            Coorientador(es)
                                                              Orientando(s)
                                                              • Júnior Henrique Frey Dargas
                                                              Banca
                                                              • Andrea Cardoso de Araujo
                                                              • Denise Lange
                                                              • Marco Aurelio Ribeiro De Mello
                                                              • Pietro Kiyoshi Maruyama Mendonça
                                                              • Rogerio Rodrigues Faria
                                                              • Rudi Ricardo Laps
                                                              Resumo Neste estudo investigamos as preferências florais, o uso de recursos, o comportamento e
                                                              a importância de A. mellifera em rede de interações plantas-abelhas no Pantanal. Apis
                                                              melllifera foi registrada visitando 36 espécies vegetais, sendo que em 81% das visitas,
                                                              atuou como polinizador. Durante as visitas, a maior parte destas abelhas coletou apenas
                                                              néctar (42%) ou néctar e pólen (36%), e apenas uma menor proporção (22%) coletou
                                                              exclusivamente pólen. Abelhas nativas atuaram predominantemente como
                                                              polinizadoras, exceto Trigona spinipes que atua como pilhador de recursos florais. A
                                                              modularidade nas redes de abelhas e espécies vegetais não foi significativa, sendo
                                                              evidenciado alto aninhamento da rede, sobretudo pela elevada presença de espécies
                                                              generalistas. Após a de remoção da espécie exótica A. mellifera da rede, houve um
                                                              decréscimo do aninhamento, mas a modularidade continuou não sendo significativa,
                                                              evidenciando a importância de A. mellifera no aumento do aninhamento da rede.
                                                              Comparando-se as interações de T. spinipes e A. mellifera não houve diferença
                                                              significativa entre o grau e a centralidade. Apis mellifera demonstrou-se
                                                              supergeneralista, não sendo evidenciadas preferências florais por essa espécie. Sendo
                                                              assim, mostramos aqui que a ocorrência de Apis mellifera, uma espécie exótica
                                                              altamente generalista, altera a estrutura das redes de interação promovendo um alto
                                                              aninhamento, e dimuição da modularidade da rede.
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                                                              Adequação da bacia do Alto Rio Paraná para a reintrodução de ariranhas (Pteronura brasiliensis)
                                                              Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                                              Tipo Dissertação
                                                              Data 09/05/2016
                                                              Área ECOLOGIA
                                                              Orientador(es)
                                                              • Guilherme de Miranda Mourão
                                                              Coorientador(es)
                                                                Orientando(s)
                                                                • Luna Carinyana Silvestre
                                                                Banca
                                                                • Carolina Ribas Pereira
                                                                • Caroline Leuchtenberger
                                                                • Erich Arnold Fischer
                                                                • Jose Manuel Ochoa Quintero
                                                                • Juliana Quadros
                                                                • Yzel Rondon Súarez
                                                                Resumo A bacia do Paraná é considerada área de distribuição histórica das ariranhas (Pteronura brasiliensis).
                                                                Avaliar a ocorrência de ariranhas em áreas de distribuição histórica e identificar áreas para possível
                                                                reintrodução da espécie na bacia são metas do Plano de Ação Nacional para Ariranhas- ICMBio. A
                                                                reintrodução de uma espécie, no entanto, poderá funcionar apenas se a espécie em questão encontrar
                                                                condições adequadas na nova paisagem, sendo necessários estudos que procurem identificar a
                                                                adequabilidade da paisagem para dar suporte a estratégias como esta. Os objetivos deste trabalho consistem
                                                                em (i) averiguar a presença de ariranhas em trechos de rios da bacia do Alto Rio Paraná; (ii) determinar
                                                                variáveis ambientais que favorecem a probabilidade de ocorrência de estruturas construídas pelas ariranhas;
                                                                (iii) determinar se características ambientais de trechos de corpos d’água podem ser usadas para alocá-los
                                                                em categorias segundo a ocorrência conhecida de ariranhas. Para isso percorri trechos da bacia do Alto Rio
                                                                Paraná e da bacia do Alto Rio Paraguai, no Pantanal a procura de vestígios de P. brasiliensis. Sinais de
                                                                presença e ausência da espécie foram amostrados quanto a variáveis ambientais que pudessem estar
                                                                correlacionadas à seleção de habitat. Um modelo de regressão logística foi utilizado para prever a
                                                                probabilidade de algum ponto específico do barranco ser usado por ariranhas, baseado em vestígios deixados
                                                                por elas e uma Análise de Coordenadas Principais (PCoA) foi utilizada para responder se e quais
                                                                características ambientais ordenam a ocorrência de ariranhas nesses trechos e se há disponibilidade destas
                                                                características na bacia do Alto Rio Paraná. Não foram encontrados quaisquer vestígios de ariranhas na
                                                                bacia do Paraná. O modelo logístico indicou que a probabilidade de se encontrar vestígios de ariranhas
                                                                diminui com o aumento da velocidade dos corpos d’água e aumenta conforme o aumento da largura da mata
                                                                riparia. Com a PCoA foi possível identificar que as variáveis velocidade do corpo d’água, textura do solo,
                                                                largura da mata riparia, condutividade da água, inclinação e distância de cidades estão correlacionadas a
                                                                presença de ariranhas em trechos de rios. Os dois primeiros eixos da ordenação PCoA mostraram que as
                                                                bacias do Alto Rio Paraná e Alto Rio Paraguai diferem quanto as características de corpos d’água e sugerem
                                                                que os trechos amostrados na bacia do Alto Rio Paraná não reúnem muitas das características relacionadas
                                                                com a presença de sinais de ariranhas.
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