Estimativa populacional, dispersão e uso das hospedeiras por Quesada gigas Olivier 1790 (Hemiptera: Cicadidae) |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
02/05/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Fabio de Oliveira Roque
- Jairo Campos Gaona
- Paulo de Marco Junior
- Silvio Shigueo Nihei
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Resumo |
1. A emergência e vida adulta da cigarra-do-cafeeiro Quesada gigas Olivier 1790 foi monitorada em um ambiente urbano gramado e arborizada.
2. Foram coletadas manualmente todas as exúvias presentes nas árvores (5930) e os adultos foram capturados com rede entomológica e marcados com tinta acrílica. Cada cigarra (801) e cada árvore (382) foram registradas com números de referência individuais.
3. Cigarras marcadas e recapturadas permitiram estimar o tamanho da população da área em comparação com o número de exúvias. A distância entre os pontos de captura e recapturas foram medidos como estimativa da dispersão dos indivíduos. Três espécies arbóreas comuns na área tiveram o número acumulado de exúvias quantificado para comparação quanto ao seu uso com hospedeiras.
4. A análise de semelhança de proporções se mostrou eficaz na estimativa populacional quando comparada ao acumulado de cigarras nesse período. Distintos padrões de deslocamento entre sexos foram encontrado, além de diferenças no uso das hospedeiras locais por Quesada gigas. |
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REDE DE INTERAÇÕES ENTRE BEIJA-FLORES (AVES: TROCHILIDAE) E AS FLORES QUE VISITAM NO PANTANAL DO MIRANDA, MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/04/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Caio Graco Machado Santos
- Erich Arnold Fischer
- Isabela Galarda Varassin
- Jose Ragusa Netto
- Paulo Roberto Guimarães Junior
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Resumo |
Este estudo teve como objetivos investigar quais espécies de plantas são visitadas por beija-flores, conhecer as espécies de beija-flores da área de estudo e avaliar a estrutura da rede de interações entre estas aves e as espécies de plantas que visitaram no Morro do Azeite e seu entorno. Este estudo foi realizado durante 12 meses em expedições mensais de quatro dias, no Pantanal do Miranda, Mato Grosso do Sul Foram registrados para as plantas, o hábito, número de flores abertas, morfologia floral e coloração predominante da corola. Foram mensuradas também a concentração e o volume de néctar. Em todas as espécies de plantas floridas foram realizadas observações focais para o registro de visitas de beija-flores. A amostragem da comunidade de beija-flores foi feita através de capturas, utilizando redes de neblina, bem como através de visualizações ocasionais durante percursos na área de estudo. Foram registradas 15 espécies de plantas visitadas por beija-flores, sendo dez ornitófilas e cinco não ornitófilas; entre as plantas visitadas predominou o hábito herbáceo. A média do volume e concentração de néctar das flores ornitófilas foi de 31,92 ± 26,77 μl e 23,86 ± 5,15% respectivamente. Nas não ornitófilas foi de 30,28 ± 19,7 μl e 22,81 ± 7,82%. O pico de floração das flores visitadas pelos beija-flores se concentrou no final da estação seca e inicio da estação chuvosa (setembro-novembro). A densidade de flores não ornitófilas registrada no estudo foi mais baixa que a de flores ornitófilas. Foram observadas quatro espécies de beija flores na área: Anthracothorax nigricollis, Eupetomena macroura, Hylocharis chrysura e Phaethornis subochraceus. A rede de interações teve tamanho (S) 19 e conectância (C) 56,67%. O grau médio para a comunidade de beija-flores () foi de 8,25 e para a
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comunidade de plantas () foi de 2,2. Hylocharis chrysura e P. subochraceus participaram de quase 80% das interações. Dentre as plantas, Inga vera e Psittacanthus cordatus apresentaram 23% das interações. O NODF indicou aninhamento da rede de interações. As plantas apresentaram maior dependência nas interações e a força total de interação foi maior para as espécies de beija-flores. Hylocharis chrysura e P. subochraceus foram os mais centrais na rede, sendo também os mais generalistas e importantes polinizadores para as espécies vegetais neste ambiente. Devido ao fato de floresceram por longo período e apresentarem grande numero de flores abertas por dia, P. cordatus e I. vera podem ser consideradas importantes recursos para os beija-flores na área estudada. |
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Estrutura das infracomunidades de artrópodos ectoparasitos em morcegos no Pantanal Miranda-Abobral, Mato Grosso do Sul, Brasil |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/03/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Fernando Paiva
- Luiz Eduardo Roland Tavares
- Mauricio Osvaldo Moura
- Michel Paiva Valim
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Resumo |
Foram capturados 704 morcegos pertencentes a 26 espécies. As espécies de morcegos mais abundantes foram Artibeus planirostris (46,4%), Platyrrhinus lineatus (19,4%), Myotis nigricans (6.8%) e Noctilio albiventris (6,25%). Entre os morcegos coletados, 526 (23 espécies) estavam parasitados com 5090 artrópodos ectoparasitos distribuídos nas famílias Streblidae, Nycteribiidae, Spinturnicidae, Macronyssidae, Chirodiscidae, Sarcoptidae, Myobiidae, Argasidae, Trombiculidae, Ischnopsyllidae, Polyctenidae e Cimicidae. O objetivo deste estudo foi descrever e quantificar a comunidade de artrópodos ectoparasitos de morcegos coletados no Pantanal Miranda-Abobral e calcular o índice de especificidade ao hospedeiro. As maiores prevalências encontradas foram para os estreblídeos Paradyschiria parvula e Noctiliostrebla maai em Noctilio albiventris e Trichobius costalimai em P. discolor, enquanto a espécie Parakosa rectipes (Chirodiscidae) apresentou maior intensidade média por hospedeiro. A maioria dos ectoparasitos apresentou valor de Índice de especificidade acima de 0,7, o que significa que estas espécies possuem alta especificidade de hospedeiro. |
