Área de vida, seleção de habitat e atividade diária de capivaras vivendo em uma área urbana |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/05/2018 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
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Orientando(s) |
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Banca |
- Marcelo Oscar Bordignon
- María José Corriale
- Mauricio de Almeida Gomes
- Ubiratan Piovezan
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Resumo |
A biodiversidade está constantemente ameaçada pela urbanização. No entanto, algumas espécies com maior plasticidade fenotípica conseguem se estabelecer nestes locais, alterando algumas de suas características. Mudanças comportamentais nos padrões de atividade e de movimentação podem reduzir os tamanhos das áreas de vida de algumas espécies que se estabelecem em áreas urbanas. Eu estudei o uso do espaço por capivaras num contexto urbano hipotetizando que: (i) as áreas de vida dos indivíduos fossem menores que nos ambientes naturais, (ii) eles selecionariam diferentes tipos de habitat ao longo do dia e (iii) exibiriam dois picos de atividade no dia. As áreas de vida estimadas por MCP nos ambientes urbanos (MÉDIA 35,28 ha) foram maiores que nos naturais (MÉDIA 12,50 ha). As capivaras selecionaram ambientes florestais e corpos d’água durante o dia e áreas abertas durante a noite, evitando áreas urbanas em todos os horários. Capivaras foram mais ativas nos períodos crepuscular e noturno e exibiram dois picos de movimentação que coincidiram com as mudanças na estratégia de seleção de habitat. Gramados em abundância e de fácil acesso, e a falta de predadores nos ambientes urbanos podem ter favorecido a expansão das áreas de vida das capivaras em comparação com estudos realizados em ambientes naturais. A evitação de áreas pavimentadas parece ser um padrão comum para espécies que habitam grandes centros urbanos. A seleção de corpos d’água, florestas e áreas abertas cobertas por gramíneas é característico do comportamento de capivaras. A presença de um mosaico de habitats que inclui florestas, áreas abertas e corpos d’água dentro das áreas urbanas favorece o estabelecimento de populações de capivaras em áreas urbanas. Entender como a urbanização influencia o uso do espaço, os padrões de atividade e a seleção de habitat destes animais pode contribuir para o estabelecimento de estratégias de manejo desta espécie nas cidades. |
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Incorporando múltiplas contribuições da natureza para a humanidade na orientação de Transferência Fiscal Intergovernamental Ecológica |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
10/05/2018 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Fabio de Oliveira Roque
- Leticia Couto Garcia Ribeiro
- Mauricio de Almeida Gomes
- Mauricio Stefanes
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Resumo |
Instrumentos econômicos de política ambiental têm-se mostrado cada vez mais importantes em promover múltiplos benefícios da natureza para a humanidade. Aqui, utilizamos o instrumento econômico de transferência fiscal intergovernamental ecológica (TFE) brasileiro, denominado de ICMS-Ecológico, com o objetivo de analisar suas potenciais sinergias e “trade-offs” frente um conjunto de dados ambientais que informam diferentes alvos de conservação e contribuições da natureza no Estado de Mato Grosso do Sul. Sumarizamos nossos dados ambientais na escala municipal e então construímos uma matriz de correlação de Pearson a fim de avaliar as relações entre nosso conjunto de dados ambientais e também entre o esquema ICMS-Ecológico. Nossos resultados apontaram forte correlação positiva (> 0.9) entre o conjunto de dados ambientais, enquanto diante do esquema ICMS-Ecológico, tais correlações foram desprezíveis (~=0). Isso nos sugere que: 1) múltiplos benefícios são providos em um mesmo município independente do alvo de conservação ou contribuição da natureza e, 2) o descompasso entre o conjunto de dados ambientais e o ICMS-E sugere que fatores históricos, culturais e de gestão territorial podem ter levado a criação das áreas protegidas, sobretudo as unidades de conservação, sem considerar critérios ecológicos e de priorização. Por fim, este estudo permitiu uma visualização simplificada das potencialidades de cada município do Mato Grosso do Sul, indicando oportunidades de melhoria na distribuição de recursos públicos para a conservação, abrindo novas janelas para a utilização de esquemas mais equitativos que valorizem a conservação das múltiplas contribuições da natureza, incluindo incentivos para a conservação em áreas públicas e privadas. |
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Efeitos de macroconsumidores em comunidades de macroinvertebrados bentônicos e processos ecossistêmicos em um rio cárstico |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
09/05/2018 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Francisco Valente Neto
- Rafael Dettogni Guariento
- Yzel Rondon Súarez
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Resumo |
Entender como os ecossistemas são afetados pela crescente perda de biodiversidade tem sido um desafio nos últimos anos. Em sistemas aquáticos, a perda de macroconsumidores resulta em diversos efeitos na produtividade primária do sistema, efeitos de cascata trófica, processamento de matéria orgânica e ciclagem de nutrientes. Porém, há uma lacuna de estudos referente aos ambientes aquáticos de paisagens cársticas. As paisagens cársticas apresentam um alto grau de endemismo de animais troglóbios e sofrem com o crescente impacto causado pela ação do homem. O nosso objetivo nesse estudo foi analisar como a perda de macroconsumidores pode afetar os processos ecossistêmicos em um rio cárstico. Para isso, os macroconsumidores (ex. peixes e camarões) foram excluídos por meio do método de exclusão elétrica a fim de testar potenciais efeitos destes nas comunidades de macroinvertebrados bentônicos, taxa de decaimento foliar e acúmulo de cálcio. A exclusão de macroconsumidores não apresentou efeitos na composição das comunidades de macroinvertebrados bentônicos, nas taxas de decaimento foliar e acúmulo de cálcio. Porém, foram observados efeitos da exclusão dos macroconsumidores na abundância de grupos funcionais como os coletores e raspadores. Nossos resultados demonstraram que a propagação de efeitos causado por macroconsumidores parece ser contexto dependente. A exclusão dos macroconsumidores não levou a efeitos nos processos ecossistêmicos nesse sistema. |
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Patrón alimenticio de murciélagos filostómidos en un gradiente de cobertura de vegetal nativa en la Serra da Bodoquena |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/03/2018 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Rafael Dettogni Guariento
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Orientando(s) |
- Neder Luis Oviedo Morales