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Morcegos do cerrado maranhense: infestação por moscas ectoparasitas e respostas às alterações na estrutura da paisagem |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Ciro Libio Caldas dos Santos
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Banca |
- Adevair Henrique da Fonseca
- Carlos Eduardo Lustosa Esbérard
- José Luís Passos Cordeiro
- Luiz Eduardo Roland Tavares
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Resumo |
Neste trabalho descrevemos as respostas das populações e taxocenoses de morcegos à quantidade de hábitat das principais fisionomias existentes em áreas de cerrado. Apresentamos aqui a primeira tentativa de avaliar as respostas dos filostomídeos, a partir de diferentes escalas focais, à proporção dos tipos de fisionomias do cerrado. Realizamos cinco noites de captura em 10 pontos amostrais, de janeiro a maio de 2011, em uma área de cerrado (stricto sensu) localizada no limite norte do cerrado brasileiro. Utilizamos três classes de cobertura do solo relacionadas às espécies e taxocenoses de morcegos: vegetação arbórea (VA), cerrado (stricto sensu) (CS) e áreas abertas (AB). Analisamos as respostas à proporção de VA, CS e AB em escalas focais concêntricas (de 0,5 km, 1 km e 3 km de raio) delineadas em cada ponto. Capturamos 393 morcegos pertencentes a 23 espécies e 16 gêneros da família Phyllostomidae. Com exceção de D. cinerea e D. rotundus, as espécies e índices ecológicos foram mais relacionados às fisionomias de cerrado com maior quantidade de vegetação arbórea, associando-se positivamente a VA e negativamente a CS e a AB. A associação da maioria das espécies a uma maior proporção e proximidade (i.e., respostas em menores escalas) das áreas de VA destaca o papel das zonas ripárias para a manutenção destas populações. Estes resultados ressaltam a necessidade de políticas conservacionistas que visem à proteção dos diversos tipos de fisionomias dentro das reservas legais a serem criadas em áreas de cerrado. |
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"Variação temporal e estrutura trófica da comunidade de peixes do pantanal do Paraguai" |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Emiko Kawakami de Resende
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Francisco de Paula Severo da Costa Neto
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Banca |
- Carlos Eduardo Corrêa
- Jansen Alfredo Sampaio Zuanon
- Luiz Fernando Duboc da Silva
- Yzel Rondon Súarez
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Resumo |
O pulso de inundação é a maior força controladora da biota em sistemas de rios e planícies de inundação. O aporte alóctone oriundo da vegetação inundada, somado a uma grande disponibilidade autóctone associada com produtividade primária submersa, fornecem grande diversidade e abundância de recursos. Nesse sistema os peixes são os maiores consumidores e beneficiados com os recursos disponíveis, como abrigo e alimento. Apesar da disponibilidade de recursos favorecer o hábito alimentar generalista dos peixes, alguns trabalhos evidenciam a permanência de espécies de peixes em determinadas categorias tróficas ao longo das estações hidrológicas. Tendo em vista o papel dos peixes na complexidade de teias tróficas em planícies de inundação tropicais, o objetivo deste trabalho é verificar se há influência do pulso de inundação na estrutura da comunidade e trófica da ictiofauna de um ambiente inundável no pantanal do Paraguai. Foram identificadas 158 espécies de peixes. A estrutura da comunidade de peixes foi influenciada pela inundação e tanto a abundância como a riqueza responderam negativamente ao maior aporte de água. A diversidade Beta foi maior para os períodos de seca. A partir da dieta de 153 espécies de peixes, foram determinados 10 grupos tróficos, os quais também foram influenciados significativamente pelo pulso de inundação. Onívoros foi o grupo com maior representatividade em números de riqueza e abundância em todas as estações hidrológicas, enquanto zooplanctívoros estiveram mais presentes principalmente nos períodos de águas altas. A queda da diversidade Beta durante as cheias é algo esperado em planícies de inundação pois a inundação age como um fator de homogeneização, que a longo prazo age contribuindo no aumento da diversidade do ecossistema através destes distúrbios sazonais. Apesar de ser significativa a relação entre a estruturação trófica e a altura do rio, categorias tróficas como: insetívoros/ictiófagos, onívoros e ictiófagos aparentemente não sofreram mudanças durante as estações. A partir destes dados e do turnover entre estações é possível concluir que as espécies dentro das categorias tróficas sofrem sucessão ecológica em resposta ao pulso de inundação, de forma que se substituem dentro de seu grupo funcional. |
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"Banco de sementes e estabelecimento de plântulas e jovens em capões do Pantanal Sul" |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Andrea Cardoso de Araujo
- Eliana Cazetta
- Geraldo Alves Damasceno Junior
- Joanice Lube Battilani
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Resumo |
A inundação sazonal é um fator de restrição abiótica que influencia fortemente a
estrutura das comunidades vegetais, sobretudo a riqueza e a distribuição das espécies.
Em muitos casos, a zonação se dá pela intolerância das sementes e fases juvenis das
espécies ao alagamento. Assim, este estudo teve como objetivo determinar se as
comunidades do banco de sementes e de regenerantes são estruturadas por fatores
locais, tais como a inundação, e se estas duas fases são representativas e influenciam a
composição da comunidade adulta. Foram coletadas amostras do banco de sementes,
dos regenerantes e da vegetação adulta em capões de mata no Pantanal Sul. As amostras
foram coletadas no interior e na borda destes capões. O banco de sementes foi
amostrado com parcelas quadradas de 15 cm de aresta e profundidade de 3 cm. Para a
amostragem dos regenerantes, foram dispostas cinco parcelas quadradas de 1 m de
aresta na borda e cinco no interior dos capões, onde foram identificados e quantificados
todos os indivíduos jovens até 1 m de altura. A comunidade adulta foi amostrada com
auxílio de parcelas de 5 m x 20 m, sendo uma parcela no interior e uma parcela na borda
de cada capão, onde todos os indivíduos com circunferência a altura do peito (CAP) ≥
15cm foram amostrados. A composição de espécies foi representada por ordenações das
amostras por análise de coordenadas principais. Os efeitos da posição no gradiente de
inundação (borda ou interior) e da composição de espécies de sementes e de plântulas
sobre a composição de espécies de plantas adultas foram verificados através de análise
de covariância. A composição do banco de sementes, plântulas e jovens e da
comunidade adulta diferiu entre o interior e a borda do capão. Apenas seis espécies
foram comuns ao banco de sementes e às adultas. Entretanto, muitas espécies na
comunidade adulta também estiveram presentes na comunidade de regenerantes. A
análise de caminhos mostrou os efeitos diretos e indiretos da posição no gradiente de
inundação (borda e interior) e os efeitos do banco de sementes e dos regenerantes sobre
a comunidade adulta. Para os capões, o banco de sementes é pouco representativo e a
comunidade adulta é influenciada, sobretudo, pelos jovens suprimidos e pelas sementes
provenientes diretamente da chuva de sementes. Entretanto, a posição no gradiente de
inundação no capão é o principal fator determinante da composição da comunidade
adulta, influenciando também o banco de sementes e os regenerantes. Assim, fatores
locais, tal qual inundação e seca irão determinar quais espécies se estabelecem no
interior e borda dos capões, fazendo com que ocorra uma zonação de espécies nos
capões. |
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"Redes de interação planta-polinizador em duas fitofisionomias de cerrado na Serra de Maracaju, Mato Grosso do Sul" |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Waldemar Guimarães Barbosa Filho
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Banca |
- Erich Arnold Fischer
- Isabela Galarda Varassin
- Leandro Freitas
- Marco Aurelio Ribeiro De Mello
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Resumo |
O cerrado é o segundo maior ecossistema do Brasil, sendo uma das áreas de maior biodiversidade do mundo e considerado um dos hotspots de biodiversidade. Estudos com a abordagem de redes de interações são importantes para a compreensão sobre a estrutura e funcionamento da interação planta-polinizador. Estudos desse tipo, com alto rigor taxonômico, e que separam pilhadores de polinizadores, são fundamentais para a compreensão de redes mutualísticas. Apesar da importância do Cerrado, estudos sob esse enfoque ainda são inexistentes para esse ambiente. O presente estudo foi realizado em uma área de mata de galeria e uma área de cerrado rupestre na Serra de Maracaju. A rede de interações do cerrado rupestre foi composta por 94 espécies de polinizadores e 38 espécies de plantas, enquanto a da mata de galeria foi composta por 44 espécies de polinizadores e 23 espécies de plantas. A composição de espécies foi muito diferente entre as duas áreas. A conectância das redes pode ser considerada baixa em comparação com redes de interações em outros ambientes. Entretanto, pelo fato do presente estudo incluir diferentes grupos de polinizadores, a baixa conectância pode ser consequência de interações improváveis, as chamadas “ligações proibidas”. A maior dependência dos polinizadores pelas plantas caracteriza uma rede de interações assimétrica. O aninhamento não significativo das redes estudadas pode ser uma desvantagem, uma vez que o aninhamento da rede confere à comunidade maior resistência a perturbações, como a perda de espécies e habitats. As plantas foram mais centrais que os polinizadores nas duas áreas estudadas, o que se deve principalmente à diferença no número de espécies. Dentre os polinizadores, os beija-flores foram o grupo que apresentou a maior centralidade, sugerindo que tenham papel chave nas redes de interações das áreas estudadas. As abelhas apresentaram a maior riqueza de espécies e também a maior abundância de visitas nas plantas o que corrobora com estudos que consideram este grupo como os principais polinizadores em diferentes ecossistemas temperados e tropicais. |
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DIMORFISMO SEXUAL E ALOMETRIA EM MORCEGOS FRUGÍVOROS. |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Gustavo Graciolli
- Ludmilla Moura de Souza Aguiar
- Marlon Zortéa
- Nilton Carlos Caceres
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Resumo |