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Banca |
- Ana Maria Rui
- Erich Arnold Fischer
- Marlon Zortéa
- Mauricio de Almeida Gomes
- Roberto Lobo Munin
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Resumo |
La fragmentación y degradación del hábitat, son las dos causas principales que afectan la estructura de las comunidades de murciélagos. Así, los quirópteros son bio-indicadores de la calidad de hábitat y la salud de los ecosistemas, al responder a estas alteraciones ambientales son buenos objetos de estudio. En este sentido, el presente trabajo tuvo como objetivo estudiar la dieta de murciélagos frugívoros de la familia Phyllostomidae, a lo largo de un gradiente de cobertura vegetal en la Serra da Bodoquena, Brasil. Nuestros resultados muestran que no existe una relación directa entre las proporciones de cobertura vegetal sobre el patrón alimenticio de murciélagos frugívoros, donde la riqueza y composición de ítems en la dieta no presento cambios en los diferentes paisajes que conformaron el gradiente de cobertura vegetal. La amplia distribución espacial de plantas pioneras y la alta movilidad que presentan los murciélagos frugívoros les permiten forrajear áreas con distintos usos de la tierra como zonas de cultivo, pastos y diferentes estados sucesionales garantizando un suministro constante de alimentos, pues posiblemente utilizan parches con mayor grado conectividad para acceder a estos recursos. Creemos que la complementación del paisaje puede ser el factor que permita la persistencia de murciélagos frugívoros en paisajes altamente fragmentados. |
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O EFEITO DE LUZ E NUTRIENTES SOBRE A ESTEQUIOMETRIA DO SÉSTON |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Trabalho de Conclusão de Curso |
Data |
23/03/2018 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
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Resumo |
A estequiometria ecológica busca compreender como a proporção entre os elementos influencia aspectos ecológicos através das demandas dos organismos e da composição elementar de seus alimentos. Produtores primários, bactérias, protozoários e elementos abióticos compõem o séston, que é a base de recursos dos consumidores primários em lagos e oceanos, e que pode se alterar sistematicamente com a razão luz:nutriente. A hipótese luz:nutriente estipula que os produtores primários de ambientes com muita luz possuem alta razão C:P enquanto que em baixa luminosidade possuem baixa razão C:P, sendo portanto a variação da razão luz:nutriente importante para afetar as taxas de herbivoria e fluxo de energia para níveis tróficos superiores. Neste estudo avaliamos a hipótese luz:nutriente em 100 lagos naturais e artificiais no Estado do Rio Grande do Norte e testamos se a variação da razão luz:nutriente afeta a estequiometria de séston (razão C:nutriente). Analisamos as características físico-químicas e limnológicas dos lagos, bem como quantificamos as biomassas de fitoplâncton e zooplâncton, além da composição fitoplanctônica. Encontramos variação nas características físico-químicas e biológicas dos lagos e uma relação positiva entre a razão luz:nutriente e a razão C:P do séston, indicando que o efeito da luz e dos nutrientes na sua estequiometria se dá de forma conjunta e também que a estequiometria do séston pode ser influenciada de forma aditiva pela contribuição relativa de cianobactérias para o fitoplâncton. Dessa forma, concluímos que a razão luz:nutriente é um fator determinante na variação da razão C:P do séston ao longo de uma ampla distribuição espacial de lagos, assim como a contribuição relativa de cianobactérias. |
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O EFEITO DE LUZ E NUTRIENTES SOBRE A ESTEQUIOMETRIA DO SÉSTON |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/03/2018 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Rafael Dettogni Guariento
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Orientando(s) |
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Banca |
- Adriano Caliman Ferreira da Silva
- Diogo Borges Provete
- Fabio de Oliveira Roque
- Simone Jaqueline Cardoso
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Resumo |
A estequiometria ecológica busca compreender como a proporção entre os elementos influencia aspectos ecológicos através das demandas dos organismos e da composição elementar de seus alimentos. Produtores primários, bactérias, protozoários e elementos abióticos compõem o séston, que é a base de recursos dos consumidores primários em lagos e oceanos, e que pode se alterar sistematicamente com a razão luz:nutriente. A hipótese luz:nutriente estipula que os produtores primários de ambientes com muita luz possuem alta razão C:P enquanto que em baixa luminosidade possuem baixa razão C:P, sendo portanto a variação da razão luz:nutriente importante para afetar as taxas de herbivoria e fluxo de energia para níveis tróficos superiores. Neste estudo avaliamos a hipótese luz:nutriente em 100 lagos naturais e artificiais no Estado do Rio Grande do Norte e testamos se a variação da razão luz:nutriente afeta a estequiometria de séston (razão C:nutriente). Analisamos as características físico-químicas e limnológicas dos lagos, bem como quantificamos as biomassas de fitoplâncton e zooplâncton, além da composição fitoplanctônica. Encontramos variação nas características físico-químicas e biológicas dos lagos e uma relação positiva entre a razão luz:nutriente e a razão C:P do séston, indicando que o efeito da luz e dos nutrientes na sua estequiometria se dá de forma conjunta e também que a estequiometria do séston pode ser influenciada de forma aditiva pela contribuição relativa de cianobactérias para o fitoplâncton. Dessa forma, concluímos que a razão luz:nutriente é um fator determinante na variação da razão C:P do séston ao longo de uma ampla distribuição espacial de lagos, assim como a contribuição relativa de cianobactérias. |
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INFLUÊNCIA DO AMBIENTE NAS REDES ANTAGONISTAS MOSCA-MORCEGO EM DUAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DA AMAZÔNIA CENTRAL BRASILEIRA |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Trabalho de Conclusão de Curso |
Data |
28/02/2018 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- ANALIA GLADYS AUTINO
- Elizabete Captivo Lourenço
- Enrique Reyes Novelo
- Erich Arnold Fischer
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Resumo |