A distribuição e abundância dos recursos são fatores que determinam os padrões de forrageamento e o uso de ambientes pelas espécies de morcegos. O fato das fêmeas carregarem o feto ou o filhote recém-nascido durante o forrageamento pode gerar pressões seletivas diferentes sobre a forma e o tamanho da asa das fêmeas em relação aos machos, além de sugerir a existência de alometria. O objetivo deste estudo foi avaliar a existência de dimorfismo sexual secundário em quatro espécies de morcegos frugívoros, comuns em diversas regiões do estado de Mato Grosso do Sul, e investigar por meio das medidas corporais e cranianas se o dimorfismo ocorre de forma alométrica ou isométrica. Quatro espécies de morcegos, Artibeus lituratus, A. planirostris, Platyrrhinus lineatus e Sturnira lilium, foram estudadas em regiões urbanas, principalmente no município de Campo Grande, e em regiões preservadas como o Pantanal e planalto de entorno. Para carga alar foram medidos 413 morcegos sendo que em 265 desses foram medidos caracteres corporais externos e ossos das asas. Medidas cranianas foram feitas em 169 indivíduos. Medidas de massa e determinação do estádio reprodutivo e idade foram feitas em campo. Medidas de área da asa, desenhos da asa e medidas corporais e cranianas, foram realizadas em laboratório. Das quatro espécies estudadas, apenas Artibeus planirostris apresentou dimorfismo sexual para área da asa e massa. Porém essa espécie não apresentou diferença nas medidas corporais, sendo considerada isométrica, assim como A. lituratus e P. lineatus. Apenas S. lilium apresentou diferença nas medidas cranianas. Os machos dessa espécie possuem o crânio maior que o das fêmeas. As quatro espécies apresentam características na morfologia da asa que favorecem o carregamento de massa extra e o comportamento das fêmeas durante a gravidez e período de amamentação não compromete sua capacidade de carga. |
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"Reintrodução e ecologia do gavião-real na América Central" |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/09/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Edwin Ricardo Campbell Thompson
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Banca |
- Jose Ragusa Netto
- Marco Antonio Monteiro Granzinolli
- Rudi Ricardo Laps
- Tânia Margarete Sanaiotti
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Resumo |
Os métodos de soltura utilizados na reintrodução de espécies podem afetar o sucesso do estabelecimento e sobrevivência dos animais soltos. Avaliamos se o período de dependência e a sobrevivência de indivíduos jovens de gavião-real (Harpia harpyja) nascidos em cativeiro e soltos estão influenciados pelo sexo e idade de soltura (classe etário 1: juvenis de 5 a 7 meses, e classe etária 2: juvenis entre 18 e 22 meses). Durante 2002 e 2007 soltamos 34 indivíduos (19 machos e 15 fêmeas) no Panamá e em Belize. O sucesso do método de „hacking‟ (sobrevivência) foi significativamente diferente (Z = -2.05, P = 0.040), para as duas classes etárias: 70% para jovens da classe etária 1 e 100% para as aves mais velhas da classe etária 2. Também houve diferenças na duração do período de dependência (P < 0.001) para a classe etária 1 a media foi de 18,9 (SE = 1,3) meses e para a classe etária 2 foi de 1,45 (SE = 0,77) meses. Mediante a regressão de Cox identificamos que a interação entre a idade e o sexo afeta significativamente o período de dependência, sendo a idade a variável mais importante. A soltura de indivíduos com mais de 18 meses de idade aumentou a sobrevivência e diminuiu o período de dependência. O método de „hacking‟ pode ser utilizado para a soltura de gavião-real na natureza, e foi mais eficiente nestas águias longevas, quando em vez de realizar-las à idade de “fledging” (quando os jovens voam fora do ninho) como tradicionalmente os falcoeiros fazem foi retardada a soltura até idades próximas à idade de independência. |
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PROBABILIDADE DE OCUPAÇÃO POR PEQUENOS MAMÍFEROS EM UMA REGIÃO DO PANTANAL, MATO GROSSO DO SUL, BRASIL |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/03/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Liliani Tiepolo
- Marcus Vinicius Vieira
- Mônica Aragona
- Renata Pardini
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Resumo |
O pantanal é um dos ambientes preservados do Brasil, porém nos últimos anos o manejo tradicional do gado bovino tem mudado, fazendo aumentar o desmatamento no bioma. Os pequenos mamíferos são bons indicadores dessas mudanças. Nosso objetivo foi avaliar a influência de variáveis ambientais na probabilidade de ocupação de cinco espécies de pequenos mamíferos em uma fazenda de pecuária com pastagens cultivadas no Pantanal. Foram medidas nove variáveis na escala do habitat e cinco na de paisagem. Para as análises utilizamos o programa PRESENCE 2.4, onde são inseridos os históricos de captura para cada espécie. A probabilidade de ocupação de Dazyprocta azarae diminuiu com a distância da floresta e de indivíduo adulto de acuri, de Thrichomys pachyurus aumenta gradativamente quanto mais próxima de árvores maiores que 25 cm de diâmetro e quanto maior a mancha de floresta. A probabilidade de ocupação de Gracilinanus agilis e Thylamys macrurus aumenta com o aumento da cobertura de dossel e a proximidade de árvores entre 5 e 25 cm de diâmetro respectivamente, e a de Monodelphis domestica aumenta com a diminuição de cobertura de monocotiledôneas e aumento da cobertura de serrapilheira.Todas as espécies apresentaram probabilidades de ocupação influenciadas por variáveis relacionadas à ambientes florestais. Com o aumento do desmatamento, a manutenção e algumas melhorias no manejo tradicional da pecuária são necessários para a conservação da biodiversidade. |
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"Sobreposição de nicho entre espécies de Thamnophilidae (Aves, Passeriformes) na Reserva Cisalpina, Brasilândia, Mato Grosso do Sul" |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/03/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Augusto Joao Piratelli
- Jose Ragusa Netto
- Luiz dos Anjos
- Marco Antônio Manhães
- Rudi Ricardo Laps
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Resumo |
Por pertencerem a uma mesma guilda alimentar e apresentarem hábitos semelhantes, as espécies de Thamnophilidae estão sujeitas à competição interespecífica. Todavia, são escassos os estudos que abordam estes aspectos nesta família, particularmente no Cerrado. Desta forma, os objetivos deste estudo foram analisar a distribuição horizontal e morfologia das espécies de Thamnophilidae presentes na Reserva Cisalpina, Brasilândia, MS, e analisar a dieta e distribuição vertical de duas espécies desta família, a fim de investigar sobre as dimensões do nicho que são relevantes para a diferenciação ecológica entre estas espécies. Foram registradas cinco espécies de Thamnophilidae na área de estudo: Taraba major, Thamnophilus doliatus, T. pelzelni, Herpsilochmus longirostris e Formicivora rufa. Pouca sobreposição (G = 244,4; gl = 9; p < 0,05) foi encontrada entre as espécies no uso dos quatro hábitats estudados. Além disso, as espécies apresentaram forte diferenciação morfológica (F = 89,677, p << 0,0001). Deste modo, os dados de distribuição horizontal, aliados às diferenciações morfológicas, podem indicar uma diminuição na sobreposição de nicho, e consequentemente, pela competição por recursos. A estratificação vertical entre T. doliatus e T. pelzelni variou conforme as características do hábitat: no hábitat mais complexo (floresta semidecídua) houve maior sobreposição dos estratos entre estas duas espécies, e no menos complexo (cerradão) utilizaram estratos verticais diferentes. Quanto à dieta de T. doliatus e T. pelzelni no cerradão, houve alta sobreposição de nicho (H’= 0,87), mas uma análise mais refinada das categorias alimentares, aliada à aparente diferenciação morfológica entre estas duas espécies e casos de baixa sobreposição espacial, sugere menor sobreposição de nicho entre elas. |
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Densidade de pequizeiros (Caryocar brasiliense Cambess) e predação de sementes pela arara-canindé (Ara ararauna Linaeus) em pastagens |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/03/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Alessandra Aparecida dos Santos
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Banca |
- Andrea Cardoso de Araujo
- Gláucia Helena Fernandes Seixas
- João Donizete Denardi
- Neiva Maria Robaldo Guedes
- Nilton Carlos Caceres
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Resumo |
Embora as populações da arara-canindé (Ara ararauna) possam sofrer declínios devido ao acelerado desmatamento de cerrado, essa ave é freqüentemente encontrada se alimentando em paisagens como as cidades e as pastagens. Neste estudo eu analisei a relação entre a abundância de frutos de pequi (Caryocar brasiliense) e a taxa de predação de sementes de pequi pela arara-canindé tanto sobre indivíduos ou manchas de pequizeiros frutificando, em pastagens e remanescentes de cerrado. Além disso, analisei a relação entre a taxa de predação de sementes de pequi e tanto o tamanho quanto a densidade de pequizeiros que estavam frutificando em ambos os habitats. Isso foi feito para gerar um modelo de predição de densidade arbórea, que simularia aquela explorada pelas araras em remanescentes de cerrado. Assim, o modelo poderia ser uma importante ferramenta na arborização de pastagens, freqüentemente exploradas pelas araras como áreas de alimentação. Portanto, estabeleci 25 parcelas (medindo 1 ha; 20 estabelecidas nas pastagens e cinco nos remanescentes de cerrado). Essas parcelas apresentaram pequizeiros de tamanho e densidade variáveis. Amostrei a produção de frutos de pequi nas parcelas em pastagens e remanescentes contando diretamente os frutos produzidos de novembro/2009 a março/2010. Já a predação de sementes de pequi pela arara-canindé foi amostrada a partir da inspeção do solo sob a copa dos pequizeiros à procura de vestígios de pequis destruídos. A densidade de pequizeiros foi avaliada através do número de indivíduos/parcela e o seu tamanho pela soma de DAP/parcela. Para analisar a relação entre a taxa de predação de sementes e a abundância de frutos eu utilizei o teste de correlação de Spearman. Também, para analisar a taxa de predação de sementes pelas araras e tanto a densidade quanto o tamanho dos pequizeiros/parcela, eu usei o modelo de regressão linear múltipla. O teste de Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para comparar as taxas de predação de sementes por parcelas de pastagens e remanescentes enquanto amostras de ambas as áreas usadas no modelo de predição. Eu amostrei 71 pequizeiros em remanescentes e 83 em pastagens. A média da densidade de pequizeiros foi maior em remanescentes (14.4±7.3 pequizeiros) do que em pastagens (4.2±3.1 pequizeiros). Já o tamanho arbóreo foi maior em pastagens (33.5±10.5 cm) do que em remanescentes (15.9±5.1 cm). A produção de frutos de pequi em pastagens foi maior (73.6±90.14 frutos de pequi) do que em remanescentes (37.2±44.4 frutos de pequi). A taxa de predação em pastagens foi de 49±18% e em remanescentes de 35±30%. A abundância de frutos produzida por pequizeiro exibiu uma forte correlação com a taxa de predação de sementes tanto em pastagens quanto em remanescentes (rs=0.77, P<0.0001; rs=0.82, P<0.0001, respectivamente). A abundância de frutos de pequi produzidos por indivíduo em pastagens variou de 18 a 1010 frutos (média de 250±304.54, n=5007 frutos) e de cinco a 755 frutos em remanescentes (média de 268±288.52, n=1342 frutos). A abundância de frutos de pequi produzidos por parcela nas pastagens variou de 18 a 1010 frutos (média de 250±304.54, n=5007 frutos produzidos) e de cinco a 755 frutos em remanescentes (média de 268±288.52, n=1342 frutos produzidos). Assim, a abundância de frutos de pequi por parcela exibiu forte relação com a taxa de predação em pastagens (rs=0.68, P<0.0003, n=25). A taxa de predação de sementes não exibiu relação com o tamanho dos pequizeiros. Entretanto, a taxa de predação de sementes foi significantemente relacionada à densidade de pequizeiros/parcela (R2=0.49, P<0.001). Esses resultados sugerem a propensão da arara-canindé de procurar por manchas pequizeiros frutificando que exibem copas com cargas de frutos maiores. Além disso, segundo o modelo de regressão linear múltipla, somente três pequizeiros/ha nas pastagens devem ser adequados para oferecer às araras, similarmente a um hectare de remanescentes de cerrado. A alta taxa de predação de sementes de pequi em pastagens indica a adequação dessas paisagens modificadas como importantes áreas de alimentação para arara-canindé. Assim, o