A relação moscas parasitas e morcegos são interações muito específicas que tem sido pouco testado no Neotrópico, esses parasitos têm distribuição cosmopolita mesmo que seus hospedeiros. As poucas investigações realizadas nesse campo têm encontrado que são muitos os fatores que influenciam nessa relação, além disso, concluíram que características próprias de ambos (moscas e morcegos) tem a sua contribuição. No presente estudo se pretende avaliar se fatores climáticos (chuva e seca) e o tipo de ambiente (várzea inundada e sem inundação) influenciam nas interações parasito-hospedeiro em moscas parasitas e morcegos. Para isso, o trabalho foi feito em duas bacias hidrográficas na floresta da Amazônia central brasileira, rio Purus e rio Madeira. Os morcegos foram coletados por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Amazónicas (INPA) utilizando redes de neblina ao nível de sub-bosque e abertas durante seis horas na noite; as moscas foram extraídas com pinças de ponta fina e depois identificadas no Laboratório de Sistemática, Ecologia e Evolução da universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande (Brasil). Foram coletadas no total, 2045 moscas parasitas de morcegos, agrupadas em duas famílias (Streblidae e Nycteribiidae), 13 géneros e 57 espécies, em 424 morcegos de três famílias (Phyllostomidae, Mormoopidae e Vespertilionidae), 21 géneros e 31 espécies. Os resultados não corroboram nossa primeira hipótese de que o clima e o ambiente influenciam a estrutura das comunidades dos morcegos e, por conseguinte das moscas, como uma resposta as mudanças dos seus hospedeiros, devido à alta especificidade nessa relação. Enquanto, os resultados das métricas nas redes de interação mosca-morcego, como a especialização, sim evidenciaram estar influenciadas pelos fatores ambientais estudados. Assim, neste trabalho se conclui que as associações nos organismos estudados, além de ser muito especificas, são sensíveis as mudanças ambientais no seu entorno, e elas encontrassem adaptadas a tais mudanças naturais. Pela primeira vez são estudadas estas interações na Amazônia central brasileira, contribuindo assim com o conhecimento do parasitismo nos morcegos do Neotrópico. |
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INFLUÊNCIA DO AMBIENTE NAS REDES ANTAGONISTAS MOSCA-MORCEGO EM DUAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DA AMAZÔNIA CENTRAL BRASILEIRA |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2018 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Adrian Alonso Duran de la Ossa
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Banca |
- ANALIA GLADYS AUTINO
- Elizabete Captivo Lourenço
- Enrique Reyes Novelo
- Erich Arnold Fischer
- Romeo Alberto Saldana Vásquez
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Resumo |
A relação moscas parasitas e morcegos são interações muito específicas que tem sido pouco testado no Neotrópico, esses parasitos têm distribuição cosmopolita mesmo que seus hospedeiros. As poucas investigações realizadas nesse campo têm encontrado que são muitos os fatores que influenciam nessa relação, além disso, concluíram que características próprias de ambos (moscas e morcegos) tem a sua contribuição. No presente estudo se pretende avaliar se fatores climáticos (chuva e seca) e o tipo de ambiente (várzea inundada e sem inundação) influenciam nas interações parasito-hospedeiro em moscas parasitas e morcegos. Para isso, o trabalho foi feito em duas bacias hidrográficas na floresta da Amazônia central brasileira, rio Purus e rio Madeira. Os morcegos foram coletados por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Amazónicas (INPA) utilizando redes de neblina ao nível de sub-bosque e abertas durante seis horas na noite; as moscas foram extraídas com pinças de ponta fina e depois identificadas no Laboratório de Sistemática, Ecologia e Evolução da universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande (Brasil). Foram coletadas no total, 2045 moscas parasitas de morcegos, agrupadas em duas famílias (Streblidae e Nycteribiidae), 13 géneros e 57 espécies, em 424 morcegos de três famílias (Phyllostomidae, Mormoopidae e Vespertilionidae), 21 géneros e 31 espécies. Os resultados não corroboram nossa primeira hipótese de que o clima e o ambiente influenciam a estrutura das comunidades dos morcegos e, por conseguinte das moscas, como uma resposta as mudanças dos seus hospedeiros, devido à alta especificidade nessa relação. Enquanto, os resultados das métricas nas redes de interação mosca-morcego, como a especialização, sim evidenciaram estar influenciadas pelos fatores ambientais estudados. Assim, neste trabalho se conclui que as associações nos organismos estudados, além de ser muito especificas, são sensíveis as mudanças ambientais no seu entorno, e elas encontrassem adaptadas a tais mudanças naturais. Pela primeira vez são estudadas estas interações na Amazônia central brasileira, contribuindo assim com o conhecimento do parasitismo nos morcegos do Neotrópico.
Palavras-chave: Amazônia, morcegos, Nycteribiidae, parasitismo, redes de |
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Identificação de lacunas na conservação de morcegos no estado de Mato Grosso do Sul por meio de modelos de distribuição potencial de espécies |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Trabalho de Conclusão de Curso |
Data |
22/10/2017 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Jose Manuel Ochoa Quintero
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Orientando(s) |
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Banca |
- Antonio Conceicao Paranhos Filho
- Ludmilla Moura de Souza Aguiar
- Reinaldo Francisco Ferreira Lourival
- Roberto Macedo Gamarra
- Sussi Missel pacheco
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Resumo |
A análise de lacunas é uma ferramenta utilizada para dar base científica à tomada de decisões para a criação de áreas protegidas ou para validar áreas pré-existentes. Igualmente possibilita a identificação de regiões geográficas com alta concentração de espécies, mas que não estão inclusas nas áreas protegidas. Desse modo tem-se usado a modelagem preditiva de distribuição para reconhecer áreas com maior probabilidade de ocorrência de espécies. A rede de reservas brasileiras abrange, dentre outros domínios, dois “hotspots” de conservação: Cerrado e Mata Atlântica. Mato Grosso do Sul é um estado brasileiro que apresenta grande heterogeneidade ambiental, nele ocorrem os dois biomas considerados “hotspots” nacionais e a maior parte do Pantanal, que recebe os títulos de Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural Mundial. Para proteger toda essa riqueza de ambientes e espécies, o estado de Mato Grosso do Sul conta com 133 áreas protegidas, mas apenas 1,29% são de Proteção Integral. Estudos recentes indicam a necessidade de criação de novas áreas protegidas na região, para garantir a conservação das populações vegetais, visto que as atuais são insuficientes e reforçam a teoria de terras sem valor. Neste estudo foi modelada a distribuição potencial de 54 espécies de morcegos que ocorrem em Mato Grosso do Sul, e apresentam acima de 15 registros diferentes de ocorrência. Todas as espécies modeladas estão representadas dentro da rede de unidades de conservação estaduais, porém, em uma porcentagem muito baixa de suas áreas potenciais de ocorrência. Segundo a informação sobre a distribuição potencial das espécies modeladas, a área de maior adequabilidade ambiental para os morcegos foi no Pantanal do Paraguai, Paiaguás, Nhecolândia e na Serra da Bodoquena. O mapa também apresenta probabilidade média de riqueza potencial em áreas de lacunas de inventários de quirópteros no norte do Pantanal e uma faixa de sudeste a nordeste do estado. O direcionamento de estudos e inventários faunísticos nessas áreas poderá reduzir as lacunas no conhecimento não apenas de espécies de morcegos, mas também para outros grupos taxonômicos além de auxiliar a identificação de áreas prioritárias para a conservação como AICOMs e SICOMs. |