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planejamento da arborização dessas áreas pode favorecer a preservação dessa ave em áreas antropizadas como as pastagens. |
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DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DE TYRANNIDAE (AVES, PASSERIFORMES) EM UM MOSAICO DE HÁBITATS DE CERRADO |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
14/03/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- José Carlos Morante Filho
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Banca |
- João Batista De Pinho
- Jose Ragusa Netto
- Reginaldo José Donatelli
- Renato Cintra
- Rudi Ricardo Laps
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Resumo |
A heterogeneidade ambiental encontrada em paisagens formadas por mosaico de hábitats possibilita a existência de uma grande diversidade de espécies. A necessidade da utilização de diferentes hábitats pela avifauna pode ser intensificada pela variação climática, visto que severas condições que afetam os períodos de seca podem resultar em fortes pressões sobre as populações. O objetivo desse estudo foi avaliar a diversidade, similaridade e uso dos hábitats pela comunidade de Tyrannidae em um mosaico de hábitats de Cerrado. Além disso, foi verificada a influência da variação climática (período seco e chuvoso) na distribuição espacial das espécies. O estudo foi realizado na Reserva Cisalpina, localizada no município de Brasilândia, MS, em quatro fitofisionomias: Campo alagado, Cerradão, Floresta semidecídua e Cerrado sensu stricto. Em cada ambiente foram estabelecidos oito pontos e a avifauna foi amostrada através do método de ponto de contagem, durante o período de julho de 2009 a junho de 2010. Os dados obtidos nos oito pontos de amostragem foram agrupados para calcular a riqueza, abundância, índice de diversidade e similaridade entre as fitofisionomias. Diferenças nas riquezas e abundâncias entre os ambientes foram testadas por uma análise de variância (ANOVA) e os valores dos dados quantitativos e qualitativos de cada ambiente em relação ao período do ano foram avaliados por um teste t de Student. Testes de Mantel foram realizados para verificar a autocorrelação das comunidades de aves e análises multivariadas foram empregadas para descrever a composição de espécies (PCoA). Foram observadas 37 espécies de tiranídeos distribuídos nos ambientes analisados. As maiores riquezas e abundâncias foram registradas na Floresta semidecídua e no Cerradão, locais que também apresentaram as maiores diversidades. A flexibilidade no uso do ambiente pela maioria das espécies, juntamente com as semelhanças nas características vegetacionais, permitiram que os ambientes florestados apresentassem alta similaridade de espécies. Em contrapartida, as particularidades do Campo alagado fizeram com que essa fitofisionomia abrigasse uma composição de espécies significativamente diferente. Apesar da variação na abundância e riqueza de espécies em relação ao período seco e chuvoso, a distribuição espacial dos tiranídeos não foi afetada pela variação climática. Os resultados obtidos evidenciam a influência da heterogeneidade ambiental sobre os padrões de ocupação das comunidades de aves e sugerem que regiões compostas por mosaico de hábitats são locais chave para manutenção da diversidade biológica, uma vez que possibilitam que um maior número de espécies encontre condições adequadas para a sua sobrevivência. |
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ATIVIDADE E TERMORREGULAÇÃO DE TATU PEBA (EUPHRACTUS SEXCINCTUS) E TATU GALINHA (DASYPUS NOVEMCINCTUS) NA NHECOLÂNDIA, PANTANAL, BRASIL |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
04/03/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Guilherme de Miranda Mourão
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Thiago Bernardes Maccarini
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Banca |
- Adriano Garcia Chiarello
- Flávio Henrique Guimarães Rodrigues
- Mariella Superina
- Vinicius Bonato
- William James Loughry
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Resumo |
Monitoramento em tempo integral é importante para aprimorar a compreensão sobre a partilha de recursos entre espécies e para prover informações que possam guiar estudos que incluem captura ou observações diretas. Apesar de existirem vários métodos para monitorar a atividade da vida silvestre elas apresentam algumas restrições na quantidade e qualidade de dados. Nós desenvolvemos uma técnica de baixo custo monetário que monitora de forma integral a atividade de espécies semi-fossoriais. Nós monitoramos a temperatura do ambiente registrada na superfície do corpo, enquanto este estava dentro ou fora da toca, de 2 espécies de tatus no Brasil (Euphractus sexcinctus e Dasypus novemcinctus), mais a temperatura do ar e a temperatura da toca independentemente. As tocas bem isoladas funcionaram como amortecedores de temperatura e nós pudemos determinar quando um tatu estava ativo sobrepondo os dados de temperatura dos três ambientes. Nossa técnica pode ser útil para complementar estudos que utilize GPS e transmissores VHF. |
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INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO EM MORCEGOS (MAMMALIA, CHIROPTERA) NO PANTANAL DA NHECOLÂNDIA, BRASIL |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
03/03/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Erich Arnold Fischer
- Gledson Vigianoi Bianconi
- Guilherme de Miranda Mourão
- Gustavo Graciolli
- Katia Maria Paschoaletto M. de Barros Ferraz
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Resumo |
Características estruturais da vegetação como o porte e a densidade de espécies arbóreas estratificação e densidade de sub-bosque influenciam diretamente o uso do espaço por morcegos neotropicais, afetando a abundância local e atividade das espécies. A conversão da vegetação nativa em pastagens exóticas vem se tornado prática comum no Pantanal e, embora possa causar profundo impacto nas populações nativas, seus efeitos ainda são pouco conhecidos. No presente estudo a modelagem de ocupação foi utilizada para analisar os efeitos da estrutura da vegetação na população de Artibeus planirostris em uma área no Pantanal da Nhecolândia. A probabilidade de ocupação de A. planirostris durante a estação chuvosa foi negativamente influenciada pela distancia média entre árvores e a detectabilidade influenciada pela proporção da noite de coleta em que a lua esteve exposta no céu. Durante a estação seca a probabilidade de ocupação não foi diretamente influenciada por nenhuma variável estrutural da vegetação e a detectabilidade foi negativamente influenciada pela densidade de sub-boque. A queda na produção de frutos durante a estação seca deve obrigar A. planirostris alterar seus padrões de forrageamento, fazendo com que use as diferentes fisionomias da vegetação de forma mais homogênea. A queda na probabilidade de ocupação em função da queda na densidade de árvores sugere que a supressão da vegetação nativa, substituindo florestas e savanas por pastagens cultivadas, pode causar grande impacto nas populações de A. planirostris no pantanal da Nhecolândia. |
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"Influência da estrutura ambiental na composição de espécies de anuros em veredas no norte do Mato Grosso do Sul" |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- José Luiz Massao Moreira Sugai
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Banca |
- Ariovaldo Antonio Giaretta
- Christine Strüsmann
- Josue Raizer
- Marcio Roberto Costa Martins
- Rogério Pereira Bastos
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Resumo |
Resumo: Muito pouco se sabe sobre a história natural, padrões de riqueza e
abundancia dos anuros do Pantanal e dos Cerrados de entorno. A Bacia do
Alto rio Taquari, a qual abriga nascentes de rios indispensáveis para os
regimes de inundação no Pantanal, possui grande parte de sua vegetação
nativa removida devido à desorganizada expansão da pecuária e de
monoculturas. É considerada área prioritária para a conservação da
biodiversidade brasileira e para inventários biológicos, além de fazer parte do
corredor Cerrado-Pantanal. Informações sobre anuros do Cerrado são
escassas e concentradas na região sudeste do Brasil. Este estudo apresenta
uma lista comentada de espécies de parte da Bacia do Alto Taquari, município
de Camapuã, Mato Grosso do Sul. As coletas foram feitas nos entornos do
vilarejo de Pontinha do Cocho, município de Camapuã, MS. Foram amostrados
corpos d’água lóticos (veredas) e lênticos (lagoas permanentes e temporárias).
Foram amostradas 18 parcelas aleatoriamente em veredas. Adicionalmente,
duas lagoas temporárias e uma permanente foram amostradas. Os indivíduos
foram encontrados através de busca ativa. Curvas de rarefação e da riqueza
estimada de espécies foram feitas com os dados das parcelas. Foram
encontradas 25 espécies, divididas em cinco famílias. A estimativa da riqueza
da comunidade de veredas mostra que era esperado o encontro de
aproximadamente três espécies a mais, além de que a curva de rarefação
apresentou uma tendência a atingir a assíntota caso o esforço amostral fosse
maior. Ao considerar as espécies registradas nos corpos d’água lênticos, há
um acréscimo de cinco espécies na riqueza total. |
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HISTÓRIA NATURAL, ESFORÇO REPRODUTIVO E RELAÇÕES DE TAMANHO-FECUNDIDADE EM LEPTODACTYLUS BUFONIUS (ANURA: LEPTODACTYLIDAE) NO CHACO, MATO GROSSO DO SUL, BRASIL |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Cynthia Peralta De Almeida Prado
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Gabriel Paganini Faggioni
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Banca |
- Cinthia Aguirre Brasileiro
- Domingos de Jesus Rodrigues
- Franco Leandro de Souza
- José Perez Pombal Júnior
- Rogério Pereira Bastos
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Resumo |
Leptodactylus bufonius é uma espécie tipicamente chaquenha, ocorrendo na Bolívia, Argentina, Paraguai e Brasil central. O objetivo deste estudo foi descrever aspectos da história natural de L. bufonius, relacionados à reprodução e dieta. Fêmeas com ovócitos e machos em atividade de vocalização ocorreram nos meses de dezembro, janeiro e março. Os indivíduos de L. bufonius vocalizavam a partir das 1800 h e permaneciam ativos até por volta de 0100 h. O amplexo ocorreu apenas após a entrada dos indivíduos na câmara subterrânea e mais de dois indivíduos estiveram envolvidos no processo de desova. As câmaras subterrâneas possuíam apenas uma abertura superior e oval. As fêmeas foram maiores e mais pesadas que os machos, porém os machos possuíam cabeça mais comprida e larga. A dieta foi composta, principalmente, pelas ordens Isoptera e Orthoptera, provavelmente estando relacionado às suas disponibilidades.