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Efeito dos fatores locais e espaciais na estrutura de comunidade de Odonata em Lagoas permanentes na transição Cerrado Mata Atlântica |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Trabalho de Conclusão de Curso |
Data |
10/10/2017 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Fabio de Oliveira Roque
- Leandro Juen
- Marciel Elio Rodrigues
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Resumo |
Resumo: Este trabalho teve por objetivo investigar a importância relativa dos fatores ambientais locais e espaciais sobre a abundância, riqueza e composição de metacomunidades de Odonata em lagoas permanentes. O estudo foi realizado nas várzeas do Rio Ivinhema entre os meses de junho e setembro de 2016. Foram amostradas 32 lagoas permanentes. Coletamos 1.196 indivíduos, pertencentes à 39 espécies, 19 gêneros e três famílias, das quais 25 espécies pertencem à subordem Anisoptera e 14 à Zygoptera. Nossos resultados revelaram que a comunidade de Odonatas foi melhor explicada pelas variáveis ambientais (F4,23 = 1,97, P = 0,002). Preditores espaciais não apresentaram relação significativa com a variação na composição de espécies (F3,23 = 1,19, P = 0,229). Variáveis ambientais independentes da estrutura espacial explicaram 10% da variação na composição de espécies. Quando as subordens foram analisadas separadamente, a composição da comunidade de Zygoptera e de Anisoptera também foram explicadas pelos fatores ambientais. Contudo, em Zygoptera, o componente puramente ambiental apresentou maior explicação (F4,25 = 2,76, P = 0,002). As variáveis ambientais que melhor explicaramo padrão de distribuição da comunidade total de Odonata foram condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, temperatura da água e área.
Palavras-chave: metacomunidade, Odonata, lagoa.
Abstract: This work aimed to investigate the contribution of local environmental and spatial factors on the abundance, wealth and metacommunity composition of Odonata in permanent ponds. The study was conducted in the floodplains of the Ivinhema River between June and September 2016. Collect 1.196 individuals, belonging to the 39 species, 19 genera and three families, of which 25 species belonging to the suborder Anisoptera and 14 the Zygoptera. Our results revealed that the community of Odonata was best explained by environmental variables (F4 = 1.97 .23, P = 0.002). Spatial predictors showed no significant relationship with the variation in species composition (.23 F3 = 1.19, P = 0.229). Environmental variables independent of spatial structure explained 10% of the variation in species composition. When the suborders were analyzed separately, the composition of the community of Zygoptera and Anisoptera were also explained by environmental factors. However, in Zygoptera, the purely environmental component was more explanation (F4 .25 = 2.76, P = 0.002). The environmental variables that best explain the pattern of distribution of total community of Odonata were electrical conductivity, dissolved oxygen, temperature of the water and the area.
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Efeito dos fatores locais e espaciais na estrutura de comunidade de Odonata em Lagoas permanentes na transição Cerrado Mata Atlântica |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Trabalho de Conclusão de Curso |
Data |
10/10/2017 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Alessandra dos Santos Venturini do Prado
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Banca |
- Fabio de Oliveira Roque
- Leandro Juen
- Marciel Elio Rodrigues
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Resumo |
Resumo: Este trabalho teve por objetivo investigar a importância relativa dos fatores ambientais locais e espaciais sobre a abundância, riqueza e composição de metacomunidades de Odonata em lagoas permanentes. O estudo foi realizado nas várzeas do Rio Ivinhema entre os meses de junho e setembro de 2016. Foram amostradas 32 lagoas permanentes. Coletamos 1.196 indivíduos, pertencentes à 39 espécies, 19 gêneros e três famílias, das quais 25 espécies pertencem à subordem Anisoptera e 14 à Zygoptera. Nossos resultados revelaram que a comunidade de Odonatas foi melhor explicada pelas variáveis ambientais (F4,23 = 1,97, P = 0,002). Preditores espaciais não apresentaram relação significativa com a variação na composição de espécies (F3,23 = 1,19, P = 0,229). Variáveis ambientais independentes da estrutura espacial explicaram 10% da variação na composição de espécies. Quando as subordens foram analisadas separadamente, a composição da comunidade de Zygoptera e de Anisoptera também foram explicadas pelos fatores ambientais. Contudo, em Zygoptera, o componente puramente ambiental apresentou maior explicação (F4,25 = 2,76, P = 0,002). As variáveis ambientais que melhor explicaramo padrão de distribuição da comunidade total de Odonata foram condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, temperatura da água e área.
Palavras-chave: metacomunidade, Odonata, lagoa.
Abstract: This work aimed to investigate the contribution of local environmental and spatial factors on the abundance, wealth and metacommunity composition of Odonata in permanent ponds. The study was conducted in the floodplains of the Ivinhema River between June and September 2016. Collect 1.196 individuals, belonging to the 39 species, 19 genera and three families, of which 25 species belonging to the suborder Anisoptera and 14 the Zygoptera. Our results revealed that the community of Odonata was best explained by environmental variables (F4 = 1.97 .23, P = 0.002). Spatial predictors showed no significant relationship with the variation in species composition (.23 F3 = 1.19, P = 0.229). Environmental variables independent of spatial structure explained 10% of the variation in species composition. When the suborders were analyzed separately, the composition of the community of Zygoptera and Anisoptera were also explained by environmental factors. However, in Zygoptera, the purely environmental component was more explanation (F4 .25 = 2.76, P = 0.002). The environmental variables that best explain the pattern of distribution of total community of Odonata were electrical conductivity, dissolved oxygen, temperature of the water and the area.
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Identificação de lacunas na conservação de morcegos no estado de Mato Grosso do Sul por meio de modelos de distribuição potencial de espécies |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Trabalho de Conclusão de Curso |
Data |
22/09/2017 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Antonio Conceicao Paranhos Filho
- Ludmilla Moura de Souza Aguiar
- Reinaldo Francisco Ferreira Lourival
- Roberto Macedo Gamarra
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Resumo |
A análise de lacunas é uma ferramenta utilizada para dar base científica à tomada de decisões para a criação de áreas protegidas ou para validar áreas pré-existentes. Igualmente possibilita a identificação de regiões geográficas com alta concentração de espécies, mas que não estão inclusas nas áreas protegidas. Desse modo tem-se usado a modelagem preditiva de distribuição para reconhecer áreas com maior probabilidade de ocorrência de espécies. A rede de reservas brasileiras abrange, dentre outros domínios, dois “hotspots” de conservação: Cerrado e Mata Atlântica. Mato Grosso do Sul é um estado brasileiro que apresenta grande heterogeneidade ambiental, nele ocorrem os dois biomas considerados “hotspots” nacionais e a maior parte do Pantanal, que recebe os títulos de Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural Mundial. Para proteger toda essa riqueza de ambientes e espécies, o estado de Mato Grosso do Sul conta com 133 áreas protegidas, mas apenas 1,29% são de Proteção Integral. Estudos recentes indicam a necessidade de criação de novas áreas protegidas na região, para garantir a conservação das populações vegetais, visto que as atuais são insuficientes e reforçam a teoria de terras sem valor. Neste estudo foi modelada a distribuição potencial de 54 espécies de morcegos que ocorrem em Mato Grosso do Sul, e apresentam acima de 15 registros diferentes de ocorrência. Todas as espécies modeladas estão representadas dentro da rede de unidades de conservação estaduais, porém, em uma porcentagem muito baixa de suas áreas potenciais de ocorrência. Segundo a informação sobre a distribuição potencial das espécies modeladas, a área de maior adequabilidade ambiental para os morcegos foi no Pantanal do Paraguai, Paiaguás, Nhecolândia e na Serra da Bodoquena. O mapa também apresenta probabilidade média de riqueza potencial em áreas de lacunas de inventários de quirópteros no norte do Pantanal e uma faixa de sudeste a nordeste do estado. O direcionamento de estudos e inventários faunísticos nessas áreas poderá reduzir as lacunas no conhecimento não apenas de espécies de morcegos, mas também para outros grupos taxonômicos além de auxiliar a identificação de áreas prioritárias para a conservação como AICOMs e SICOMs. |
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Identificação de lacunas na conservação de morcegos no estado de Mato Grosso do Sul por meio de modelos de distribuição potencial de espécies |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Trabalho de Conclusão de Curso |
Data |
22/09/2017 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
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Resumo |
A análise de lacunas é uma ferramenta utilizada para dar base científica à tomada de decisões para a criação de áreas protegidas ou para validar áreas pré-existentes. Igualmente possibilita a identificação de regiões geográficas com alta concentração de espécies, mas que não estão inclusas nas áreas protegidas. Desse modo tem-se usado a modelagem preditiva de distribuição para reconhecer áreas com maior probabilidade de ocorrência de espécies. A rede de reservas brasileiras abrange, dentre outros domínios, dois “hotspots” de conservação: Cerrado e Mata Atlântica. Mato Grosso do Sul é um estado brasileiro que apresenta grande heterogeneidade ambiental, nele ocorrem os dois biomas considerados “hotspots” nacionais e a maior parte do Pantanal, que recebe os títulos de Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural Mundial. Para proteger toda essa riqueza de ambientes e espécies, o estado de Mato Grosso do Sul conta com 133 áreas protegidas, mas apenas 1,29% são de Proteção Integral. Estudos recentes indicam a necessidade de criação de novas áreas protegidas na região, para garantir a conservação das populações vegetais, visto que as atuais são insuficientes e reforçam a teoria de terras sem valor. Neste estudo foi modelada a distribuição potencial de 54 espécies de morcegos que ocorrem em Mato Grosso do Sul, e apresentam acima de 15 registros diferentes de ocorrência. Todas as espécies modeladas estão representadas dentro da rede de unidades de conservação estaduais, porém, em uma porcentagem muito baixa de suas áreas potenciais de ocorrência. Segundo a informação sobre a distribuição potencial das espécies modeladas, a área de maior adequabilidade ambiental para os morcegos foi no Pantanal do Paraguai, Paiaguás, Nhecolândia e na Serra da Bodoquena. O mapa também apresenta probabilidade média de riqueza potencial em áreas de lacunas de inventários de quirópteros no norte do Pantanal e uma faixa de sudeste a nordeste do estado. O direcionamento de estudos e inventários faunísticos nessas áreas poderá reduzir as lacunas no conhecimento não apenas de espécies de morcegos, mas também para outros grupos taxonômicos além de auxiliar a identificação de áreas prioritárias para a conservação como AICOMs e SICOMs. |
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Identificação de lacunas na conservação de morcegos no estado de Mato Grosso do Sul por meio de modelos de distribuição potencial de espécies |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Trabalho de Conclusão de Curso |
Data |
22/09/2017 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Antonio Conceicao Paranhos Filho
- Ludmilla Moura de Souza Aguiar
- Reinaldo Francisco Ferreira Lourival
- Roberto Macedo Gamarra
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Resumo |