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DENSIDADE E USO DE RECURSOS POR VEADO-CAMPEIRO (Ozotoceros bezoarticus) EM TRÊS PAISAGENS DIFERENTES NO PANTANAL, MS |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Flávio Henrique Guimarães Rodrigues
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Adriano Pereira Paglia
- Ana Cristyna Reis Lacerda
- Marcelo Oscar Bordignon
- Sandra Aparecida Santos
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Resumo |
O veado-campeiro, Ozotoceros bezoarticus, é um cervídeo considerado podador
seletivo e em sua dieta predomina herbáceas, brotos de arbustos e flores. Há carência de
conhecimentos sobre o efeito da substituição das paisagens naturais por pastagens
cultivadas com espécies exóticas sobre a população de veado-campeiro no Pantanal. O
objetivo do presente estudo foi avaliar a variação na diversidade e disponibilidade de
espécies vegetais, assim como verificar a variação na seleção de recursos alimentares
pelo veado-campeiro, Ozotoceros bezoarticus, em três paisagens (cerrado, campos de
vazante e pastagem cultivada com gramíneas exóticas), no Pantanal. Entre setembro de
2009 e outubro de 2010, sessenta indivíduos de veados campeiros foram capturados,
marcados e acompanhados nas três paisagens. A disponibilidade de espécies vegetais e
os índices de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e de Dominância (d) foram
calculados com base em 221 sítios aleatórios nas três paisagens. A variação na
composição da dieta de veado-campeiro foi estudada através de exames de sítios de
alimentação e a preferência de espécies vegetais foi estimada através de uma função de
seleção padronizada. O índice de Eletividade de Jacobs foi usado para avaliar e
comparar a seleção de espécies vegetais a partir de dados de disponibilidade obtidos nos
sítios aleatórios e com os sítios de alimentação. A paisagem dominada por cerrado
apresentou maior diversidade de espécies, enquanto que a área de pastagem cultivada
apresentou o maior índice de dominância. Espécies que não foram consumidas ou
selecionadas nos locais de vegetação nativa foram consumidas na área de pastagem
cultivada. Algumas espécies freqüentes na dieta do veado-campeiro não estavam
disponíveis em pastagem cultivada, e as gramíneas exóticas do gênero Urochloa foram
muito pouco consumidas. O uso do Índice de Jacobs mostrou que as análises de seleção
de recurso dependem da escala em que a amostragem de disponibilidade é realizada. A
amplitude do nicho alimentar foi maior nos campos de vazante e menor no cerrado.
Essa menor amplitude no cerrado pode ser atribuída à alta disponibilidade de espécies
importantes ou preferida na dieta do veado-campeiro, como a Sebastiania hispida e
Byrsonima orbignyana. Houve diferenças na composição da dieta, na amplitude do
nicho alimentar e na preferência de espécies pelo veado campeiro, sugerindo que as
pastagens cultivadas podem alterar profundamente a biologia da espécie. |
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DIETA E SOBREPOSIÇÃO DE NICHO TRÓFICO DE DUAS ESPÉCIES SINTÓPICAS DE LAGARTOS GIMNOFTALMÍDEOS DO CERRADO E PANTANAL DO MATO GROSSO DO SUL, BRASIL |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Débora Cristina Pereira Sales de Aquino
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Banca |
- Carlos Frederico Duarte Da Rocha
- Fernando Ibanez Martins
- Franco Leandro de Souza
- Jose Ragusa Netto
- Robson Waldemar Ávila
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Resumo |
Informações sobre dieta e sobreposição de nicho favorecem a compreensão das relações tróficas, bem como dos tipos e importância de itens consumidos, estratégias de forrageamento e mecanismos de coexistência das espécies. Este estudo visou descrever aspectos da ecologia trófica de Micrablepharus maximiliani e Vanzosaura rubricauda em ambientes de Cerrado e Pantanal, verificar possíveis diferenças sexuais e interespecíficas na dieta e examinar o padrão de partilha de recursos entre indivíduos sintópicos e não sintópicos. A dieta de ambas as espécies foi composta exclusivamente por artrópodes e não apresentou diferenças sexuais e interespecíficas relevantes. Os valores de sobreposição de nicho foram altos tanto para os exemplares sintópicos quanto para os não sintópicos. Assim, essas espécies podem ser generalistas devido à grande variedade de itens consumidos, o que indica que a dieta das mesmas pode ser filogeneticamente determinada ou ainda que o recurso alimentar nas regiões estudadas não seja limitante, favorecendo a coexistência das espécies. |
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Composição e estrutura das infracomunidades de metazoários endoparasitas em Leptodactylus chaquensis Cei, 1950 e Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) (Anura: Leptodactylidae) no Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
21/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Franco Leandro de Souza
- José Luis Luque Alejos
- Luciano Alves dos Anjos
- Reinaldo José da Silva
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Resumo |
Foi feito um levantamento de metazoários endoparasitas em Leptodactylus
chaquensis (n = 106) e L. fuscus (n = 45) na sub-região do Miranda-Abobral, Pantanal
de Mato Grosso do Sul, Brasil. Vinte e três taxa foram registrados em 94,33% dos L.
chaquensis examinados: Acuariidae gen. sp., Aplectana sp., Brevimulticaecum sp.,
Cosmocercidae gen. sp.; Cosmocerca parva; Cosmocerca podicipinus, Falcaustra
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mascula, Molineidae gen. sp., Oswaldocruzia sp., Oswaldocruzia lopesi, Oswaldocruzia
proencai, Physalopteroides venancioi, Physocephalus sp., Rhabdias sp., Nematoda gen.
sp., Catadiscus sp., Catadiscus marinholutzi, Catadiscus propinquus, Glypthelmins sp.,
Glypthelmins palmipedis, Glypthelmins repandum, Acanthocephala (cistacanto não
identificado) e larva de Pentastomida. Treze taxa foram registrados em 97,78% dos
Leptodactylus fuscus: Brevimulticaecum sp., Cosmocercidae gen. sp.; Cosmocerca
parva; Cosmocerca podicipinus, Oswaldocruzia sp., Oswaldocruzia lopesi,
Physalopteridae gen. sp., Physalopterorides venancioi, Schrankiana formosula,
Catadiscus sp., Catadiscus marinholutzi, Acanthocephala (cistacanto não identificado) e
larva de Pentastomida. Estes são os primeiros relatos de O. proencai, F. mascula,
Physocephalus sp. e Acuariidae gen. sp. em L. chaquensis; O. lopesi e
Brevimulticaecum sp em L. fuscus.; e P. venancioi e C. marinholutzi em L. chaquensis e
L. fuscus, além de representar o primeiro registro de Physocephalus sp. e larvas de
Pentastomida gen. sp. em anuros no Brasil. |
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