A análise de lacunas é uma ferramenta utilizada para dar base científica à tomada de decisões para a criação de áreas protegidas ou para validar áreas pré-existentes. Igualmente possibilita a identificação de regiões geográficas com alta concentração de espécies, mas que não estão inclusas nas áreas protegidas. Desse modo tem-se usado a modelagem preditiva de distribuição para reconhecer áreas com maior probabilidade de ocorrência de espécies. A rede de reservas brasileiras abrange, dentre outros domínios, dois “hotspots” de conservação: Cerrado e Mata Atlântica. Mato Grosso do Sul é um estado brasileiro que apresenta grande heterogeneidade ambiental, nele ocorrem os dois biomas considerados “hotspots” nacionais e a maior parte do Pantanal, que recebe os títulos de Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural Mundial. Para proteger toda essa riqueza de ambientes e espécies, o estado de Mato Grosso do Sul conta com 133 áreas protegidas, mas apenas 1,29% são de Proteção Integral. Estudos recentes indicam a necessidade de criação de novas áreas protegidas na região, para garantir a conservação das populações vegetais, visto que as atuais são insuficientes e reforçam a teoria de terras sem valor. Neste estudo foi modelada a distribuição potencial de 54 espécies de morcegos que ocorrem em Mato Grosso do Sul, e apresentam acima de 15 registros diferentes de ocorrência. Todas as espécies modeladas estão representadas dentro da rede de unidades de conservação estaduais, porém, em uma porcentagem muito baixa de suas áreas potenciais de ocorrência. Segundo a informação sobre a distribuição potencial das espécies modeladas, a área de maior adequabilidade ambiental para os morcegos foi no Pantanal do Paraguai, Paiaguás, Nhecolândia e na Serra da Bodoquena. O mapa também apresenta probabilidade média de riqueza potencial em áreas de lacunas de inventários de quirópteros no norte do Pantanal e uma faixa de sudeste a nordeste do estado. O direcionamento de estudos e inventários faunísticos nessas áreas poderá reduzir as lacunas no conhecimento não apenas de espécies de morcegos, mas também para outros grupos taxonômicos além de auxiliar a identificação de áreas prioritárias para a conservação como AICOMs e SICOMs. |
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Ecologia espacial e sociobiologia de quatis (Carnivora: Nasua nasua) em uma área do Pantanal da Nhecolândia |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
01/09/2017 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Beatriz de Mello Beisiegel
- Grasiela Edith de Oliveira Porfirio Petry
- Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
- Rita de Cássia Bianchi
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Resumo |
O quati (Nasua nasua) é um carnívoro de médio porte de hábito diurno e crepuscular, que ocorre ao longo da América do Sul. Os quatis são generalistas, se alimentando, principalmente, de frutos e insetos. Devido aos hábitos alimentares e a elevada abundância que esses animais apresentam nos locais onde ocupam é esperado que os quatis desenvolvam um importante papel nas dinâmicas ecológicas florestais. No entanto, pouco se sabe sobre esses animais. Este estudo teve como objetivo descrever a biologia social, área de uso, sobreposição espacial, seleção de habitat e áreas de uso intensivo e recursividade dos quatis. Para melhor compreendermos a ecologia desses animais, também investigamos a viabilidade de localizar os ninhos após as coletas de dados via GPS-telemetria. O estudo foi realizado em uma Fazenda do Pantanal da Nhecolândia, Mato Grosso do sul, entre novembro de 2015 e agosto de 2016. Para capturar os quatis, utilizamos armadilhas do tipo grade e três tipos diferentes de isca. Dez quatis foram equipados com colar-GPS, dos quais oito forneceram dados de movimentação. Durante as capturas, notamos diversas cicatrizes e lacerações nos animais, a maior parte em machos e apenas uma observação em uma fêmea. Durante as atividades de monitoramento, presenciamos uma ocasião em que um quati macho acompanhava um grupo social fora do período reprodutivo, o que não é usual para a espécie. A maior parte das interações entre machos e fêmeas ocorreu durante o período reprodutivo, que neste estudo aconteceu entre os meses de agosto e dezembro. Durante o estudo, registramos a morte de apenas um indivíduo. As investigações dos prováveis ninhos pós-análise de dados foram promissoras e encontramos os locais de dormida entre 62 a 90% das ocasiões. Alguns locais de dormida não resultaram em ninhos, mas foram associados com o uso de palmeiras como local de descanso noturno. Os locais de dormida foram reutilizados em diferentes dias de monitoramento e compartilhados com outros indivíduos da espécie. Os dados de movimentação dos quatis monitorados nos forneceram um total de 29767 localizações (3720 ± 2804), obtidas, em média, durante 36,7 dias (12-59; ± 15,70) de monitoramento por animal. Os quatis apresentaram uma área de uso entre 0,40 a 7,44 km², estimadas pelo método Kernel Fixo 95%. As áreas de uso também foram calculadas pelo método “biased random bridge kernel method/movement based kernel estimation” (BRB). Os valores encontrados a partir dessa abordagem variaram entre 0,41 a 2,40 km² e não diferiram significativamente do primeiro método. De forma geral, os quatis apresentaram diversas áreas de uso intensivo e de recursividade, onde permaneceram um maior tempo médio e para onde retornaram mais vezes. As localizações dos ninhos desses animais coincidiram com essas áreas, o que pode indicar diferentes estratégias de uso do espaço. De forma geral, os quatis selecionaram as florestas em diferentes contextos da ecologia espacial: durante a alocação da área de uso na paisagem, para a localização dos ninhos e durante suas atividades diárias. |
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Ecologia espacial e biologia social de quatis (Carnivora: Nasua nasua) em uma área do Pantanal da Nhecolândia |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Artigo Científico |
Data |
01/09/2017 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Guilherme de Miranda Mourão
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Orientando(s) |
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Banca |
- Beatriz de Mello Beisiegel
- Grasiela Edith de Oliveira Porfirio Petry
- Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
- Rita de Cássia Bianchi
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Resumo |
O quati (Nasua nasua) é um carnívoro de médio porte de hábito diurno e crepuscular, que ocorre ao longo da América do Sul. Os quatis são generalistas, se alimentando, principalmente, de frutos e insetos. Devido aos hábitos alimentares e a elevada abundância que esses animais apresentam nos locais onde ocupam é esperado que os quatis desenvolvam um importante papel nas dinâmicas ecológicas florestais. No entanto, pouco se sabe sobre esses animais. Este estudo teve como objetivo descrever a biologia social, área de uso, sobreposição espacial, seleção de habitat e áreas de uso intensivo e recursividade dos quatis. Para melhor compreendermos a ecologia desses animais, também investigamos a viabilidade de localizar os ninhos após as coletas de dados via GPS-telemetria. O estudo foi realizado em uma Fazenda do Pantanal da Nhecolândia, Mato Grosso do sul, entre novembro de 2015 e agosto de 2016. Para capturar os quatis, utilizamos armadilhas do tipo grade e três tipos diferentes de isca. Dez quatis foram equipados com colar-GPS, dos quais oito forneceram dados de movimentação. Durante as capturas, notamos diversas cicatrizes e lacerações nos animais, a maior parte em machos e apenas uma observação em uma fêmea. Durante as atividades de monitoramento, presenciamos uma ocasião em que um quati macho acompanhava um grupo social fora do período reprodutivo, o que não é usual para a espécie. A maior parte das interações entre machos e fêmeas ocorreu durante o período reprodutivo, que neste estudo aconteceu entre os meses de agosto e dezembro. Durante o estudo, registramos a morte de apenas um indivíduo. As investigações dos prováveis ninhos pós-análise de dados foram promissoras e encontramos os locais de dormida entre 62 a 90% das ocasiões. Alguns locais de dormida não resultaram em ninhos, mas foram associados com o uso de palmeiras como local de descanso noturno. Os locais de dormida foram reutilizados em diferentes dias de monitoramento e compartilhados com outros indivíduos da espécie. Os dados de movimentação dos quatis monitorados nos forneceram um total de 29767 localizações (3720 ± 2804), obtidas, em média, durante 36,7 dias (12-59; ± 15,70) de monitoramento por animal. Os quatis apresentaram uma área de uso entre 0,40 a 7,44 km², estimadas pelo método Kernel Fixo 95%. As áreas de uso também foram calculadas pelo método “biased random bridge kernel method/movement based kernel estimation” (BRB). Os valores encontrados a partir dessa abordagem variaram entre 0,41 a 2,40 km² e não diferiram significativamente do primeiro método. De forma geral, os quatis apresentaram diversas áreas de uso intensivo e de recursividade, onde permaneceram um maior tempo médio e para onde retornaram mais vezes. As localizações dos ninhos desses animais coincidiram com essas áreas, o que pode indicar diferentes estratégias de uso do espaço. De forma geral, os quatis selecionaram as florestas em diferentes contextos da ecologia espacial: durante a alocação da área de uso na paisagem, para a localização dos ninhos e durante suas atividades diárias. |
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Remoção Secundária de Diásporos de Jatobá-do-cerrado Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne (Caesalpinioideae) |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
15/05/2017 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Irídia Maria Leme Barbosa
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Banca |
- Alan Fecchio
- Celine de Melo
- José Carlos Morante Filho
- Rogerio Rodrigues Faria
- Rudi Ricardo Laps
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Resumo |
A predação e dispersão de sementes moldam a dinâmica populacional e a distribuição
das plantas. A dispersão é a remoção de propágulos para distâncias variadas cujo tipo
mais representativo nos trópicos é a zoocoria, por contribuir para a diversidade de
plantas nos ecossistemas. O Jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa) é uma espécie
arbórea proeminente e seus diásporos são primariamente dispersos pela gravidade e se
acumulam de forma variada sob a copa da árvore. O objetivo desse estudo foi avaliar a
distância de dispersão e o destino dos diferentes diásporos em relação ao tamanho do
diásporo (vagem grande e pequena) e quantidade de recursos presentes (semente com e
sem arilo). Além disso, foi avaliada a distância de dispersão entre período de seca e
chuva, bem como em área onde Jatobá-do-cerrado é comum ou rara. O estudo foi
realizado no Parque Natural Municipal do Pombo, município de Três Lagoas, MS, nos
meses de setembro e novembro de 2015, antes e após a queda dos frutos (dispersão
primária). O experimento consistiu em 24 unidades experimentais, 12 árvores adultas de
Jatobá-do-cerrado no cerrado sentido restrito denso e 12 pontos em campo sujo, em que
quatro tipos de diásporos foram posicionados e marcados para acessar o respectivo
destino. Após 30 dias da montagem do experimento para cada estação realizamos a
coleta dos dados sobre o destino dos diásporos. Em princípio, na estação seca, as vagens
tiveram maiores distâncias (≥ 15 metros) e 100% das vagens foram removidas do local
de origem na área de cerrado sentido restrito, enquanto na estação chuvosa, a maioria
dos diásporos permaneceu intacto. Na área de campo sujo, tanto a estação seca como
chuvosa, as sementes tiveram 78% de remoção, embora tenha ocorrido um aumento de
manipulação das vagens na estação chuvosa. A two-way NPMANOVA indicou o efeito
significativo dos habitats, tipos de diásporo e a interação dos fatores sobre o destino das
vagens e sementes. As vagens por representarem recursos rentáveis percorreram
maiores distâncias, processo que reduz os níveis de mortalidade densidade-dependente.
Depois de manipuladas a longas distâncias, e se abertas, e parte das sementes estocadas
ou não consumidas podem elevar consideravelmente as chances de germinação e
estabelecimento de novos indivíduos
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The costs of parental care and skin-feeding in Leptodactylus podicipinus (Anura: Leptodactylidae) |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
10/05/2017 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Cynthia Peralta De Almeida Prado
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Orientando(s) |
- Juan Fernando Cuestas Carrillo
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Banca |
- Cinthia A. Brasileiro
- Denise C. Rossa-Feres
- María Laura Ponssa
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Resumo |
O cuidado parental é muito diversificado entre as famílias de anuros. As espécies do gênero Leptodactylus exibem diferentes modos reprodutivos, incluindo cuidado parental. Este investimento adicional gera custos que os parentais devem enfrentar. Nós usamos Leptodactylus podicipinus, um membro do grupo de L. melanonotus, como modelo para investigar os custos do cuidado maternal e a interação mãe-prole no Pantanal sul. Fêmeas de L. podicipinus cuidam dos ovos e dos girinos até a metamorfose. Esta dissertação de mestrado é apresentada em dois capítulos. No capítulo 1, medimos os custos do cuidado maternal usando dados de captura-recaptura para comparar variáveis energéticas entre fêmeas cuidadoras e não-cuidadoras (i.e. massa do corpo, massa do corpo adiposo, dos ovários e do volume do conteúdo estomacal). No capítulo 2, estudamos a relação mãe-prole, examinando as características da pele, o trato digestório dos girinos e o comportamento para investigar a ocorrência de dermatotrofia em L. podicipinus. Características da pele foram comparadas entre fêmeas cuidadoras, não-cuidadoras e machos. Fêmeas cuidadoras perderam massa após uma semana, comparadas às fêmeas sem girinos. A massa dos ovários e o volume dos estômagos também foram menores em fêmeas cuidadoras e estômagos vazios ocorreram apenas nessas fêmeas com girinos. Porém, não houve diferença na massa dos corpos gordurosos. Nossos resultados indicam que os benefícios do cuidado parental em L. podicipinus podem impor alguns custos às fêmeas, pois a redução na tomada de alimento e na massa dos ovários podem reduzir o tamanho do corpo e a fecundidade futura. Fêmeas cuidando de girinos exibiram epiderme e estrato esponjoso mais espesso. Além disso, a concentração de lipídeos foi maior na epiderme de fêmeas cuidadoras e encontramos células epiteliais no trato digestório de girinos, sugerindo dermatotrofia em L. podicipinus, o primeiro registro deste tipo de cuidado em Anura. |
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Dichogamous sexual system in Cissus spinosa (Vitaceae): floral biology, synchronicity, and visitors |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/03/2017 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Andrea Cardoso de Araujo
- André Rodrigo Rech
- Erich Arnold Fischer
- Felipe Wanderley de Amorim
- Maria Rosangela Sigrist
- SPENCER CHARLES HILTON BARRETT
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Resumo |
A separação de órgãos sexuais masculinos e femininos em angiospermas é essencial para o seu sucesso
reprodutivo, temporalmente ou espacialmente, pois reduz o autocruzamento e a auto-interferência, e
produz proles mais saudáveis. A dicogamia é uma dessas estratégias com várias subcategorias
relacionadas ao momento específico em que ocorre a maturação e apresentação de estames e pistilos,
tornando-a um fenômeno de diagnóstico complexo, que se acredita ter evoluído para evitar a
autopolinização. Em particular, a sincronização do surgimento de estruturas reprodutivas masculinas e
femininas, dentro das flores, em inflorescências, e em toda planta é um aspecto essencial para evitar a
autofecundação de espécies de plantas dicogâmicas. Além disso, para garantir o sucesso reprodutivo, as
espécies dicogâmicas necessitam de vetores de pólen, como insetos, que visitam as flores masculinas e
femininas para garantir o fluxo de pólen ea produção de sementes. Neste trabalho, investiguei o sistema
sexual e reprodutivo da espécie de liana Cissus spinosa (Vitaceae) no Pantanal brasileiro, que foi
preliminarmente observada como uma espécie com protandria aparentemente sincronizada,
posteriormente questionamos: qual é o sistema sexual de dicogâmico específico e o sistema de
acasalamento desta espécie e quais são os potenciais polinizadores e visitantes florais? Utilizando
espécimes da liana escandente Cissus spinosa no campo, fiz observações da biologia floral, coletas de
todos os estágios do desenvolvimento floral (isto é, fase reprodutiva), sistema de acasalamento e
visitação floral entre os anos de 2014-2016. Através da análise de dados sobre morfologia floral e
maturação de estames e pistilo ao longo do tempo, verifiquei que Cissus spinosa apresentou uma
dicogamia síncrona de vários ciclos, com flores protândricas que apresentavam um alto nível de
sincronização dentro e entre inflorescências de plantas individuais. Cissus spinosa é auto-compatível,
formando frutos em todos os tratamentos do teste do sistema de acasalamento. Os polinizadores
potenciais foram abelhas Apidae, tais como Apis mellifera e Trigona spinipes, juntamente com espécies
de Crabronidae e Vespidae. Outros visitantes incluíram besouros (Chrysomelidae), borboletas
(Nymphalidae), e moscas (Sacrophagidae & Syphridae). Em geral, o tipo de dicogamia aqui relatado
pode ser uma estratégia que ocorre para evitar a autofecundação nesta espécie autocompatível, uma vez
que as inflorescências são sincronicamente masculinas ou femininas e as plantas dentro da mesma área
3
oferecem ambas as fases florais consistentemente ao longo do dia. Esta pesquisa representa o primeiro
relato para este tipo específico de dicogamia no grande gênero de Cissus e pode apontar tendências entre
este gênero ou família, especialmente aquelas em regiões tropicais. |
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Efeito da perda de habitat associados a impactos hidrelétricos sobre uma comunidade de borboletas frugívoras no sudoeste da Floresta Amazônica brasileira |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
07/03/2017 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Débora Leite Rodrigues do Carmo
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Banca |
- André Victor Lucci Freitas
- Danilo Bandini Ribeiro
- Fabio de Oliveira Roque
- Gustavo Graciolli
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Resumo |
Empreendimentos hidrelétricos estão sendo implementados em diversas regiões do
mundo e particularmente na Amazônia. As usinas hidrelétricas causam diversos impactos
ambientais, mas pouco se sabe sobre como essas atividades afetam a biodiversidade do
local onde são construídas. Se faz necessário identificar esses efeitos ambientais para
perspectivas de conservação, e pode-se utilizar sistemas cartográficos e bioindicadores
para avaliá-los. Assim sendo, o objetivo deste trabalho é identificar os impactos de
supressão vegetal causado por uma represa em uma área no sudoeste da Amazônia
brasileira e verificar como a comunidade de borboletas frugívoras da região respondeu as
consequentes mudanças na paisagem. A área de estudo possui uma vegetação
predominantemente ombrófila aberta e o clima da região é classificado como quente
úmido. Nas análises de supressão vegetal, foram utilizadas informações sobre a
construção da hidrelétrica e imagens de satélite para determinar a extensão dos impactos
sobre a floresta. Para avaliar as modificações na estrutura da comunidade de borboletas,
foi conduzido um monitoramento de 16 campanhas em quatro módulos na região de
análise e diversos parâmetros de diversidade da comunidade foram analisados. As seis
primeiras campanhas do monitoramento correspondem a época antes do impacto de
inundação de áreas ocasionado com finalização da represa, e as 10 ultimas são referentes
à depois do impacto. As análises da paisagem mostram que uma grande extensão de
floresta foi suprimida com alagamentos e desmatamentos em virtude das obras da usina,
alterando assim a paisagem na região. Desde o começo da usina houve uma perda de 4%
de cobertura florestal na paisagem e ocorreu mais de 900 km² de desmatamento.
Atualmente resta cerca de 77% de cobertura florestal dentro da paisagem. Durante o
monitoramento das borboletas, foram amostrados 2164 indivíduos pertencentes a 117
espécies e quatro subfamílias. A riqueza da comunidade total foi maior antes do impacto.
10
Porém, depois do impacto o sub-bosque apresentou maior diversidade, e também neste
estrato duas tribos aumentaram em abundância e uma tribo aumentou em riqueza após a
perturbação. Isso pode ter ocorrido devido ao favorecimento de borboletas de áreas
abertas e impactadas nos níveis mais baixos da floresta. Além disso, as ordenações
indicaram uma homogeneização biótica dentro da comunidade, provavelmente devido ao
favorecimento dos mesmos tipos de organismos e a exclusão de outros após o impacto.
Não houve diminuição na diversidade geral da comunidade, mesmo assim as borboletas
frugívoras responderam às alterações na paisagem, se mostrando novamente eficientes
indicadoras ecológicas.
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